Rússia apoia participação do Brasil em conferência sobre a Síria - Noticia Final

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Rússia apoia participação do Brasil em conferência sobre a Síria

O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, deu nesta terça-feira seu respaldo à participação do Brasil em uma futura conferência internacional para resolver o conflito na Síria, mas admitiu que sua realização é complicada devido à falta de acordo sobre quem se sentará à mesa.

Em entrevista coletiva conjunta no Rio de Janeiro com o chanceler Antonio Patriota, Lavrov considerou a posição brasileira sobre o tema "positiva e equilibrada" e disse que sua presença na conferência "somente somaria".

Por sua parte, o ministro brasileiro destacou o valor da conferência, já que "não há uma solução militar para a crise na Síria", cuja situação atualmente é "verdadeiramente insustentável".

Ao mesmo tempo, Patriota apontou que "existem países que estão contribuindo direta ou indiretamente para a militarização" da Síria, embora não tenha citado nomes.

Lavrov, que garantiu que as posturas de Brasil e Rússia a respeito da Síria são "próximas", declarou que a perspectiva de convocar a conferência é "bastante complexa".

A comunidade internacional deverá colocar-se de acordo sobre que grupos de oposição participarão, disse o chanceler russo, destacando que Irã e Egito também deveriam estar presentes, porque são países que têm influência no conflito.

A Rússia também acredita que na conferência deveria ser criado um órgão de governo transitório na Síria com base em um acordo entre as partes, enquanto os Estados Unidos querem que o governo entregue o poder à oposição, segundo Lavrov, o que mina a iniciativa, em sua opinião. O ministro russo também reiterou a oferta de seu país de enviar capacetes azuis às Colinas de Golã para evitar uma escalada do conflito sírio nessa região.

A ONU lembrou que sua missão nessa área não permite a participação de tropas dos cinco países permanentes do Conselho de Segurança, um dos quais é Rússia.

Por outro lado, Lavrov assinalou hoje que essa disposição data da Guerra Fria.

Além do conflito na Síria, os ministros também abordaram em seu encontro como intensificar a relação comercial, energética, educativa e cultural entre os dois países.

Patriota confirmou que o Brasil negocia a possível compra de sistemas de defesa antiaérea da Rússia para a proteção de eventos de alto interesse internacional, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

O chanceler, que não deu detalhes sobre a operação, disse que o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, visitará o Brasil em outubro para continuar essas conversas.

Por sua vez, Lavrov ressaltou que ambos países se puseram como meta conseguir que seu comércio anual chegue aos US$ 10 bilhões, algo que considerou "possível de conseguir" em vista dos projetos nucleares, energéticos e agrícolas conjuntos.

Em 2012 esse fluxo alcançou quase US$ 6 bilhões, segundo dados do Itamaraty.

O Brasil é o maior parceiro comercial da Rússia na América Latina, lembrou Lavrov.

Os dois ministros trataram também da cúpula do G20 que acontecerá em São Petersburgo em setembro, da qual Dilma "deverá participar", segundo Patriota.

O chanceler disse que o Brasil apoia a agenda apresentada pela Rússia para esse encontro, que inclui a reforma das cotas dos países no Fundo Monetário Internacional (FMI), indicou.

Patriota contou que também falaram sobre a cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que será realizada no começo de 2014 em Fortaleza, na qual tratarão a criação do banco do grupo e o uso das reservas monetárias.

EFE

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