Europa não tem plano de resgatar Itália

A Zona do Euro não tem planos de um resgate financeiro da Itália, mesmo que os custos da terceira maior economia do bloco subam a níveis que os economistas julguem insustentáveis, disseram executivos do grupo nesta quarta-feira. “Assistência financeira não está nas cartas”, afirmou um executivo, adicionando que a zona do euro não está nem considerando estender uma linha de crédito de precaução a Roma.

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O fundo de resgate da União Europeia poderá estender as linhas de garantia a países que podem ser cortados dos mercados, uma vez que minsitros das finanças da zona do euro concordem com detalhes técnicos e legais da operação até o fim de novembro. O fundo também poderá comprar bônus nos mercados primário e secundário, usando vários esquemas de seguro.
Os juros dos bônus italianos de dez anos dispararam acima de 7% hoje, um nível que muitos economistas consideram como insustentável. Irlanda e Portugal, no passado, foram forçados a procurar empréstimos de urgência da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional quando seus títulos chegaram ao mesmo nível.

Mas o tamanho e potencial resgate para a Itália, que precisa repagar 326 bilhões de euros em dívida que está vencendo somente nos próximos doze meses, é muito grande para o fundo europeu. Resta à Itália assegurar aos investidores que pagará de volta o que pediu emprestado, disse o executivo da EU. “Eles terão que provar que os juros são são justificáveis, porque não são”, afirmou.
“Não há muito, senão nada, que possamos fazer imediatamente. É uma questão de confiar que a Itália se reconstruirá sozinha. Podemos apenas esperar.” Um diplomata sênior da zona do euro disse que os países do bloco esperam que o Banco Central Europeu dará suporte à Itália, já que não há outra alternativa. “As linhas de comunicação estão muito abertas. Mas o BC europeu não fará comunicados nesse sentido (de suporte à Itália), disse. “Será atraído, como todos, por força da gravidade.”
O BCE comprou agressivamente bônus italianos no mercado nesta quarta-feira, focando em vencimentos de dois e dez anos, para estancar a alta dos juros, disseram operadores. Mas a intervenção só conseguiu trazer o juro do título de dez anos de 7,46% a 7,25%.

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