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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Damasco critica justificativas “banais” dos EUA para armar rebeldes

O presidente sírio, Bashar al-Assad, em seu gabinete, na capital

Damasco – O regime sírio disse nesta sexta-feira que os Estados Unidos recorreram a "métodos banais" para justificar sua decisão de armar os rebeldes, após Washington anunciar que apoiará militarmente a oposição do país árabe.

Os EUA tomaram a decisão após denunciar o uso de armas químicas por parte de Damasco. Uma nota do Ministério das Relações Exteriores sírio, divulgada pela agência oficial "Sana", disse que as declarações da Casa Branca estão "cheias de mentiras e se baseiam em informações falsas".

Segundo Damasco, os EUA pretendem que o governo sírio assuma toda a responsabilidade sobre a utilização de armas químicas apesar de existirem relatórios que apontam que "os grupos terroristas ativos na Síria dispõem" de armamento deste tipo.

O Reino Unido garantiu hoje que o regime de Bashar al Assad utilizou armas químicas, entre elas gás sarin, enquanto a Otan e a China pediram que a Síria permita que a ONU investigue estas informações.

"A decisão americano de armar os terroristas reflete o envolvimento direto dos EUA no derramamento do sangue do povo sírio", disse uma fonte oficial da chancelaria para a agência "Sana".

A medida, acrescentou, suscita "perguntas sérias sobre a sinceridade de suas intenções (dos EUA) de encontrar uma solução política para a crise na Síria ao atuar para aumentar a violência".

A nota do ministério acusou o presidente americano, Barack Obama, de "exercer dois pesos e duas medidas em seu tratamento ao terrorismo", ao incluir a extremista Frente al Nusra na lista de organizações terroristas, mas depois apoiar estes grupos com armas e dinheiro.

O comunicado também denunciou que os EUA oferecem cobertura política a estas organizações ao impedir que o Conselho de Segurança da ONU condene os massacres que cometem, como o ocorrido há dois dias na cidade de Halta, na província de Deir ez Zor.

Sobre este ato, no qual os insurgentes mataram cerca de 60 xiitas, algo confirmado também por ativistas, o regime enviou uma carta denúncia para a ONU.

O rebelde Exército Livre Sírio (ELS) comemorou a decisão americana e disse que embora tenha chegado tarde, significará o início de uma nova fase na luta para derrubar o regime.

A Casa Branca informou ontem que dará ajuda militar aos rebeldes sírios após confirmar que Damasco usou armas químicas contra a oposição. O jornal "USA Today" acrescentou horas depois que o presidente americano, Barack Obama, autorizou o envio de armas.

Trata-se da primeira vez que o governo de Obama anuncia um salto qualitativo em relação à ajuda aos rebeldes, embora sem detalhar de que tipo será essa assistência militar nem quando será proporcionada.

EFE

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