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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Israel pede ao mundo que detenha a corrida do Irã por armas nucleares

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu nesta quarta-feira à comunidade internacional para "deter a corrida do Irã pela arma nuclear", após a divulgação do relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o programa de Teerã.

"Esse relatório significa que a comunidade deve conseguir deter a corrida do Irã para armas nucleares que colocam em perigo a paz do mundo e do Oriente Médio", disse Netanyahu em comunicado na sua primeira reação ao informe da AIEA.

Segundo o premiê, o relatório da agência nuclear da ONU confirma o que Israel diz há muito tempo. Na terça-feira, a AIEA afirmou pela primeira vez que o Irã é suspeito de conduzir experimentos secretos cujo único propósito é o desenvolvimento de armas nucleares.

A conclusão está em informe da AIEA que circulou para seus 35 membros e para o Conselho de Segurança da ONU. O documento é o sinal mais forte de que Teerã tenta construir um arsenal nuclear, apesar de alegações ao contrário. Com especulações de que Israel estuda uma resposta militar, o relatório abre um novo caminho de confronto entre o Ocidente e o Irã.

O relatório foi precedido de especulações na mídia israelense sobre supostos planos de ataques de Israel contra locais nucleares do Irã. O presidente russo, Dmitri Medvedev, alertou o país sobre um possível ataque militar contra o Irã, alegando que um conflito nessa região poderia causar uma "catástrofe no Oriente Médio".

Também nesta quarta-feira a Rússia se opôs à adoção de novas sanções contra o país persa. "Qualquer sanção adicional contra o Irã será interpretada na comunidade internacional como um instrumento para mudar o regime em Teerã. Essa postura é inaceitável e a Rússia não tem intenção de estudar essa proposta", afirmou Gennady Gatilov, vice-ministro das Relações Exteriores, ao ser consultado pelas agências do país.

Gatilov também advertiu os países ocidentais contra a tentação de adotar sanções de maneira unilateral. "Consideramos que o único caminho possível para uma solução é o diálogo. É preciso fazer com que os iranianos falem dos verdadeiros problemas. O que nos preocupa é o recurso unilateral dos ocidentais a mais sanções contra o Irã, o que impede o estabelecimento do diálogo", acrescentou.

Os EUA e seus aliados devem usar o relatório para pressionar por mais sanções contra o país produtor de petróleo. Se a oposição da Rússia e da China no Conselho de Segurança impedir a aprovação de tais medidas, Washington pode impor sanções bilaterais ou aplicá-las ao lado de outros países aliados.

O presidente iraniano, Mahmoud Ajmadinejad, disse que o país não vai recuar em seu programa nuclear e voltou a negar as acusações. “Não vamos recuar no caminho que estamos seguindo”, afirmou Ahmadinejad em um pronunciamento para milhares de espectadores em Sharhr-e-Kord, e transmitido ao vivo pela TV estatal. “Por que a agência nuclear da ONU arruína seu prestígio com afirmações absurdas dos EUA?”, questionou.

“Nossa nação é sábia. Não vamos construir duas bombas atômicas contra as 20 mil que vocês têm”, afirmou, aparentemente se dirigindo aos países ocidentais. “Mas construímos coisas às quais vocês não conseguem responder: ética, decência, monoteísmo e justiça.”

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