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sábado, 29 de setembro de 2012

Adolescente é morto pela polícia durante protesto no Bahrein

Amigos de adolescente morto no Bahrein choram pela vítima em seu funeral

Hussam al Haddad é o segundo menor morto durante uma manifestação nos dois últimos meses

Um adolescente de 17 anos morreu neste sábado (29/09) no Bahrein após ser baleado pela polícia durante um protesto contra o governo.

Ali Hassan Namah faleceu na aldeia de Sadad por conta de tiros disparados a queima-roupa pela polícia. A morte de Namah é a segunda de um menor em uma manifestação nos dois últimos meses. Em 16 de agosto, Hussam al Haddad, de 16 anos, foi morto pela polícia quando, segundo as autoridades, participava de um "ataque terrorista" contra um veículo.

O Ministério do Interior disse em comunicado que o incidente aconteceu depois que um carro da polícia foi alvo de um "ataque terrorista" com coquetéis molotov. O órgão argumenta que os agentes responderam "de acordo com a lei".

"Um dos participantes deste ato terrorista ficou ferido e posteriormente declarado morto no mesmo lugar", disse o Ministério.

No entanto, familiares e testemunhas desmentiram esta versão em declarações à Agência Efe. Eles asseguraram que a polícia realizou uma emboscada contra os manifestantes.

"Estávamos protestando e ele estava na frente", disse um membro das manifestações que pediu para não ser identificado.

"Quando chegamos na estrada principal, um policial que estava escondido abriu fogo a queima-roupa, e quando Namah caiu, o agente pôs seu pé sobre o corpo e lançou gás lacrimogêneo para se assegurar que ninguém chegasse perto dele", acrescentou.

Forças de segurança isolaram o local onde o jovem foi morto. Houve enfrentamentos entre familiares do adolescente e a polícia, que utilizou gases e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes e jornalistas presentes.

A morte do rapaz ocorreu horas depois de o Bahrein ser eleito representante da Ásia no comitê consultivo do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Segundo a oposição, já morreram no Bahrein 114 pessoas desde que começaram os protestos contra o regime, em fevereiro de 2011. Este pequeno reino de maioria xiita é cenário desde então de contínuos protestos populares em favor de reformas políticas. Essas manifestações foram reprimidas pela força pela monarquia sunita governante.

Opera Mundi

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