EUA-OTAN: “Terrorismo Econômico”: O Colapso Industrial e Agricultural da Síria - Noticia Final

Ultimas Notícias

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

EUA-OTAN: “Terrorismo Econômico”: O Colapso Industrial e Agricultural da Síria

Prof. Michel Chossudovsky

Global Research

A economia da Síria está sendo atacada pelo impacto combinado dos terroristas patrocinados pelos EUA-OTAN e pelas sanções econômicas.

O objetivo final da guerra encoberta dos EUA-OTAN contra a Síria é a destabilização da economia síria e a destruição da Síria como nação.

A destabilização econômica é conduzida por vários meios:

• Um regime de sanções econômicas que contribui para paralisar o comércio e os investimentos,

• Atos de sabotagem e pirataria deliberadas dirigidas contra a base industrial do país.

Foi confirmado pela Câmara do Comércio da Síria que o governo turco tinha patrocinado o roubo direto “das linhas de produção e da maquinaria de centenas de fábricas na cidade de Aleppo”, a intenção sendo a de as desmantelar para incapacitar a base industrial síria.

• O fechamento, ou a falência das indústrias e empresas do país.

De acordo com um relatório recente temos que: “Mais do que a metade das grandes usinas, e as pequenas e médias oficinas do país já foram fechadas”.

“As indústrias estatais da “Syrian General Organisation of Engineering Industries” [Organização Geral das Indústrias Politécnicas de Engenharia] da Síria, anunciaram que iriam fechar oito das suas doze companhias, e isso por causa de sabotagem, pilhgem e saqueação, buming de linhas de produção, e de armazéns.” (albawaba.com)

• A destruição da base agricultural do país, levando a falta de alimentos, sub-alimentação e mal-nutrição.

O REGIME DE SANÇÕES

A administração de Obama impõe sanções devastadoras à Síria. O regime de sanções foi iniciado em agôsto de 2011 através de uma ordem executiva “proibindo a exportação, a venda, ou o fornecimento de serviços dos Estados Unidos à Síria”. ..assim como [também especificado] nas legislações paralelas do Congresso americano.

A Ordem Executiva de Obama:

“… [essa ordem] bloqueia investimentos e a exportação do petróleo da Síra. Desde 30 de maio [2011], os Estados Unidos impõem sanções ao Banco Islâmico Internacional da Síria. O Departamento das Finanças apresentou por sua vez que o Banco Islâmico da Síria tinha agido como uma frente para outras instituições financeiras que estavam tentando, por expedientes, anular as sanções [decretadas pelos Estados Unidos].

Poucos dias antes disso os Estados Unidos e uma dezena de outros países expulsaram os diplomatas sírios dos seus países. Isso tendo sido após o massacre de al-Houla, na Síria, do qual a culpa foi colocada nos militares de al-Assad, e isso sem provas conclusivas.

Em agôsto de 2011, o Congresso introduziu S.1472, uma “proposta de lei impondo sanções em pessoas fazendo investimentos que direta e de maneira significante contribuissem para a valorização da capacidade da Síria de desenvolver os seus recursos petrolíferos, ou outros fins.”

Em novembro de 2011 a Liga Árabe suspendeu a qualidade da Síria como sócia da Liga Árabe e adoptou “sanções sem precedentes na reunião de Cairo, com 19 votos contra três,”

Nos Estados Unidos o Comitê dos Negócios Estrangeiros na Câmara Legislativa passou uma lei com unanimidade de votos em março desse ano, [a denominada “Syrian Freedom Support Act”], para “reforçar as sanções contra o governo da Síria, valorizar as providências multilaterais tomadas para confrontar as ameaças da política do governo sírio, para estabelecer um programa de apoio a transição para um governo democraticamente eleito na Síria, e para outros fins.” (Veja Kurt Nimmo Crippling Sanctions against Damascus, Global Research, Junho 2012)


O COLAPSO DA AGRICULTURA SÍRIA

As ações terroristas dos Estados Unidos e da OTAN patrocinando o Exército Livre da Síria e seus associados esquadrões da morte agindo contra civís, o que também inclui lavradores, levou a uma situação grave para a agricultura do país . O fornecimento de artigos agrícolas, incluindo sementes e fertilizantes, foi perturbado a ponto de ser interrompido.

