Sayyed Nasrallah: “Cada palmo da Palestina ocupada é território da Resistência” - Noticia Final

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sayyed Nasrallah: “Cada palmo da Palestina ocupada é território da Resistência”

Em discurso transmitido pela televisão na 10ª noite de Muharram, o Secretário-Geral do Hezbollah, Sayyed Hasan Nasrallah alertou a entidade sionista de que, caso o Líbano seja atacado, cada palmo da Palestina Ocupada é território da Resistência. E renovou seu apoio à Síria, em todos os campos.
Sayyed Nasrallah (E) Multidão(D)

‘Israel’ [1] é, de fato, mais fraca que teia de aranha

Sua Eminência congratulou-se com todos os grupos da Resistência em Gaza, pela vitória sobre a entidade sionista. Sayyed Nasrallah disse que “em Gaza vimos vitória real e completa, por mais que alguns mercenários a serviço de ‘Israel’ tentem encobrir os fatos, como também fizeram em julho de 2006 e na vitória de Gaza em 2009”.

O Secretário-Geral do Hezbollah lembrou aos governos árabes, mesmo sabendo que dificilmente o ouviriam, que Gaza e a Palestina “precisam, além de palavras de simpatia e visitas, também de armas, dinheiro e apoio efetivo. Gaza já fez por merecer o apoio de todos os governos árabes, porque nunca desistiu da Resistência e vive hoje de vitória em vitória”.

Sua Eminência, o secretário-geral do Hezbollah, destacou que, no recente confronto em Gaza, ‘Israel’ mostrou que é mais fraca que uma teia de aranha.

“Quando o Irã apoia os movimentos de Resistência, faz o que é seu dever fazer, do ponto de vista ideológico e estratégico, e o Irã não espera qualquer retribuição” – disse Sayyed Nasrallah, que também alertou contra o risco das tentativas superficiais para apresentar o inimigo, como amigo.

“Em todo mundo árabe e muçulmano, há quem tente apresentar ‘Israel’ como amiga e o Irã como inimigo. Mas ‘Israel’ nada dá em troca dessas solidariedades de ocasião, por causa da natureza criminosa e agressiva dos governos sionistas. Digo a todos os que assim falam, que seus esquemas estão condenados ao fracasso”.

“Dia após dia, os povos árabes e islâmicos veem que o Irã é amigo solidário, que os apoia. Foi o que mais uma vez se confirmou na recente confrontação na Faixa de Gaza, como já se vira antes, no Líbano”.

O que distingue o Bahrain é que, ali, o levante é pacífico

O Secretário-Geral do Hezbollah renovou o apoio da Resistência ao povo do Bahrain e à sua revolução pacífica, conclamando o governo do Bahrain a atender às justas demandas do povo bahraini, que mantém consciência clara do que quer, apesar de toda a injustiça e da opressão que sofre.

Sua Eminência também falou dos países da Região “que insistem em impedir qualquer solução positiva para o povo do Bahrain. Disse que aqueles governos que não defendem o povo do Bahrain temem que a luta por reformas que hoje mobiliza os bahrainis venha a alastrar-se para as ditaduras vizinhas”.
Sayyed Nasrallah (telão ao fundo) e plateia (1o. plano)
Estamos com a Síria, com toda a Síria

Sobre a crise na Síria, Sayyed Nasrallah disse que o Hezbollah está ao lado dos oprimidos em todos os países onde haja oprimidos, e que temos de saber discernir claramente quem é oprimido, em cada caso.

“Hoje, na Síria, toda a Síria é oprimida, todo o povo, o exército, a própria existência da Síria está ameaçada, porque a Síria foi convertida em alvo de ataque em vários níveis” – disse Sua Eminência.

“Dissemos, ano passado, que é direito legítimo dos sírios exigir reformas, [2] e continuamos a respeitar esse direito legítimo dos sírios”.

Defender hoje os sírios oprimidos implica exigir o fim dos combates e o fim da matança, para preservar a Síria íntegra e unida, para que o país consiga recuperar-se. Qualquer outra posição é trabalhar pela destruição da Síria”.

Somos pelo diálogo, mas nos ergueremos contra os que se ergam contra nós

O secretário-geral do Hezbollah destacou a importância de haver segurança, estabilidade, paz e coexistência civil pacífica entre todos os grupos que constituem a sociedade libanesa. Repetiu que “todas as acusações que se fazem contra o Partido da Resistência são falsas, injustas e sem qualquer prova; são, sempre, ações complementares aos assassinatos e outros atos de violência.” Sua Eminência repetiu que o único inimigo do Hezbollah é ‘Israel’. Que o Hezbollah não tem inimigos no Líbano, nem nos demais partidos políticos, apesar das muitas diferenças de opinião.

