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terça-feira, 22 de maio de 2012

Londres enviará submarino nuclear às Malvinas, diz jornal britânico

Segundo o The Sun, embarcação chegará em 14 de junho, aniversário da vitória britânica na guerra contra a Argentina

O governo britânico poderá enviar ainda nesta semana um submarino nuclear, munido por um arsenal de grande potência, ao litoral das Ilhas Malvinas, no Atlântico Sul. A informação foi publicada na edição deste domingo (20/05) do jornal britânico The Sun. A notícia provocou forte reação por parte de autoridades da Argentina, que afirmam que, caso essa ameaça se concretize, os britânicos estariam violando uma série de acordos internacionais.

O submarino HMS Talent, chamado pelos militares britânicos de “caçador matador”, é equipado por mísseis Tomahawk e torpedos Spearfish, e chegaria à América do Sul no dia 14 de junho, data que marca o aniversário de 30 anos da vitória britânica na Guerra das Malvinas sobre a Argentina. Atualmente, a embarcação se encontra no porto de Simon’s Town, próximo à Cidade do Cabo, na África do Sul.

O The Sun, pertencente ao conglomerado de mídia News Corporation, do magnata britânico Rupert Murdoch, publicou uma matéria provocativa, com os dizeres “Inglaterra vs. Argentina… nós levamos o submarino”.

A publicação cita fontes anônimas do Ministério de Defesa britânico, que asseguram que o submarino está pronto para zarpar em direção ao arquipélago, onde realizaria atividades de patrulha nos próximos meses.

“Realizamos preparativos finais na Àfrica do Sul antes de zarparmos ao Atlântico Sul.O HMS Talent patrulhará as águas das Falklands (termo como os britânicos se referem às ilhas) e fará (atividades de) vigilância. Foi para isso que ele foi construído, para defender os interesses britânicos”, disse a fonte.
A fonte acrescentou: “Há muita gente falando sobre as Falklands, mas só um lado nessa disputa tem submarinos nucleares”.

O HMS Talent tem 84,5 metros de comprimento, desloca cerca de cinco mil toneladas, pode alcançar uma velocidade de 60 km/h e submerge até uma profundidade de 305 metros. Seus mísseis tem um alcance de até 60 quilômetros. Segundo o jornal, o mesmo modelo de submarino foi utilizado pelos britânicos para ajudar os rebeldes na Líbia durante a guerra civil que derrubou o líder Muamar Kadafi.

Perguntado oficialmente pelo The Sun, o Ministério da Defesa britânico afirmou que “não comenta operações de submarinos”.

Outro lado

O presidente da comissão de Relações Exteriores do Senado argentino, Daniel Filmus, afirmou que, caso esse fato se confirme, o Reino Unido violaria todos os acordos da Zona de Paz do Atlântico Sul, entre elas resoluções da Assembleia Nacional das Nações Unidas. “A atitude da Defesa britânica é uma provocação não apenas para a Argentina, como para todos os países da região e do Atlântico Sul”, afirmou.

Segundo Filmus, “o Reino Unido mostra, mais uma vez, sua falta de vontade para cumprir com as obrigações” sobre a questão das Malvinas”, estabelecidas em 1965 pela Assembleia Geral e o Comitê Especial de Descolonização da ONU.

“Apesar das atitudes do Reino Unido, que desconhecem o direito internacional e o apoio de quase toda a comunidade internacional, que considera legítima a reivindicação da Argentina, seguiremos reclamando a soberania das Malvinas. E vamos procurar uma resolução através do diálogo e de vias pacíficas”, afirmou.

FONTE: Operamundi/UOL

NOTA DO PODER NAVAL: enquanto os adeptos do “softpower” nas Relações Internacionais discutem e esperneiam, os adeptos do realismo movem uma peça no tabuleiro do poder naval e colocam o adversário em xeque. O submarino nuclear, que equivaleria à Dama (Rainha) no jogo de Xadrez, mais uma vez é empregado como instrumento do poder político. É a “diplomacia das canhoneiras” em versão submarina.

Poder Naval

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