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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Israel Vs Palestina:Irã ajudando os Palestinos

Irã afirma que Israel deve ser julgado por crimes de guerra

 

Para porta-voz iraniano, Israel é o único responsável por conflito em Gaza.

Ele negou o envolvimento de Teerã com o Hamas, como acusou Peres.

 
Israel é o único responsável pelo conflito em Gaza e deveria ser julgado "por crimes de guerra", afirmou o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, que negou o envolvimento de Teerã, como afirmam as autoridades israelenses.
"Não o Irã ou o Hamas que buscam o enfrentamento, a guerra ou colocar em perigo a vida da população inocente, e sim o regime sionista, que deveria ser julgado por crimes de guerra", disse Ramin Mehmanparast.
Soldado israelense retira criança de local onde houve ataque aéreo palestino nesta terça-feira (20) (Foto: AFP)Soldado israelense retira criança de local onde houve ataque aéreo palestino nesta terça-feira (20) (Foto: AFP)

O presidente israelense, Shimon Peres, acusou na segunda-feira (19) o Irã de estimular o movimento radical palestino Hamas, que controla Gaza, a continuar bombardeando Israel ao invés de buscar um cessar-fogo, além de entregar mísseis Fajr-5 lançados contra o Estado hebreu nos últimos dias.
Ao mesmo tempo, ele elogiou o presidente do Egito, Mohamed Mursi, pelo papel construtivo que desempenhou com a intensificação da crise.
"Desagradáveis são os iranianos. Eles estão tentando encorajar novamente o Hamas a continuar o tiroteio, o bombardeio, estão tentando enviar armas para eles", disse Peres em entrevista à CNN.
A ofensiva israelense para neutralizar o lançamento de foguetes contra o Estado hebreu matou 109 palestinos em seis dias, enquanto três israelenses morreram em ataques de foguetes de grupos armados palestinos.
"O que é importante é que os palestinos tenham armas para defesa", afirmou Mehmanparast.
Como começou?
No dia 14 de novembro, uma operação militar israelense matou o chefe do braço militar do grupo Hamas na Faixa de Gaza, Ahmed Jaabali. Segundo testemunhas, ele dirigia seu carro quando o veículo explodiu. Seu guarda-costas também morreu.
Israel afirma que Jaabali era o responsável pela atividade "terrorista" do Hamas – movimento islâmico que controla Gaza – durante a última década. Após a morte, pedidos imediatos por vingança foram transmitidos na rádio do Hamas e grupos militantes menores alertaram que iriam retaliar. "Israel declarou guerra em Gaza e eles irão carregar a responsabilidade pelas consequências", disse a Jihad Islâmica.
No dia seguinte à morte de Jaabali, foguetes disparados de Gaza mataram três civis israelenses, aumentando a tensão e ampliando o revide aéreo de Israel – que não descarta uma operação por terra. Os bombardeios dos últimos dias, que já atingiram a sede do governo do Hamas na operação chamada de "Pilar defensivo", são a mais intensa ofensiva contra Gaza desde a invasão realizada há quatro anos na região, que deixou 1.400 palestinos mortos e 13 israelenses.
Acredita-se que a metade dos mortos sejam civis, o que desperta críticas à ação de Israel. O país alega que os membros do Hamas se escondem entre a população 

Irã fornece mísseis a Gaza através do Sudão e Egito, diz CNN


O Irã está fornecendo mísseis Fajr-5 ao movimento Hamas através do território do Sudão e do Egito, informa o canal televisivo norte-americano CNN, citando o perito do Instituto de Washington Matthew Levitt.


“Os responsáveis dos EUA, de Israel e do Egito suspeitavam há longo tempo que o esquema funcionava desta maneira. Os mísseis e outras armas são levados de avião do Irã para o Sudão, em seguida os armamentos são transportados através do leste do Sudão para a fronteira com o Egito, e depois – para a península do Sinai,” declarou Levitt.
O perito norte-americano destacou que são as famílias de beduínos do Sinai que contrabandeiam os mísseis e que, por isso, o governo egípcio pouco pode fazer para o evitar.

Irã confirma ajuda ‘militar’ aos grupos palestinos da Faixa de Gaza

Presidente do Parlamento não especificou em que consiste o auxílio.  Mais de 140 pessoas morreram em uma semana de bombardeios.

 
O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, confirmou nesta quarta-feira (21) que o Irã concede uma ajuda "militar" ao movimento palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Mais de 140 pessoas morreram em uma semana de bombardeios na região.
"Temos orgulho de defender o povo palestino e o Hamas, (…) temos orgulho que nossa ajuda tenha sido financeira e militar", declarou Larijani ao site do Parlamento.
O Presidente do Parlamento não informou em que consiste a ajuda militar.
Teerã nunca fez mistério sobre sua contribuição material e financeira ao Hamas e à Jihad Islâmica palestina, que lutam contra Israel, mas sempre evitou expor ao mundo a ajuda militar.
Explosão de um ataque aéreo atinge a Cidade de Gaza nesta quarta-feira (21) (Foto: AP)
 
Explosão de um ataque aéreo atinge a Cidade de Gaza nesta quarta-feira (21) (Foto: AP)