A distribuição de produtos agrícolas em áreas urbanas foi sériamente afetado por ataques terroristas contra o transporte e a distribuição desses produtos. Os ataques terroristas ainda desenraizaram a agricultura de pequeno porte, assim como levaram à devastação da agricultura comercial.

Num recente relatório, a Organização de Alimentos e Agricultura – FAO na sigla inglesa, confirmou uma massiva queda na produção agricultural da Síria.

Vinte e dois mêses de conflito deixaram o sector agricultural da Síria em pedaços. A produção de alguns cereais, frutas e legumes diminuiram até a metade. A destruição da irrigação, e outra infraestrutura foi massiva. Isso de acordo com o representante da ONU.

Também a destruição da infraestrutura, em todos os outros sectores foi massiva. Está completamente claro que quanto mais tempo dure o conflito, mais tempo também tomará a rehabilitação, disse o encarregado da ONU.

Dos 10 milhões de sírios que vivem em áreas rurais – cerca de 46% da população – 80 porcento tem sua subsistência ligada a agricultura.

A produção do trigo e cevada diminuiu para menos de 2 milhões de toneladas, no ano passado. Em anos normais se teriam de 4 a 4,5 milhões de toneladas por ano.

A produção de vegetais, frutas e olivas declinou significativamente, tanto em Homs como em Dara´a. Isso inclui então 60% de queda na produção de legumes em Homs, e 40% de queda na produção de azeite de oliva, em Dara´a.

Só quarenta porcento (40% )dos lavradores foram capazes de ter uma safra completa de cereais, enquanto 14% teriam declarado que não puderam colher, dado a insegurança vigente e a falta de combustíveis.

Há uma falta de acesso aos produtos agrícolas. Há também falta de capacidade de irrigação, por causa dos danos aos maiores canais de irrigação, especialmente em Homs. Há falta de combustível para as bombas de irrigação.

O movimento do gado para áreas de pastagem não é possível, e deras sobrevivência está em perigo pela falta de alimentação animal, e de drogas para medicamentos veterinários, sendo que a sua importação é prejudicada pelas sanções. A produção de aves domésticas, uma tradicional fonte de proteina animal barata, também está severamente atacada, isso inclui também maiores sítios produtores em Homs, Hama e Idleb. - “Centro Midiático, FAO: A produção agricultural da Síria decai massivamente enquanto o conflito continua”

AUMENTO DOS PREÇOS DE COMBUSTÍVEIS E GASOLINA

No desenrolar dos acontecimentos mais recentes, grandes aumentos nos preços da gasolina e dos combustíveis tem contribuido para o rompimento da produção, assim como do transporte. Esses aumentos de preços também levam a compressão do poder aquisitivo real das famílias.

As sanções econômicas assim como a degradação total das indústrias locais, levaram a falta de artigos essenciais, incluindo-se aqui então medicamentos.

O sistema monetário assim como o mercado de câmbio estão em crise, caracterizados por um grande declínio do valor da libra síria.

A estrutura fiscal do estado está desfeita, porque o governo já não está sendo capaz de arrecadar impostos das companhias que faliram.

REVERSÃO DAS CONQUISTAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Antes de 2011, o débito externo da Síria era baixo, quando comparado com outros países em desenvolvimento. O peso do débito exterior tinha sido reduzido através de acordos bilaterais de reajustamento. Os maiores credores sendo a Rússia, a Alemanha, o Irã e a França. A Síria também tinha conseguido regular o seu débito com o Banco Mundial.

De acordo com o Banco Mundial a Síria qualificava-se com os seguintes dados:

• procentual de inscrição em escolas primárias, abrangente ou total

• a expectativa de vida na nascença – que é um indicador do estado de saúde da população – era de 76 anos na Síria, comparado com 72 anos para o Oriente Médio e 65,5 como média nos países de baixa renda. (Banco Mundial, Dados para a República Árabe da Síria)

• procentual de inscrição para a escola secundária era na ordem de 72%. (Dados do Banco Mundial para inscricões de secundárias).


REFERÊNCIAS E NOTAS:

Prof. Michel Chossudovsky, US-NATO “Economic Terrorism” The Collapse of Syria’s Industry and Agriculture. Global Research – www.globalresearch.ca
*Anna Malm – www.bahnhof.se/wb224120

Naval Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad