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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mais Guerra Síria

EUA insistem em apoiar grupos armados na Síria

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, insistiu em continuar apoiando a violência dos grupos armados na Síria até conseguir a derrubada do governo do presidente Bashar Al Assad.

Ao reconhecer a permanência das diferenças com a Rússia nos caminhos para solucionar a crise síria, a chefe da diplomacia estadunidense considerou que é necessário ser realista, pois “nós não chegamos a nenhum acordo sobre a Síria”, apontou.

Em alusão a seus diálogos no marco da cúpula do Foro Econômico Ásia-Pacífico (Apec), com o presidente Vladimir Putin e seu homólogo russo, Serguei Lavrov, Clinton opinou que eram desnecessárias resoluções “desdentadas” no Conselho de Segurança da ONU.

A chefe do Departamento de Estado, que assistiu à cúpula da Apec como representante do presidente Barack Obama, repetiu o argumento de que tais resoluções serão ignoradas por Assad.

Por outro lado, em franca contradição com o belicismo estadunidense, o chanceler russo Serguei Lavrov disse que na Síria é necessário que todos os fatores externos com influência em uma e outra parte do conflito, a empreguem com boas intenções e para levar as partes em confronto à mesa de diálogo.

As sanções unilaterais da União Europeia contra a Síria, que recrudesceram em 18 ocasiões, e as limitações impostas pelos Estados Unidos foram aplicadas sem consultar a Rússia nem levar em conta mecanismos de decisões coletivas como o Conselho de Segurança da ONU, destacou o diplomata russo.

Mas, depois que as sanções não funcionam, o Ocidente acusa a Rússia, a China e outros Estados de impedir que seus objetivos a respeito da crise síria sejam atingidos, denunciou.

Moscou lamentou a decisão, impulsionada pela Liga Árabe, das companhias de satélites Nilesat e Arabsat de suspender a transmissão de canais estatais sírios que recentemente exibiram imagens de um dos massacres perpetrados por grupos armados fora de Damasco.

Como parte da guerra de informação desencadeada contra a Síria, em várias ocasiões a imprensa ocidental tentou apresentar tais assassinatos massivos como ações do exército sírio.

Síria, contas de uma guerra suja

Por maior que seja a perversidade da campanha mediática, esta não poderá toldar a verdade da guerra em curso na Síria. Uma guerra instigada, arquitetada, financiada e conduzida desde o exterior, expressão do exacerbar da luta de classes no plano internacional.

Sem a ação criminosa dos EUA, das potências alinhadas da Otan (em que pontifica o revivalismo colonial do trio Erdogan, Hollande e Cameron e a disputa por um maior protagonismo e superior proveito), de Israel e das ditaduras do petrodólar do Golfo a atual guerra terrorista na Síria não seria possível. Este é o elemento decisivo que se sobrepõe aos demais.

Não estranha, pois o manto de silêncio da comunicação social dominante acerca do carácter, forças motrizes e contexto regional e internacional desta guerra. Não se assistiria à escalada sangrenta, nem ao quadro de “guerra civil” na Síria sem o rastro fresco das guerras imperialistas na Iugoslávia, Iraque, Afeganistão e Líbia. No Afeganistão a guerra arrasta-se. Mais de 2000 soldados só dos Estados Unidos perderam ali a vida. Porém após a inevitável retirada do grosso da presença militar da Otan, anunciada para 2014, os EUA pretendem continuar a utilizar o foco inflamável da instabilidade afegã como força de chantagem direcionado para as fronteiras dos estados limítrofes, incluindo a província autónoma do Xinjiang da China.

Como se sabe Pequim constitui a principal preocupação, já assumida, dos EUA. A sinistra engrenagem retroativa do terrorismo Al-Qaeda (uma cultura das estufas da CIA nos anos 80), os bárbaros ataques com aparelhos não tripulados quotidianamente operados no território do Iémen, Paquistão, Somália, etc. constituem um elemento e caldo orgânico, não só da própria projeção militar do imperialismo norte-americano, como das forças que ainda ontem devassavam a Líbia e hoje são despejadas para o ajuste de contas travado na Síria. Tudo em nome da liberdade e democracia. Ali vemos o modus operandi da promoção do extremismo religioso e da rede pululante de seitas do islamismo radical, o municiamento fratricida da divisão étnico-confessional, como tenebrosamente já se tinha visto na recente ocupação do Iraque. Forças que são carne para canhão ao serviço de agenda desestabilizadora, e simultaneamente força de escape que permite às classes dominantes, indígenas e metrópoles, intensificar a matriz exploradora e gerir as tensões sociais e o descontentamento alargado de camadas populares e até sectores intermédios das burguesias nacionais.

Este é o cenário de fragmentação e desestabilização auspiciado em Washington para a região do chamado Grande Médio Oriente, em que se cruzam interesses nevrálgicos para o controlo da economia mundial e a sua geopolítica. Uma visão que não deixa de ser sintomática da megalomania imperialista no limbo da crise capitalista mundial.

A guerra “sem quartel” contra Damasco, a obsessão em derrubar o “regime” de Bashar al-Assad não esquece por um minuto o legado de décadas da Síria pós-colonial, baluarte da resistência árabe anti-imperialista e da solidariedade com a causa da Palestina, apesar das vicissitudes de um percurso libertador não linear. Pisotear e enterrar a bandeira emancipadora do patriotismo e dignidade árabes, atentando contra a soberania e integridade territorial sírias, é tarefa vital para os agressores. A soberania do Irã surge como um “obstáculo” de fundo (sendo oportuno recordar o golpe da CIA que em 1952 derrubou Mossadegh). Mas a rampa de propagação do “conflito” sírio vai mais além, apontando também à Rússia multinacional (veja-se os recentes atentados no Cáucaso e Tartaristão).

A missão incendiária liderada pelos EUA não tem, porém as mãos livres. A resistência patriótica síria é um exemplo de coragem e dignidade merecedor da mais ampla solidariedade. E a reunião dos Não-Alinhados acabada de realizar em Teerã, não obstante os elementos contraditórios que conteve, é um importante sinal de esperança para os povos.

Autor: Luís Carapinha é membro da Seção Internacional do Partido Comunista Português

Militantes da Jordânia ameaçam Síria com ataque

ameaçou neste domingo lançar ataques contra as forças do governo da Síria.

Shalabi, que é mais conhecido pelo nome de Abu Sayyaf, disse que seus combatentes poderiam atacar partidários do presidente da Síria, Bashar Assad, em resposta ao que chamou de crimes cometidos pelo governo sírio contra muçulmanos sunitas.

O líder fez as declarações durante um protesto na capital da Jordânia, Amã.

Naval Brasil

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