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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Exército testará Gepard para Copa das Confederações no Rio

Brasil comprou 34 veículos e pagou o equivalente a R$ 79 milhões Equipamento já foi usado em operações no Atlântico Norte.

Os nove Carro Antiaéreo GEPARD, importados da Alemanhã, que chegaram ao Rio nesta terça-feira (22), foram levados na quarta-feira (23) para o campo de treinamento do Exército, em Deodoro, na Zona Oeste, em um comboio que cruzou a Avenida Brasil. Os veículos serão usados no esquema de segurança da Copa das Confederações, ao redor do Maracanã.

Apesar de quase 48 toneladas, o blindado mostra que tem versatilidade. A torre de combate gira e os dois canhões da viatura disparam até 1.100 tiros por minuto. Dois radares identificam os alvos no céu e orientam os disparos. Aeronaves hostis e mísseis a 5 quilômetros de distância e a até 5 quilômetros de altura não escapariam.

O Brasil comprou 34 veículos como o modelo Gepard, fabricado na Alemanha, e pagou o equivalente a R$ 79 milhões.

O equipamento não é novo. Ele era usado em operações da Aliança Militar do Atlântico Norte e foi reformado para servir ao Exército Brasileiro. Oito veículos já estão no Rio. Eles vão estar de prontidão durante a Copa das Confederações.

Os blindados ficarão estacionados do lado de fora do Maracanã e do Mané Garrincha, em Brasília, longe dos olhos do público, mas prontos para ser usados contra qualquer ameaça. O uso dos blindados na Jornada Mundial da Juventude ainda não está decidido.

O CARRO ANTIAÉREO GEPARD

O carro Gepard foi desenvolvido pela Krauss-Maffei Wegmann na década de 70 e 80 com o objetivo de proteger forças blindadas de ataques aéreos, desencadeados por helicópteros de ataque, os quais consistiam em uma das principais ameaças a blindados, dentro do cenário europeu da Guerra Fria.

Trata-se de um carro dotado de dois canhões antiaéreos Oerlikon de 35mm, operando em conjunto com radares de aquisição de alvo e direção de tiro em uma torre de giro estabilizada montada sobre o chassi do Leopard 1.

Recentemente os Gepard 1A2 do Exército Alemão foram submetidos a uma ampla modernização contratada pela administração federal alemã, pois havia a intenção de se manter este sistema em operação até 2025.

Mudanças estruturais e doutrinárias, no entanto, fizeram com que o Exército Alemão desativasse esse sistema, pois no atual contexto em que a Alemanha se encontra, formando um único bloco de defesa europeu, segundo o qual o mesmo só seria empregado com o estabelecimento de uma supremacia aérea a ser provida por EUA e Reino Unido, não haveria mais a necessidade de um material de defesa antiaérea de baixa altura, mantendo-se apenas o emprego de mísseis terra-ar de média altura e jatos interceptadores.

Na modernização realizada,foi feita a substituição do antigo sistema de direção de tiro analógico por um digital, assim como melhorias nos sensores de velocidade inicial do projétil, para que se adaptassem aos novos tipos de munição, além da integração dos Gepard ao sistema de comando e controle de defesa antiaérea, apenas como alguns exemplos de alterações introduzidas no sistema.

A introdução do sistema de direção de tiro digital possibilitou a adaptação do Gepard às novas ameaças resultantes das novas capacidades das aeronaves e procedimentos de ataque, apenas através de modificação de software.

Quanto ao tipo de munição, o Gepard pode utilizar desde munições autoexplosivas incendiárias até granadas movidas por energia cinética com deflagração de balins após penetração em blindagens, o que capacita o presente material a realizar disparos em diversos tipos de alvos, sejam aéreos ou até mesmo terrestres.

Além disto, as viaturas são adaptáveis ao uso simultâneo de mísseis terra-ar acoplados à torre, como o Stinger, o SA7 Grail-Strella 2, o Mistral ou o próprio Igla (míssil empregado pelos Grupos de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro), o que proporciona um recobrimento de sistemas de armas, característica tida como ideal pela atual doutrina de emprego da Artilharia Antiaérea, pois desta forma, as vulnerabilidades de um sistema pode ser recoberta pelas possibilidades do outro.

O sistema de direção de tiro do Gepard consiste de um conjunto de radares de aquisição de alvos e direção de tiro com possibilidade de aplicação de um sistema IFF (identification friend or foe) no atual padrão OTAN Mark XII. Este sistema pode, ainda, ser complementado por um radar de vigilância, como no caso do brasileiro SABER M-60.

Todo o sistema de armas e direção de tiro do Gepard pode ser remotamente controlado a partir de uma sala de controle que ofereça maior proteção a seus controladores, no caso de uma proteção de ponto sensível de zona de interior, mas é na proteção de tropas blindadas que este armamento se destaca.

Quanto a sistemas optrônicos, possui um telêmetro laser e pode ser dotado de um sistema de visão termal, o que capacita a guarnição a operar durante a noite.

Defesa Net

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