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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Recuo do Irã impediu guerra antes de eleição nos EUA, diz Israel

O ministro de Defesa de Israel, Ehud Barak, defende o ataque militar contra as instalações nucleares do Irã


Ministro de Defesa israelense defende, no entanto, ataque militar contra instalações nucleares iranianas

Israel não atacou militarmente as instalações nucleares iranianas neste ano por conta da decisão de Teerã de mover um terço do urânio parcialmente enriquecido para uma usina de energia com fins civis. A afirmação é do ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, cuja principal preocupação é manter o Irã sem armas nucleares.

Em entrevista ao jornal britânico Daily Telegraph nesta terça-feira (30/10), o ministro admitiu que seu país provavelmente teria entrado em guerra contra o país persa antes mesmo da eleição presidencial nos Estados Unidos. A posição do governo israelense foi alterada em agosto quando as autoridades iranianas moveram 38% de 189 quilos de urânio enriquecido a 20% e converteram o material em combustível para um reator de pesquisa civil.

“Poderia ter ao menos três explicações”, supôs Barak. “Uma delas é que o discurso público sobre uma possível operação israelense ou norte-americana os dissuadiu de tentar chegar perto. Pode também ter sido uma manobra diplomática que eles lançaram com a finalidade de evitar esse problema culminando nas eleições norte-americanas para ganhar tempo. E também pode ter sido um jeito de falar para a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) ‘olhem, nós cumprimos com as nossas obrigações'”, acrescentou.

Para o ministro de Defesa, no entanto, os “aiatolás” que compõem o governo iraniano não vão desistir de obter o armamento nuclear com sanções ou diplomacia e, por essa razão, a possibilidade de ataque contra o país ainda está na mesa. A transferência do material nuclear, segundo Barak, apenas “atrasou o momento da verdade por oito ou dez meses”.

O oficial israelense defende a guerra contra o Irã o mais rápido possível antes que as instalações nucleares iranianas atinjam a “zona da imunidade”, isto é, quando se tornarem invulneráveis a possíveis ataques militares aéreos israelenses. “Pense no que significaria atacar o Irã quando eles já tiverem a bomba nuclear. Seria ainda mais complicado, perigoso e com consequências de longo alcance, com muito mais custos de vidas humanas e recursos financeiros”, defende.

Barak defendeu que o programa nuclear iraniano não é apenas uma ameaça à segurança de Israel, mas de todo o mundo. Apesar disso, o ministro de Defesa disse que Israel tem o direito de atacar o país sem a autorização prévia dos EUA. “No que diz respeito ao centro dos nossos interesses de segurança e, de certa maneira, ao futuro de Israel, nós não podemos delegar a responsabilidade de tomar decisões nas mãos de outros mesmo que se tratem de nosso aliado mais confiável e fiel”, afirmou.

Fins pacíficos ou militares?

O programa nuclear iraniano foi anunciado em fevereiro de 2003 pelo então presidente, Mohamed Khatami, que revelou a existência da instalação de Natanz e convidou a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) para visitá-la.

Desde então, políticos norte-americanos e europeus desconfiam dos fins pacíficos do programa e afirmam que o governo do Irã deseja desenvolver armas nucleares. França, Reino Unido, Alemanha e os EUA conseguiram aprovar no Conselho de Segurança seis pacotes de sanções contra o país de 2006 até os diais atuais. A União Europeia e diversos países, incluindo os EUA, também realizam bloqueios contra o país.

A AIEA faz visitas constantes ao Irã com a finalidade de acompanhar o desenvolvimento de seu programa nuclear, de modo a produzir diversos relatórios sobre o caso. Em todos estes documentos, a agência afirmou que não pôde verificar indícios de fabricação de armas nucleares.

No ano passado, os EUA propuseram, de acordo com o New York Times, que o Irã removesse todo o material nuclear do país, encerrasse o enriquecimento de urânio e fechasse uma de suas usinas. Em seguida, os EUA e seus aliados ofereceriam cooperação para o desenvolvimento de programas nucleares para fins pacíficos e não acrescentariam novas sanções, mas os bloqueios já impostos não seriam suspensos.

Opera Mundi

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