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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ahmadinejad critica ONU por sancionar seu país e isentar Israel

O chefe de Estado iraniano lamentou o uso da liberdade de expressão como pretexto para publicação dos desenhos satíricos de Maomé

Presidente do Irã discursou em reunião sobre o estado de direito, na véspera da Assembleia Geral da ONU

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, criticou nesta segunda-feira (24/09) os membros ocidentais do Conselho de Segurança da ONU por promover sanções contra seu país devido ao programa nuclear, enquanto ignoram as "cabeças atômicas de um regime impostor", em referência a Israel.

Ahmadinejad, que discursou em reunião de alto nível sobre o estado de direito, na véspera da abertura da Assembleia Geral da ONU, denunciou que alguns membros do Conselho de Segurança com direito de veto "escolheram o silêncio em relação às cabeças atômicas de um regime impostor enquanto ao mesmo tempo impedem o progresso científico de outras nações", em referência ao Irã.

O presidente iraniano fez duras críticas a alguns membros permanentes do Conselho (formado por EUA, França, Reino Unido, Rússia e China), mas não citou nenhum diretamente, apesar de, no contexto de seu pronunciamento, ter deixado claro que se referia aos três primeiros.

Ahmadinejad também aproveitou para criticar a "atitude injusta do regime sionista contra o povo palestino durante os últimos 60 anos".

Além disso, o presidente afirmou que os membros permanentes do Conselho de Segurança "abusam da liberdade de expressão para justificar o silêncio em relação aos que ofendem os profetas divinos", em alusão ao vídeo sobre Maomé, que tem causado diversos protestos e distúrbios no mundo árabe nas últimas semanas.

O iraniano também acusou os países membros de "violarem" os direitos e liberdades básicos de outras nações em nome da segurança internacional. O presidente considerou que a lei deve ser aplicada "com direitos e obrigações iguais a todos".

Ahmadinejad disse que "o privilégio discriminatório" do direito de veto, desfrutado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, "carece de legitimidade" e é por isso que o órgão "fracassou" no estabelecimento da justiça, da paz e da segurança no mundo.

O discurso do presidente iraniano aconteceu um dia após se reunir com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que pediu que o líder mostre "a natureza pacífica" do programa nuclear de seu país e consiga, assim, a confiança da comunidade internacional.

Ahmadinejad discursará perante a Assembleia Geral da ONU na quarta-feira (26/09), enquanto cresce a tensão em torno do propósito do programa nuclear iraniano e falta de colaboração do país com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

As potências ocidentais suspeitam que o Irã possa estar tentando fabricar armas nucleares, algo que Teerã rejeita ao afirmar que todas suas atividades atômicas têm fins civis.

Os países ocidentais do Conselho de Segurança, órgão que ditou quatro rodadas de sanções diplomáticas, comerciais e nucleares contra o Irã desde 2006, acusam o país de estar transferindo armas ao regime da Síria durante o conflito civil.

Opera Mundi

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