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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

“Carta secreta” de Washington para Moscou causa especulações sobre desarmamento nuclear

Conselheiro norte-americano deverá chegar a capital russa com o documento

Alexei Pushkov

O chefe do comitê para assuntos internacionais da Duma, câmara baixa do parlamento russo, Alexei Pushkov, acredita que um assessor de Washington entregará a Moscou algumas propostas sobre o desarmamento nuclear em uma visita próxima. Em uma entrevista coletiva em Moscou, na quarta-feira, 13 de fevereiro, Pushkov afirmou que "o Conselheiro de Segurança Nacional do presidente norte-americano, Thomas Donilon, deve chegar à capital russa ainda em fevereiro (…) com uma ‘carta secreta’".

Embora admita que "ninguém saiba o teor do texto", o político russo declarou que acredita que irá conter "algumas propostas em matéria de desarmamento nuclear". O Global Zero, campanha liderada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para eliminar todas as armas nucleares do mundo até 2030, é uma iniciativa que os proponentes louvam como visionária e que os críticos ridicularizam como pensamento positivo, mas que depende, em grande parte, que a Rússia, também uma superpotência nuclear, considere o plano.
Pushkov criticou os esforços de Obama para eliminar as armas nucleares como "pura propaganda e uma ideia romântica". O deputado, do partido governista Rússia Unida, argumentou que, para alguns países como Israel, as armas nucleares não são negociáveis. Para ele, de fato, “os israelense nunca irão descartar o potencial de dissuasão nuclear, porque é cercado pelo mundo árabe potencialmente hostil”.

O deputado acredita que a campanha global de Obama termina em Israel antes mesmo de começar. Ele acrescentou que outros países fizeram "investimentos colossais" em armamentos nucleares e que não podem simplesmente abandoná-los.

Para Pushkov, resulta em uma grande nota de rodapé, ligada à proposta de Obama de eliminar as armas nucleares da equação militar, a decisão de Washington de construir um sistema de defesa antimísseis na Europa Oriental, a poucos quilômetros da fronteira russa.

Apesar das promessas anteriores de cooperar com a Rússia na elaboração do sistema, autoridades dos Estados Unidos e da OTAN agora parecem dispostas a alienar Moscou do projeto, arriscando nada menos do que "outra corrida armamentista", já que, segundo Pushkov, a Rússia não terá alternativa senão a de reforçar suas capacidades de dissuasão.

As preocupações do Kremlin se resumem a uma estratégia militar básica: enquanto os Estados Unidos e a OTAN continuarem a insistir em um sistema de defesa antimísseis sem a participação da Rússia, os esforços para reduzir as armas nucleares bilateralmente serão infrutíferos.

Moscou deixou claro que se reserva o direito de abandonar o novo acordo START – tratado de controle de armas assinado entre a Rússia e os Estados Unidos e ratificado em abril de 2010, limitando a 1.550 o número de ogivas nucleares estratégicas implantadas em ambos os lados – se for avaliado que o sistema norte-americano de defesa antimísseis represente uma ameaça para o equilíbrio estratégico entre os dois países.

Diário da Rússia

Nota da Redação do naval brasil:

Só está faltando os EUA dizerem nesta dita carta, que a causa da atual corrida armamentista no mundo é o Irã e a Síria (não esquecendo o Hamas e Hezbollah), e que, se Moscou cortar o apoio e ajuda a esses personagens, os escudos antimísseis serão todos retirados e a Rússia deixará de sentir-se ameaçada pelos EUA e OTAN…

Afinal, se a carta foi secreta, boa coisa não há; pois, é justamente esses assuntos que tiram o sono dos EUA em relação à Rússia.

Naval Brasil

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