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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Nova ordem mundial está nascendo, diz líder supremo do Irã em encontro de países

O líder iraniano Ayatollah Seyyed Ali Khamenei discusando na abertura do evento em Teerã

Reunião entre os "não alinhados" pretende construir força política desalinhadas com a dos norte-americanos

A abertura da 16ª Cúpula dos Países Não Alinhados nesta quinta-feira (30/08) foi marcada por críticas ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e à ordem política mundial protagonizada pelos Estados Unidos e seus aliados. No entanto, o que prevaleceu foi o sentimento de que uma nova ordem mundial está sendo constituída.

Por ser o anfitrião do evento, o líder iraniano Ayatollah Seyyed Ali Khamenei fez o discurso inicial perante representantes de 107 países e pediu sua união para a constituição de uma nova força política que possua valores diferentes dos norte-americanos. Segundo ele, o Movimento de Países Não Alinhados são contra o colonialismo e a dependência cultural, política e econômica.

"O mundo está em transição para uma nova ordem internacional e o Movimento de Países Não Alinhados pode e deve desenvolver um novo papel”, afirmou ele. Khameini destacou que existe solidariedade e cooperação entre os países membros do grupo por mais de cinco décadas, mas reafirmou a importância de maior aproximação com a atual conjuntura política.

Para o líder iraniano, existem condições históricas, como os protestos e transformações ao redor do mundo, que apontam para o nascimento de uma nova ordem. “O coletivo vai desenvolver esforços para mudar a realidade e alcançar os valores que acredita”, disse ele.

Khameini também criticou a estrutura “não democrática, irracional e injusta” do Conselho de Segurança da ONU. “É uma forma flagrante de ditadura, é inadequada e obsoleta”, disse ele. ”Os EUA e seus aliados protegem os interesses ocidentais no nome dos ‘direitos humanos’, interferem militarmente em outros países em nome da ‘democracia’ e atingem pessoas indefesas para ‘combater terrorismo’”, acrescentou.

Histórico

As cúpulas do Movimento de Países Não-Alinhados são realizadas a cada três anos e a anterior aconteceu em 2009, no Egito, onde foi decidido que a seguinte seria no Irã, país que assumiu a presidência rotativa da organização até 2015. O encontro termina nessa sexta-feira (31/08).

O Movimento dos Países Não-Alinhados, fundado formalmente em 1961, reúne quase dois terços dos Estados-membros das Nações Unidas, especialmente da Ásia, África e América Latina, que têm pouco mais da metade da população mundial.

Durante a Guerra Fria, na segunda metade do século passado, se agruparam no grupo a maior parte dos Estados não oficialmente alinhados nem com o bloco ocidental nem com o soviético, a fim de manter sua independência.

Após o final da Guerra Fria, o movimento se mantém, embora muitos de seus membros apontem que deve adaptar-se à nova estrutura geopolítica mundial se quiser sobreviver.

Irã pede igualdade de tratamento sobre questão nuclear à ONU

Encontro do secretário geral da ONU, Ban Ki Moon (esquerda), com líder supremo do Irã, Ayatollah Khamenei

Aiatolá Kamenei se reuniu com secretário-geral da ONU antes do início do encontro de países "não alinhados"

As Nações Unidas devem assumir um papel mais decisivo contra a proliferação de armas nucleares no Oriente Médio e tratar de forma igualitária todos os países no que concerne ao assunto. Esse foi o posicionamento defendido pelo líder supremo do Irã, o aiatolá Sayid Ali Kamenei, em reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, nesta quarta-feira (29/08) em Teerã.

"A República Islâmica do Irã reitera a sua posição sobre um Oriente Médio livre de armas nucleares, e a ONU deve fazer sérios esforços para dissipar as preocupações com relação a esse armamento", disse ele.

Kamenei reafirmou que o programa nuclear iraniano não tem fins militares e acusou os Estados Unidos de estarem procurando por um motivo para atacá-los. "Os norte-americanos estão plenamente conscientes de que o Irã não busca armas nucleares e estão apenas à procura de um pretexto", afirmou o líder. Ele também pediu uma reação da ONU sobre as ameaças militares norte-americanas contra o Irã.

Segundo o líder iraniano, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica da ONU) e o Conselho de Segurança atuam de forma diferente diante da questão nuclear dependendo do país. Enquanto exigem uma série de investigações do Irã, essas instituições ignoram o desenvolvimento crescente do programa nuclear israelense “que constitui uma verdadeira ameaça para a região”.

Ban Ki Moon que está no Irã para participar da 16.ª Cúpula dos Países Não Alinhados parabenizou o governo do país por assumir a presidência do grupo e desenvolver importante papel na região.

Apesar das afirmações de Kamenei, o secretário geral da ONU expressou preocupação com o programa nuclear iraniano e pediu ao líder do país para cooperar com a AIEA e o Conselho de Segurança.

Opera Mundi

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