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sábado, 18 de maio de 2013

Said Jalili: O Irã não reconhece a “linha vermelha” de Israel

Said Jalili, negociador sobre o programa nuclear iraniano e candidato presidencial no Irã
O negociador para temas nucleares do Irã e candidato presidencial Said Jalili disse que o seu país não reconhece Israel (“a entidade sionista”) como um Estado e não reconhece a “linha vermelha” determinada pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Jalili deu declarações à revista Financial Times nesta quinta-feira (16), e disse que o Irã continuará enriquecendo urânio para fins pacíficos, como um direito garantido pelo Tratado de Não Proliferação (TNP), do qual é signatário.

 O oficial persa reafirmou a intenção do Irã de enriquecer urânio a 20%, para fins pacíficos como a pesquisa médica ou a produção de energia. O Tratado de Não Proliferação Nuclear, que proíbe o desenvolvimento de armas nucleares (mas reconhece o direito à pesquisa nuclear para fins pacíficos) foi assinado pelo Irã mas não é assinado por Israel, que possui cerca de 300 ogivas nucleares, ou pelos EUA.
“Dissemos que o que produzimos tem como objetivo suprir nossas necessidades domésticas e farmacêuticas. [As potências ocidentais] podem ver que o combustível é [produzido] sob a supervisão dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nas [centrais de enriquecimento] Fordow e Natanz, e vêm que ele é usado para fins pacíficos”, disse Jalili.

O oficial assegurou ainda: “Não queremos nada além [dos direitos do Irã no] Tratado de Não-Proliferação (TNP). Naturalmente esperamos poder disfrutar dos nossos direitos, conforme o TNP. A principal questão é porque [as potências] não reconhecem o direito do Irã ao enriquecimento do urânio sob o TNP”.

Jalili disse estar confiante que, se for eleito como presidente do país, nas eleições de junho, ele não terá problemas em recuperar a economia iraniana, que sofre impactos com as sanções impostas pelas nações ocidentais.

“Ao menos no passar dos anos fui seguindo cuidadosamente os efeitos das sanções, vejo que podem ser facilmente contornadas e transformadas em oportunidades”, disse Jalili.
Ele ainda criticou duramente os Estados Unidos, colocando de lado a possibilidade de manter conversações diretas com Washington para resolver o impasse nuclear.

“Os EUA obstruíram seriamente os objetivos e vontades da República Islâmica e da nação iraniana, o que não pode ser negado. O comportamento da nação iraniana ao longo dos últimos 34 anos mostra que os EUA não podem fazer o que quiserem”, disse.

Jalili acusou os EUA de contradição com relação ao impasse nuclear. “Os EUA opuseram-se seriamente ao programa nuclear do Irã quando pensaram que não tinham rivais no mundo. Mas depois disseram que estavam buscando consenso internacional, e também não conseguiram isso. Consequentemente, voltaram às suas medidas unilaterais. Isso mostra a confusão dos EUA”, afirmou.

Al Manar
Tradução da redação do Vermelho

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