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quinta-feira, 7 de março de 2013

A versão da Marinha do EC725 terá um novo sistema de armas e de auto-defesa

Itajubá (MG) – A engenharia brasileira está participando da integração dos sistemas elétricos e dos sistemas de armas e autoproteção dos helicópteros EC725 montados no Brasil pela Helibras. No começo do ano, o centro de engenharia da empresa recebeu o certificado Design Authorized Organization Certificate, que o coloca no mesmo nível dos outros três centros do grupo, instalados na França, Alemanha e Espanha.

A equipe brasileira é responsável pelo desenvolvimento no Brasil de parte dos 50 helicópteros comprados pelas Forças Armadas do país, em um contrato avaliado em € 1,9 bilhão. São 16 aeronaves para cada uma das três armas e dois para a Presidência da República. A meta é atingir um índice de 50% de nacionalização até 2015, compromisso assumido pela empresa com o governo brasileiro. “Estamos trabalhando com o estado da arte em termos de ferramentas de integração de sistemas e capacidade para absorver os domínios de engenharia que ainda faltam para conceber o helicóptero brasileiro, que fará parte da gama de produtos da Eurocopter”, afirma Walter Filho, chefe do centro de engenharia. Incluindo as empresas e universidades parceiras, o número de engenheiros no processo já passa de 100.
O primeiro protótipo do projeto de integração do sistema de armas e de autoproteção já foi instalado e deve passar pelo processo de certificação. Segundo Filho, esse sistema será instalado na versão naval do 725, que ainda não existe na Eurocopter. “A Helibras será responsável por esse projeto.” O modelo que será entregue para a Marinha é diferente dos helicópteros vendidos para o Exército e a Aeronáutica. O programa de desenvolvimento dos helicópteros conta com 21 projetos de cooperação industrial e outros sete de transferência de tecnologia. Incluem as áreas de estruturas primárias de compósitos e engenharia de integração de sistemas.

Para atender todo esse volume de trabalho, foram fechados 16 contratos com empresas brasileiras de serviços, logística e fabricantes de subconjuntos aeronáuticos. “O conhecimento gerado pelo projeto não ficará só na Helibras. Universidades, como o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e a Unifei (Universidade Federal de Itajubá), e empresas vão compartilhar esse conhecimento”, declarou Eduardo Marson, presidente da Helibras. A Akaer e a Inbra Aerospace estão entre essas empresas. A primeira participa do trabalho de customização dos sistemas dos helicópteros e do projeto de instalação de equipamentos e tem oito engenheiros e técnicos trabalhando dentro do centro de engenharia da Helibras, e a segunda é responsável pelo desenvolvimento da estrutura intermediária em material composto, ou seja, o conjunto que une a cabine ao cone de cauda da aeronave.
Já a Unifei espera a definição dos governos federal e de Minas Gerais para a construção do Centro Tecnológico de Helicópteros (CTH), um investimento de R$ 200 milhões. Independente do CTH, a universidade criou um curso de graduação em engenharia mecânica aeronáutica, com ênfase em helicópteros, e a partir de 2014 terá um programa de dupla diplomação na França para estudantes brasileiros desse setor. Alguns dos ex-alunos da Unifei já estão envolvidos diretamente no projeto. É o caso da engenheira Erika Melo, que com apenas dois anos de formada já comanda uma equipe de cinco engenheiros dedicada à integração dos sistemas elétricos.
Todas essas iniciativas respaldam a previsão feita, em outubro, pelo presidente mundial da Eurocopter, Lutz Bertling. Em visita ao Brasil para inauguração das novas instalações da Helibras, o executivo disse que o grupo acredita que a engenharia brasileira estará preparada para projetar e lançar no mercado o primeiro helicóptero nacional por volta de 2020.

FONTE: Valor Econômico via Tecnologia&Defesa

Defesa Aérea Naval

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