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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Irã amplia rapidamente atividade nuclear, diz AIEA

VIENA, 24 Fev (Reuters) - O Irã ampliou fortemente o seu polêmico programa de enriquecimento de urânio, disse a agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) em um relatório divulgado na sexta-feira.

"A agência continua tendo sérias preocupações a respeito das possíveis dimensões militares do programa nuclear do Irã", disse a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em seu relatório trimestral sobre o Irã.

A agência também relatou o fracasso da sua missão que foi nesta semana a Teerã para tentar esclarecer dúvidas sobre o programa iraniano, inclusive com acesso a uma suposta instalação para testes de explosivos.

Os Estados Unidos disseram que o relatório confirma que o Irã viola as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e que Teerã fracassou em convencer o mundo que seu programa nuclear é pacífico.

A chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, afirmou que o novo documento eleva as preocupações sobre o programa iraniano.

Israel, EUA e outros governos ocidentais suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo armas nucleares secretamente, algo que a República Islâmica nega, alegando que seu interesse é apenas gerar eletricidade com fins civis.

O enriquecimento de urânio pode servir para fins civis ou militares. Sua rápida expansão no Irã, a despeito das diversas sanções internacionais para pressionar o país a abandoná-lo, indica que Teerã não tem intenção de fazer concessões no seu impasse com o Ocidente.

O relatório confidencial da AIEA diz que o Irã triplicou desde o final do ano passado a sua produção de urânio refinado até um grau que deixa o país significativamente mais próximo de obter material para bombas atômicas, segundo uma fonte familiarizada com a investigação da agência.

O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, escreveu no relatório que o Irã deveria oferecer "acesso rápido" à instalação militar de Parchin, perto de Teerã, onde a agência suspeita que haja uma câmara de contenção para o teste de explosivos.

A falta de acordo sobre essa visita, durante dois dias de visita de funcionários da AIEA a Teerã na semana passada, torna ainda mais improvável a retomada de uma negociação mais ampla envolvendo o Irã e seis grandes potências - EUA, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha -, um processo que está abandonado desde 2010.

O relatório da AIEA diz que o Irã ampliou significativamente suas atividades na sua principal usina de enriquecimento, perto de Natanz (centro), e que também intensificou suas atividades na instalação subterrânea de Fordow.

Em Natanz, segundo a AIEA, há 52 grupos de centrífugas para enriquecimento, com 170 máquinas em cada. Em novembro havia apenas 37 grupos.

Em Fordow, quase 700 centrífugas atualmente refinam urânio até uma concentração físsil de 20 por cento, e há preparativos para elevar esse grupo de pureza.

O uso do urânio em armas nucleares exige pelo menos 90 por cento de concentração, mas especialistas ocidentais afirmam que a etapa mais difícil dessa tecnologia é chegar aos 20 por cento.

Os EUA e Israel não descartam uma ação militar para destruir o programa nuclear iraniano. Diante dessa ameaça, o Irã está transferindo uma boa parte da sua atividade de enriquecimento para Fordow, que supostamente funciona sob uma proteção de 80 metros de rochas e terra.

Reuters BR

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