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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Síria: monarquias do Golfo ameaçam Hezbollah com represálias e Chanceler libanês rejeita presença do Hezbollah em lista terrorista

Al-Zayani participa da reunião ministerial em Jidá

As monarquias do Golfo anunciaram neste domingo que planejam"medidas contra os interesses" do grupo xiita libanês Hezbollah, em represália à intervenção armada no conflito sírio.

"Os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) tomarão medidas contra os interesses do Hezbollah", declarou o secretário-geral do grupo, Abdullatif al-Zayani, ao final de uma reunião ministerial na cidade de Jidá, oeste da Arábia Saudita.

Em coletiva de imprensa, Zayani não deu maiores detalhes sobre a natureza das medidas ou sobre os interesses do Hezbollah nas ricas monarquias petrolíferas do Golfo.

Ghanem al-Bouainain, ministro das relações exteriores do Bahrein, país que preside o CCG, chamou o Hezbollah de grupo "terrorista".

"É uma organização terrorista (…) para os países do CCG", disse al-Bouainain. "Mas colocar o Hezbollah na lista de grupos terroristas do CCG é uma questão técnica e jurídica que deve ser feita com cautela", explicou.

O CCG reúne Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Catar.

No início da reunião, al-Bouainain pediu uma "ação comum" das monarquias do CCG "a fim de colocar um termo às agressões contra o povo sírio", em referência ao Irã e ao Hezbollah, principais aliados do regime de Bashar al-Assad, que "intervêm na crise síria fornecendo armas".

Os países do CCG estigmatizaram "a flagrante influência do Hezbollah na Síria" e pediram "a neutralidade do Líbano no conflito sírio". As monarquias do Golfo reafirmaram o apoio à Coalizão de oposição síria.

O Hezbollah enviou centenas de homens armados à Síria para ajudar o exército do regime de Assad na cidade de Quseir, palco de violentos combates há duas semanas. Enquanto isso, esforços diplomáticos se multiplicam para tentar colocar um fim ao conflito, que já deixou mais de 94.000 mortos desde 2011.

AFP

Chanceler libanês rejeita presença do Hezbollah em lista terrorista

Beirute – O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansur (foto), expressou nesta sexta-feira sua total rejeição a que o Hezbollah passe a fazer parte de uma lista de organizações terroristas, como cogitam atualmente a União Europeia e os países do Golfo Pérsico.

"Rejeitamos, de modo categórico, que o grupo seja incluído em qualquer lista de terroristas. O Hezbollah faz parte do Parlamento e do governo e tal atitude equivale a uma tentativa de chantagem política. Não queremos que tornem esse tema político", afirmou Mansur em entrevista ao jornal libanês "As Safir".

No próximo mês de junho, a UE examinará a possibilidade de incluir o braço armado do Hezbollah em sua lista de grupos terroristas, enquanto, segundo o jornal kuwaitiano "Al Rai", que cita fontes diplomáticas, o Conselho de Cooperação do Golfo poderia examinar esta mesma questão em uma reunião em Jidá a pedido das autoridades do Bahrein.

Mansur acusou Israel e as potências ocidentais de pretender designar o grupo xiita como organização terrorista e, por isso, advertiu que, se isso vier a ocorrer, não garantirá estabilidade e segurança alguma.

"O Líbano adotou a política de dissociação desde o começo da crise síria, se mantendo afastado politicamente desse problema e suas consequências", acrescentou, assegurando que o país mantém certa eqüidistância a respeito os beligerantes na Síria.

Questionado sobre a participação do Hezbollah nos combates na região síria de Al Qusair, o ministro considerou que "há 20 aldeias sírias que se encontram próxima à fronteira entre os países. A princípio, eles tinha se mantido afastadas da crise, mas depois acabaram se transformando em vítimas dos confrontos".

"O Exército sírio não estava presente nessas regiões, que estavam sob o controle de elementos armados e, por isso, que seus vizinhos pediram ajuda", assinalou o ministro, que lembrou que as Forças Armadas libanesas desdobradas na fronteira nordeste "não podem impedir de modo total a infiltração de combatentes".

Na noite de ontem, o presidente sírio, Bashar al Assad, reconheceu em entrevista a participação de combatentes do Hezbollah na batalha em Al Qusair, mas minimizou o número de milicianos do grupo xiita que tenham participado diretamente dos confrontos.

EFE

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