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terça-feira, 14 de maio de 2013

Londres e Washington querem aumentar pressão sobre Assad

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha decidiram "aumentar a pressão" sobre o presidente sírio, Bashar al-Assad, e pediram a Moscou que mude de posição frente a um conflito que já deixou mais de 80.000 mortos e que começa a se estender.

"Juntos, nós iremos continuar com nossos esforços para aumentar a pressão sobre o regime de Assad, fornecer ajuda humanitária aos sírios, reforçar a ajuda à oposição moderada e preparar o caminho para uma Síria democrática sem Bashar al-Assad", afirmou o presidente americano Barack Obama em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

O premier britânico pediu que a comunidade internacional saia da paralisia provocada pelas divergências entre as potências ocidentais e a Rússia.

Três dias depois de ter se reunido com o presidente russo, Vladimir Putin, que apoia o regime de Assad, o primeiro-ministro britânico ressaltou que "a história da Síria está sendo escrita com o sangue de seu povo"

"E isto está acontecendo diante de nossos olhos", completou.

"É preciso que o mundo chegue a um acordo para acabar com a carnificina. Nenhum de nós tem interesse em ver vidas perdidas, armas químicas sendo utilizadas e a violência ligada ao extremismo se estender", declarou.

Obama seguiu a mesma linha e exortou Moscou a modificar o seu posicionamento.

"Na posição de líder no cenário internacional, a Rússia tem um interesse, e também uma obrigação, de tentar resolver este problema de modo que atinja o resultado que desejamos a longo prazo", insistiu.

Cameron saudou o fato de a Rússia e os Estados Unidos terem chegado a um acordo na semana passada sobre a iniciativa de relançar o processo "de Genebra" para obter uma transição política na Síria.

"Nós reconhecemos o acordo do presidente Putin para reunir os esforços destinados a definir uma solução política. As dificuldades ainda são enormes, mas ainda temos uma janela antes que os piores temores se tornem realidade", acrescentou Cameron.

Mas o acordo assinado em 30 de junho de 2012 na Suíça não inclui o destino de Assad, enquanto a oposição continua a considerar sua saída uma condição necessária para qualquer negociação.

"É preciso que os sírios se sentem à mesma mesa para chegarem a um acordo sobre um governo de transição apoiado por todos os sírios", considerou Cameron.

Em meio às negociações por uma solução para a crise síria, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, viajará na terça-feira a Moscou para tentar impedir a venda de mísseis russos a Damasco.

Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reunirá no dia 17 deste mês em Moscou com o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, para discutir a crise síria, segundo o Ministério russo das Relações Exteriores.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, aliado de Washington, será recebido na quinta por Obama na Casa Branca.

Na Turquia, nove pessoas ligadas "a uma organização terrorista vinculada à inteligência síria, foram detidas após o duplo atentado com carro-bomba que deixou 48 mortos no sábado em Reyhanli (sul), perto da fronteira com a Síria. O regime de Damasco negou qualquer envolvimento no ataque.

Enquanto isso, a Coalizão Opositora Síria anunciou que discutirá a proposta de Rússia e Estados Unidos em uma reunião prevista para 23 de maio em Istambul.

Antes disso, consultará seus aliados regionais, como a Arábia Saudita, Qatar e Turquia.

No terreno, os combates prosseguem na região de Damasco e a aviação síria mantém seus bombardeios nas províncias de Idleb e Aleppo.

AFP

Reino Unido promete dobrar ajuda a opositores sírios no próximo ano

WASHINGTON – O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse nesta segunda-feira que não descarta tomar medidas mais duras contra a Síria diante de crescentes indícios do uso de armas químicas no país. Ele prometeu ainda dobrar a ajuda não letal aos rebeldes em 2014. A Síria foi um dos assuntos abordados na reunião entre Cameron e o presidente dos EUA, Barack Obama, que está sob forte pressão para agir no caso sírio.

- Certamente não descartamos a possibilidade de intensificar a ação em resposta ao que parece estar acontecendo em campo – disse Cameron mais cedo à rádio NPR. – Os indícios estão crescendo, a margem de dúvida está diminuindo, e eu acho que isso é extremamente grave.

Na entrevista coletiva após a reunião, Obama adotou um tom mais cauteloso, afirmando que os EUA continuarão a trabalhar para esclarecer o uso de armas químicas na Síria, enquanto Cameron destacou ver uma janela urgente de oportunidade que deve ser aproveitada "antes que os piores temores sobre a Síria se concretizem".

EUA e Reino Unido prometeram trabalhar juntos. Mais assertivo, Cameron afirmou que nenhum progresso político será obtido a menos que a oposição possa suportar os ataques de Assad. Ele prometeu ainda dobrar a ajuda não letal às forças de oposição no próximo ano.

Entre os objetivos da visita a Washington estava buscar formas de fortalecer a oposição síria, de forma a ser mais respeitada politicamente e operacionalmente.

Agência O Globo

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