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sábado, 27 de abril de 2013

Governo venezuelano prende americano acusado de incitar violência no país.EUA diz que prisão segue um ‘padrão’

CARACAS – Autoridades venezuelanas dizem ter detido um americano de 35 anos, acusado de ser um espião dos Estados Unidos e pagar grupos de jovens venezuelanos para realizar atos de violência como parte de um plano para desestabilizar o país. A ação, de acordo com o presidente Nicolás Maduro faz parte de uma "segunda emboscada"contra a Venezuela. A família de Timothy Hallet Tracy, no entanto, defende que o americano é um cineasta que está no país para produzir e filmar um documentário.

- Dei ordens ao ministro do Interior para que seja feita a prisão imediata das pessoas que foram identificadas em um vídeo; um americano, um gringo – disse o presidente Nicolás Maduro durante um ato público televisionado. – Vocês sabem que estão preparando uma segunda emboscada violenta contra o povo e contra a pátria.

O ministro do Interior e Justiça, Miguel Rodriguez Torres, afirmou que na segunda-feira foram encontrados 500 vídeos com material que supostamente demonstra a operação de desestabilização. A incursão em Caracas faz parte de uma investigação que começou em outubro.

Torres acusou Tracy de ser um espião responsável por provocar as manifestações, com o "objetivo de empurrar a Venezuela em direção a uma guerra civil", como parte de um complô dos EUA. O governo afirma que nove pessoas morreram e 78 ficaram feridas em confrontos após a divulgação da vitória de Maduro, que obteve menos de 2% dos votos a mais que seu opositor, Henrique Capriles.

O pai de cineasta, Emmet Hallet, afirmou que ele é formado pela Universidade de Georgetown e vinha filmando desde o ano passado de maneira independente no país. Segundo ele, o filho já foi brevemente detido duas vezes. Hallet disse ainda que havia alertado o cineasta para deixar país. Ele falou com Timothy pela último vez "há três ou quatro dias", por email.

- Não vejo como ele pode ser um espião. Ele é apenas um observador – afirmou o pai, que contou que ele fez amigos venezuelanos durante a faculdade. – Ele se envolveu bastante na história de Chávez. Sei que ele se relacionava mais ou menos com ambos os lados.

Agência O Globo

Os Estados Unidos afirmaram que a prisão do jovem americano acusado de "fomentar o caos" na Venezuela segue um "padrão" do governo em Caracas para "culpar atores externos" pela instabilidade no país.

"Estamos informados da prisão de um cidadão americano em Caracas. Estamos buscando a maior informação possível sobre o caso e acesso consular ao detido", disse o porta-voz do departamento de Estado Patrick Ventrell.

A detenção se insere em um "padrão" seguido pelo governo venezuelano nas últimas semanas de culpar "atores externos" por tratar de "afetar os acontecimentos políticos" no país.

"Estas acusações não foram provadas", destacou o porta-voz.

Ventrell negou qualquer ligação entre o jovem detido, Timothy Hallet Tracy, e o governo dos Estados Unidos, acrescentando que trata-se de um caso "privado".

Tracy, nascido em 1978 no estado de Michigan (nordeste), foi detido na quarta-feira no aeroporto de Maiquetía quando tentava sair da Venezuela.

O governo venezuelano anunciou na quinta sua prisão sob a acusação de ser um agente secreto financiado por ONGs estrangeiras para semear o caos na Venezuela e gerar uma guerra civil.

"Identificamos um norte-americano que começou a manter relações estreitas com os jovens da 'Operação Soberania", anunciou em coletiva de imprensa o novo ministro do Interior, Miguel Rodriguez Torres.

"Operação Soberania" é um grupo de estudantes que há meses organiza protestos para exigir informações sobre o estado de saúde do presidente Hugo Chávez -morto em 5 de março-, para pedir eleições justas e transparentes e contra os resultados eleitorais de 14 de abril.

Segundo o ministro, Hallet Tracy é suspeito de cooperar com a direita venezuelana para desacreditar os resultados das eleições, que deram a vitória ao presidente presidente Nicolás Maduro com uma vantagem apertada sobre o opositor Henrique Capriles.

AFP

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