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sábado, 24 de novembro de 2012

Noticias da Guerra Síria

Rússia se opõe a mísseis patriot na Turquia – veja porque!

SÃO PAULO – A Rússia se opôs hoje à instalação de mísseis da Otan na fronteira da Turquia com a Síria e pediu que o governo turco ajude a mediar a crise política no país vizinho.

Ontem, as autoridades turcas pediram à aliança militar do Ocidente que enviem mísseis Patriot para controlar os confrontos na região de fronteira, que aumentam desde o início de outubro.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Alexandr Lukashevich, disse que a instalação dos mísseis é um sinal perigoso e aconselhou que os turcos usem seu poder de influência sobre a oposição síria para incentivar o diálogo diplomático.

"Nosso conselho é que os colegas turcos usem sua influência com a oposição síria para chegar o mais rápido possível a um diálogo interno, e não mostrem sua força dando uma guinada perigosa à situação".

O representante afirmou que o país esperará a resposta da Otan sobre o pedido turco para dar uma versão definitiva sobre o tema. "Tais iniciativas não levam otimismo para uma solução política rápida na Síria".

Folhapress

Nota da Redação:

Todos sabem que na crise dos mísseis em Cuba, quando a Rússia diante dos apelos de Kennedy e até do Papa, resolveu retirar os mísseis russos da ilha de Fidel – então, ficou acertado que os EUA retirariam seus mísseis estacionados na Turquia, visto a proximidade com o território Russo, como da mesma forma, Cuba fica algumas milhas dos EUA.

Agora, sob uma nova roupagem, Turquia resolve pedir (ou incitada a pedir) mísseis patriot para suas fronteiras com a Síria… Mas Moscou percebe que a intenção é o desequilíbrio de forças na região, tanto o é, que parece ser esse pedido uma grande armadilha para o isolamento da Rússia, haja vista os escudos de defesa antimísseis (DAM) na Polônia e até alocados em navios na região oriental, com raio de ação para anular as forças russas de ataque e defesa.

Sem contar que a desculpa que o DAM é para se proteger do Irã, já ficou velha e ultrapassada!

Síria considera pedido turco de mísseis à Otan uma provocação

Mísseis Patriot são instalados no aeroporto militar de Diyarbakir, no sudeste da Turquia, em março de 2003 (AFP, Mehdi Fedouach)

DAMASCO — O pedido de mísseis Patriot à Otan é uma nova provocação da Turquia, considerou nesta sexta-feira uma fonte do ministério sírio das Relações Exteriores, citada pela rede de televisão oficial.

Esta é a primeira reação de Damasco desde que Ancara, que teme a expansão do conflito sírio, pediu oficialmente à Aliança Atlântica a mobilização de baterias de mísseis Patriot em sua fronteira com a Síria, ressaltando seu caráter defensivo.

"A Síria atribui ao governo (do primeiro-ministro turco Recep Tayyip) Erdogan a responsabilidade pela militarização da situação na fronteira entre Síria e Turquia e pelo aumento da tensão e dos danos em detrimento dos povos amigos", sírio e turco, acrescentou a fonte.

"A Turquia abriu seu território a milhares de terroristas sírios e estrangeiros, armando-os, treinando-os e infiltrando-os na Síria para participar do derramamento de sangue", acusou, segundo a agência Sana.

Irã alerta a oposição síria

O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, advertiu nesta sexta-feira a oposição síria, o Qatar e a Arábia Saudita sobre qualquer ação "aventureira" na Síria, onde os rebeldes islamitas e combatentes curdos se preparam para uma guerra aberta no norte do país.

Moscou, outro aliado do regime, criticou a decisão turca de instalar mísseis antiaéreos Patriot em sua fronteira com a Síria, mas Ancara replicou, ressaltando seus objetivos "puramente defensivos".

Nesta sexta, os opositores de Bashar Al-Assad se preparam para manifestar sob o lema "a hora da vitória se aproxima", após os recentes sucessos dos insurgentes no leste e norte do país.

Em Damasco, Larijani, que se encontrou com o presidente Assad, criticou, sem citar nomes, o Qatar e a Arábia Saudita, principais aliados e financiadores da oposição.

"Alguns na região querem levar adiante ações aventureiras para causar problemas à Síria", disse à imprensa.

"Mas o Irã continua a apreciar o papel de vanguarda da Síria no apoio à Resistência", ou seja, os países que se opõem à Israel e Estados Unidos.

Antes de partir de Teerã, o presidente do Parlamento criticou os rebeldes, que infligiram recentes derrotas às tropas governamentais. "Alguns grupos (de oposição) em nome de reformas (…) procuram perturbar a situação política na Síria", disse, antes de indicar que viajaria "para tentar encontrar uma solução ao problema sírio".

"Nós apoiamos a democracia e a reforma na Síria, mas somos contra a toda ação aventureira", acrescentou, segundo citado pela agência iraniana Mehr.

Em seguida, Larijani deve se encontrar no Líbano com o presidente xiita do Parlamento, Nabih Berrim e viajar à Turquia, país que pediu para a Otan a instalação de Patriots em sua fronteira.

Esta possibilidade não agradou a Rússia que vê um risco de provocar um "conflito armado grave".

"Mais acumulamos armas, mais elas correm o risco de serem utilizadas", considerou o ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

Rebeldes sírios e curdos preparados para guerra

Soldados curdos Peshmerga vigiam a fronteira iraquiana com a Síria na região da província de Ninawa

Na Síria, os principais movimentos curdos sírios decidiram formar uma força militar unida para combater insurgentes islamitas no noroeste da Síria, informou um militante curdo.