Acusações
O Irã foi acusado nos últimos dias por Israel de também ter fornecido aos grupos palestinos mísseis Fajr-5, com alcance de 75 km, usados contra o Estado judaico após o começo da ofensiva israelense na faixa da Gaza em 14 de Novembro.
O chefe da Jihad Islâmica, Ramadan Abdullah Challah, reconheceu nesta terça-feira (20) à emissora Al-Jazeera que os grupos palestinos de Gaza usavam armas iranianas nos ataques contra Israel, mas não informou o tipo de armamento nem como foram entregues.
"Todo mundo sabe. Não é segredo. As armas da resistência na Palestina, diante da agressão (…) israelense, são essencialmente de origem iraniana: são armas iranianas ou compradas com financiamento iraniano", declarou.
O comandante dos Guardiões da Revolução, o general Mohammad Ali Jafari, afirmou nesta quarta-feira à agência Isna que Teerã "fornece ajuda técnica e tecnológica a todos os muçulmanos que lutam contra a 'arrogância mundial'", expressão consagrada pela retórica oficial iraniana para designar o Ocidente e Israel.
Contudo, continuou, "não podemos ajudar atualmente [a resistência palestina] porque Gaza está sitiada".
Ele afirmou também que os mísseis Fajr-5 lançados de Gaza contra Israel "não foram fornecidos pelo Irã, mas a tecnologia dos mísseis foi". "Esses mísseis podem ser produzidos rapidamente" pelos grupos palestinos, acrescentou.
Aiatolá faz críticas
O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, criticou por sua vez "os governos dos países islâmicos, principalmente árabes", que "não tiveram a atitude correta diante dos eventos em Gaza, alguns se contentando com poucas palavras e outros nem sequer condenando" os bombardeios israelenses.
"Os países islâmicos, principalmente os árabes, deveriam ajudar a população oprimida de Gaza quebrando o bloqueio desse território" por Israel, afirmou.
O aiatolá Khamenei fez questão de citar "os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França, que não mexeram um dedo contra o regime sionista cruel e brutal".
"Apoiando e encorajando esses criminosos, eles mostraram como os inimigos do Islã estão afastados de qualquer pingo de humanidade", completou o líder supremo iraniano.

Israel em Gaza: o criminoso que se faz de vítima

Há uma coisa estranha no conflito israel-palestiniano: apesar de durar há décadas, os ataques israelitas são sempre apresentados como uma resposta a qualquer coisa. Ou seja, a história, que não tem fim e da qual já se perdeu o início, começa sempre a ser contada a partir de um qualquer ataque palestino.
E assim se apresenta povo que não tem direito a um Estado, que está impedido de ter forças armadas, comércio externo, economia e território contíguo, que tem grande parte do seu território ilegalmente ocupado, que vive cercado por muros e humilhado em checkpoints dentro do seu próprio País e que não vê nenhuma das deliberações da ONU respeitada pelo seu vizinho como o agressor.
Mesmo para quem não conheça a realidade palestina – sobretudo em Gaza, onde mais de um milhão e meio de pessoas vive amontuada num gueto -, bastaria olhar para a desproporcionalidade dos ataques israelitas para perceber o absurdo desta narrativa. Perante uns foguetes artesanais que mataram três israelitas as forças de Israel lançaram uma ofensiva que, em apenas oito dias, provocou noventa mortos e 720 feridos.
Mas a ofensiva mais recente não começou a semana passada nem é uma resposta a coisa alguma. Entre Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009, foram mortos centenas de civis em Gaza. As repetidas incursões na faixa de Gaza provocaram, só no ano passado, 108 mortos e 468 feridos. Este ano, até esta ofensiva, e especialmente no mês de Setembro, os ataques israelitas a Gaza provocaram 55 mortos e 257 feridos.
Esta nova onda de violência ganhou uma nova escala com o assassinato, por Israel, do dirigente do Hamas Ahmed al-Jabari, quando este participava, através da mediação egípcia, na negociação para uma trégua nos confrontos. E não corresponde, ao contrário do que é dito pelo governo israelita, a uma reação, mas a um gesto político.
A ofensiva militar israelita integra-se numa campanha para boicotar a iniciativa da OLP de propor a elevação do estatuto da representação diplomática da Palestina na ONU. E, tal como aconteceu no final de 2008, dá-se a poucos meses da realização de eleições em Israel. Ou seja, corresponde à criação de um ambiente internacional e interno que favoreça as posições mais radicais nos dois lados. Ambiente que, como se sabe, tem historicamente beneficiado as posições expansionistas do Estado de Israel e a impossibilidade da Palestina ter, como é seu direito, um Estado viável.
Estes ataques acontecem também poucos dias depois dos ataques israelitas ao território sírio e quando Israel pressiona para um maior isolamento internacional do Irão. Há anos que Israel aposta num ambiente crispado na região que lhe garanta um ainda maior apoio dos Estados Unidos e da Europa (se isso é possível).
Até quando pode tolerar a comunidade internacional um comportamento que sistematicamente viola todas as regras internacionais e que cria um ambiente insustentável para a paz numa região já por si tão sensível? Até quando continuará a comunidade internacional a tratar os palestinos como sub-humanos sem direito a tudo a que um povo tem direito? Até quando continuaremos a comprar a narrativa de um agressor crónico que se usa a má-consciência do Mundo para garantir a passividade internacional perante os seus crimes? Até quando continuaremos a justificar o injustificável?

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