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terça-feira, 18 de junho de 2013

Logo você poderá enviar mensagens para o espaço, mas alguns especialistas se preocupam caso ETs hostís as recebam

Estação Jamesburg
Jamesburg Earth Station.

Se você pudesse falar com os extraterrestres, o que você diria a eles? Pois comece a pensar sobre isso, porque logo seremos capazes de enviar nossas mensagens pessoais ao espaço, através de uma iniciativa chamada de Lone Signal.

Lone Signal promete ser o primeiro experimento em massa contínuo, dentro do que é conhecido como METI – Messaging for Extraterrestrial Intelligence (Mensageria para Inteligência Extraterrestre). Na segunda-feira, será aberto um portal web o qual permitirá que qualquer pessoa envie texto ou fotos até estrelas distantes.

“Nunca ocorreu o caso onde qualquer pessoa na face da Terra possa comungar com o cosmos, e estamos dando às pessoas esta habilidade“, disse o Dr. Jacob Haqq-Misra, diretor científico do projeto e especialista em habitabilidade planetária, no Instituto de Ciência Espacial Blue Marble. “Qualquer pessoa pode transmitir mensagens para sistemas estelares almejados estrategicamente“, complementou Misra.

O portal deste projeto é relativamente simples. Os usuários logam no site, compõem suas mensagens - a primeira é gratuita e as subsequentes custam 99 centavos de dólar cada, com descontos para envio em massa – e então podem acompanhar o progresso das mensagens através do cosmos.

O grupo espera catalisar uma nova era de comunicação intergaláctica – uma era na qual a humanidade possa detectar, e engajar com habitantes inteligentes de outros planetas. Para assegurar que isso possa acontecer, Lone Signal assinou um arrendamento de 30 anos da enorme antena parabólica instalada na Jamesburg Earth Station, em Carmel, na Califórnia. Essa estação, que foi construída no início da década de 1960, é mais conhecida pelas transmissão das primeiras imagens da alunissagem do projeto Apollo 11. Porém, em anos recentes Jamesburg tem ficado sem uso (no ano passado uma enorme parte das instalações foi vendida por US$3 milhões).

A comunicação ocorrerá através da utilização de dois sinais distintos. O primeiro, chamado de condutor de onda contínua, irá sinalizar uma “mensagem de saudação” apontada a um destino em específico e a longo prazo. Enquanto isso ocorre, a parabólica de Jamesburg irá transmitir sinais curtos – contendo as mensagens dos usuários – para o mesmo local. “Através do envio de ambos os sinais, você consegue mais atenção de quem estiver vigiando“, disse Haqq-Misra. “Se notarem o sinal contínuo, eles poderão analisar mais cuidadosamente a mensagem sinalizada“.

Lone Signal planeja direcionar sua antena parabólica em direção a um sistema estelar em particular, por um mês, antes de mudar para um novo alvo interestelar. Os líderes do projeto dizem que todos os alvos são regiões que possuem um potencial para abrigar a vida. Seu primeiro alvo será Gliese 526, localizado a 17.6 anos luz da Terra, o que significa que respostas em potencial poderão retornar em aproximadamente 35 anos.

E é exatamente esta resposta em potencial que, para alguns cientistas, faz com que esse projeto que parece inocente para a maioria seja algo ameaçador. “Minha preocupação básica, compartilhada por muitos outros, é que não temos conhecimento das capacidades e intenções de uma civilização alienígena tecnológica“, comentou o Dr. Michael Michaud, um diplomata estadunidense aposentado, que serviu como diretor do Escritório de Tecnologia Avançada do Departamento de Estado dos EUA. Embora Michaud diga que as chances do Lone Signal de encontrar vida inteligente sejam provavelmente baixas, ele lembra que “não sabemos que consequência o contato possa ter, e que a história humana não é muito animadora“.

O projeto Lone Signal não é a primeira tentativa de enviar mensagens ao espaço. A mensagem de Arecibo, que em 1974 foi apontada para um agrupamento estelar a 24.000 anos luz da Terra, e a transmissão “Across the Universe” (Através do Universo) da NASA, uma tentativa de enviar para o espaço a música dos Beatles com o mesmo nome, são dois exemplos proeminentes. Mas qualquer discussão sobre esforços mais amplos tem sido interrompida pelo debate entre cientistas. Em 2007, Michaud pediu demissão como diretor do Instituto SETI – a maior esforço organizado para descobrir vida extraterrestre inteligente, e um que foca exclusivamente em escutar de forma passiva por sinais de outros planetas – porque os líderes do instituto estavam interessados em prosseguir com atividades METI. “Na minha visão, aquela proposta foi conduzida pela frustração da equipe do SETI, com sua falta de sucesso em encontrar sinais de rádio“, disse Michaud.

Michaud, junto com outros ex-cientistas do SETI, querem uma robusta consulta internacional antes de que qualquer mensagem seja transmitida ao espaço. “O assunto deveria ser discutido em algum tipo de corpo internacional, antes de expormos a humanidade ao risco em potencial“, disse ele.

Outros pesquisadores importantes discordam de Michaud.

“Quem vai consultar com quem? As Nações Unidas? A equipe de tênis da Suécia?“, disse o Dr. Seth Shostak, um astrônomo do Instituto SETI. “Não há nada nocivo, e poderá haver algum benefício. Isto poderia ser uma coisa muito instrutiva para fazermos.”

Além disso, Shostak diz que qualquer vida extraterrestre com a tecnologia para receber nossos sinais provavelmente já sabe que estamos aqui – emissões eletromagnéticas são usualmente enviadas por transmissões de televisão e rádio, por exemplo, e provavelmente seriam detectadas por aqueles em outros planetas. Qualquer sociedade capaz de viajar desde anos-luz de distância seria capaz de captar os sinais que estivemos enviando, querendo ou não”, explicou Shostak. “O cachoro já está fora da casinha, e um sinal mais forte não muda esta situação.”

Fonte: www.theverge.com

ovnihoje

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