“Sempre acreditamos e continuamos a acreditar que o diálogo e a ação política são a única via para superar as crises no Líbano. Não rejeitamos a possibilidade de sentar para dialogar a qualquer momento. Mas não aceitamos que se imponham condições para o diálogo ou que se levantem acusações falsas contra nós. Digo hoje que continuamos, como sempre fomos, a favor do diálogo, da convergência e de uma solução política, mas nos ergueremos contra os que se ergam contra nós”.

Toda a Palestina Ocupada está sob nosso controle

Sayyed Nasrallah

Sayyed Nasrallah revelou que a Resistência islâmica já tem meios para alcançar com seus mísseis todos os territórios ocupados, “da fronteira do Líbano até a fronteira da Jordânia e o Mar Vermelho, de Kiryat Shmona a Eilat. O tempo quando ‘Israel’ podia nos ameaçar acabou. A temida ‘Israel’ já não existe”.

Sua Eminência continuou: “Como um inimigo que se deixa abalar por uns poucos foguetes que caíram em Telavive vindos de Gaza suportará milhares de mísseis que cairão sobre Telavive e outras cidades?”.

A crescente ameaça que enfrentamos é o esquema sionista/norte-americano

O Yazeed dessa era, que temos de enfrentar é o esquema sionista/norte-americano que ameaça nosso povo, nossa dignidade, religiões e locais sagrados. Essa confrontação permanece, como nossa absoluta prioridade” – disse o secretário-geral. Sayyed Nasrallah lembrou as ofensas ao Profeta Maomé “que vimos nos meses recentes”. Disse que hoje, 10º dia de Muharram, “é dia de fazer sacrifícios em defesa do Mensageiro de Alá. Todos os que ofendam nosso Profeta ou tentem fazê-lo saibam que não toleraremos nenhuma ofensa e que estamos prontos a defender nosso Profeta e sua dignidade. E hoje lembramos com o Imã Hussein, em defesa do Profeta Maomé, e que todo o mundo ouça nossa voz: ‘A teu serviço, Mensageiro de Alá”.

“Como todos os anos, no 10º dia de Muharram, relembramos a posição histórica do Imã Hussein e dizemos a todos os tiranos, os corruptos e os que desconfiem de nossa decisão: nenhuma possibilidade é mais remota, que a de nos deixarmos humilhar” – Sayyed Nasrallah concluiu.

Notas dos tradutores

[*] Esse artigo é tradução da versão em inglês, divulgada hoje pela rede Al-ManarTV, do Líbano. Todas as correções, sobretudo as feitas a partir da versão original em árabe, são bem-vindas.
[1] O Hezbollah não reconhece o estado de Israel, ao qual se refere, quase sempre, como “entidade sionista”. Por isso, quando ocorre, a palavra ‘Israel’ é usada com aspas simples, convenção que mantemos nessa tradução.
[2]Sobre a posição do Hezbollah quanto a Síria, ver também “Assange entrevista Nasrallah” (16/4/2012, Russia Today) em português.

Xeique Zein: “Rixa entre sunitas e xiitas é invenção de Telavive e Nova Yorque”

Xeique Ahmed Zein

O presidente do Conselho de Guardiões da Reunião de Clérigos Muçulmanos, Xeique Ahmed Zein, disse ontem que o discurso de segregação entre sunitas e xiitas é discurso inventado por Telavive e Nova Yorque. Xeique Zein destacou a importância de preservar-se a união de todas as seitas.

Em sua fala na 10ª noite da Ashoura, no complexo Sayyed Al-Shuhadaa, no subúrbio no sul de Beirute, Xeique Zein criticou as tentativas de apresentar o Irã como inimigo, quando o inimigo é a entidade sionista.

Lembrou também que o inspirador da revolução iraniana, o Imã Khomeini, expulsou de Teerã os sionistas e convidou os palestinos a instalar embaixada palestina na República Islâmica.

“A voz dos expulsos é a voz que apresenta o Irã como inimigo” – disse ele.

Xeique Zein destacou que cristãos e muçulmanos no Líbano devem manter-se unidos na defesa de cada grão de terra libanesa. Destacou também a importância, por um lado, da unidade islâmica de sunitas e xiitas como um só corpo e, por outro lado, a importância da unidade nacional entre muçulmanos e cristãos.

Redecastorphoto

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