Combatentes do Partido da União Democrática Curda (PYD), o braço sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, rebeldes curdos da Turquia), estão em conflito há dias com centenas de rebeldes da Frente Al-Nosra e da Brigada Ghouraba al-Shama en Rass Al-Aïn, localidade síria na fronteira turca, onde os rebeldes controlam um posto de fronteira.

"Os dois conselhos nacionais curdos do Curdistão do oeste entram em um acordo para formar uma força militar unificada reunindo as forças do PYD e os dissidentes no Curdistão", afirmou este militante que se apresenta com o nome de Havidar. Em sua terminologia, o Curdistão do oeste é a Síria.

Este militante hostil ao regime indicou que a reunião aconteceu no Iraque.

Ao mesmo tempo, Al-Nosra e Ghouraba al-Sham, dois importantes grupos radicais islâmicos, chamaram os rebeldes para o resgate, ainda que estas duas organizações não façam parte da principal força de oposição armada, o Exército sírio Livre (ESL).

O Qatar, que teve um papel de destaque na unificação em 11 de novembro da rebelião síria, pediu à Coalizão de Oposição para nomear um embaixador para Doha, indicou um membro do governo.

Cresce fluxo de xiitas do Líbano para lutar na Síria a favor de Assad

Mahmoud Ahmadinejad acena para a população ao chegar ao Líbano, onde foi recebido por milhares de pessoas - Foto: EFE

O fluxo de militantes xiitas do Líbano e do Iraque rumo à Síria para lutar ao lado das forças do ditador Bashar Assad contra rebeldes vem crescendo com o endurecimento da guerra no país.
Assad pertence ao ramo alauíta do islã, que é ligado aos xiitas.

"Homens estão sendo enviados à Síria pelo Hizbollah, todo mundo sabe disso aqui. Mas é discreto. O grupo não comenta isso oficialmente", confirmou Mohammed, um ex-guerrilheiro do grupo armado xiita. O jovem é morador do subúrbio de Dahya, em Beirute, onde fica sediado o Hizbollah.

Procurada pela reportagem da Folha por telefone, a assessoria de imprensa do grupo, que também é um partido político, afirmou que não comenta o assunto. "Desde a explosão da bomba na praça Sassin [em 19 de outubro, que matou o chefe de inteligência libanesa], o Hizbollah não responde a nenhuma pergunta da imprensa, principalmente da mídia internacional", contou o fotojornalista Issam Abdallah.

Sunitas e cristãos de direita acusam o Hizbollah e a Síria de estarem por trás do atentado. A explosão do carro-bomba foi estopim de protestos e confrontos violentos entre sunitas e xiitas.

Na semana seguinte, pelo menos sete pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Em outubro, o jornal "The New York Times" também publicou reportagem mostrando que xiitas iraquianos estavam sendo enviados à Síria, via Teerã. Na capital iraniana eles receberiam treinamento e equipamento, antes de serem transportados a Damasco, por aviões.

"Outros pegam ônibus na cidade sagrada de Najaf (Iraque), sob o pretexto de realizar uma peregrinação a mesquitas xiitas em Damasco", afirma o texto.
Há meses, vários santuários xiitas na Síria são protegidos por iraquianos armados, incluindo a mesquita de Zeinab, onde estariam os restos mortais da neta de Maomé. Segundo o "New York Times", o Irã e a Síria estariam promovendo o recrutamento de jovens guerrilheiros no Iraque. O mesmo esquema estaria em curso no Líbano.

FUTURO EM JOGO

"Eles fornecem armas, equipamentos e arranjam detalhes da viagem. Muitos jovens aqui se voluntariam para ir", disse Mohammed. Segundo ele, cada vez mais os xiitas veem a guerra na Síria (em que uma maioria sunita luta contra o governo alauíta, um ramo do xiismo) como uma batalha pelo futuro da fé xiita.

Os xiitas querem fazer frente ao avanço sunita no conflito. Registros da atuação de grupos salafistas (extremistas sunitas) e da rede terrorista Al Qaeda na Síria são crescentes. O apoio financeiro abertamente declarado aos rebeldes pelos governos sunitas dos países do golfo Pérsico também é visto como uma ameaça.

Alguns xiitas devotos também acreditam que o conflito na Síria pode ser o início da concretização de uma profecia muçulmana que prevê o fim dos tempos. Um Exército, liderado por um demônio chamado Sufyani, irá dominar a Síria e depois o Iraque antes do fim do mundo.

"Que Bashar Assad saia vencedor do complô internacional que a Síria está sofrendo", bradou Ali, 23, durante discurso em um casamento xiita de amigos recentemente, em Tyr, no sul do Líbano. A maioria dos convidados aplaudiu. Garçom em uma rede de cafés em Beirute, ele apoia o governo sírio, mas não quer se envolver na luta. "Não pegaria em armas ou iria à Síria para combater, não sou um guerrilheiro", afirmou Ali.

A pintora síria Rania, 31, também xiita, prefere manter distância ainda maior do conflito. Refugiada em Beirute desde o acirramento do conflito em Damasco, ela se nega a misturar guerra e arte. "Odeio política, não quero me envolver. Para mim, é como uma doença e não vou mudar o que pinto porque há mortes no meu país, não vou colocar sangue no meu trabalho", disse à Folha em uma galeria no bairro de Hamra, onde seu trabalho recentemente foi exposto.

"Acho que uma revolução não violenta é o único modo de mudar qualquer coisa. Violência produz violência", acrescentou.

CONFLITO SECTÁRIO

Nos últimos meses, a ONU, a ONG Human Rights Watch e a Cruz Vermelha denunciaram vários episódios de perseguição de xiitas iraquianos e de refugiados palestinos na Síria -o que sinaliza avanço do fator sectário no conflito.

Desde março de 2011 o país está em guerra civil, com forças rebeldes pedindo a saída de Assad.

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