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domingo, 29 de setembro de 2013

Governo incentivará criação de aparelhos antiespionagem

Parte de um fundo de telecomunicações será destinada a bancar projetos que evitem a invasão de hackers. Após as denúncias de Edward Snowden, ficou clara para o Executivo a vulnerabilidade da comunicação nacional.

Mais uma medida do governo brasileiro será lançada, até o fim deste ano, para fazer frente às denúncias de espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos).

O Ministério das Comunicações usará um fundo do setor para incentivar empresas brasileiras a produzir equipamentos seguros.

O chamado Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) será investido em tecnologia nacional para combater a crescente invasão de hackers.

O governo vai reservar parte dos R$ 200 milhões anuais destinados ao fundo para bancar o desenvolvimento dos chamados aparelhos “protegidos”.

No novo desenho de aplicação dos recursos, haverá um concurso nacional para selecionar os principais projetos da área, tanto em pesquisa quanto em fabricação.

Para garantir demanda e amplificar o investimento, o Executivo poderá comprar cotas da nova empresa fabricante ou adotar o produto na burocracia governamental.

BACKDOOR

Na lista de desejos do ministério está conseguir aparelhos nacionais que não tenham backdoor –programa ou sistema operacional que facilita a invasão até em equipamentos desligados.

Estudos experimentais, apresentados ao governo nos últimos dias, mostraram que os hackers conseguem, por meio dessa fragilidade do sistema, ligar ou operar aparelhos remotamente.

Diante da repercussão das denúncias do ex-analista de inteligência americano Edward Snowden e da vontade do governo de dar uma resposta ao problema, criou-se o consenso de que a vulnerabilidade da comunicação no Brasil exige imediato investimento em aparelhos de tecnologia nacional.

O projeto de concursos para selecionar desenvolvedores brasileiros está dentro do leque de propostas que trarão resultado em médio e longo prazo.

Para conseguir dar suporte aos pesquisadores, o governo deve ainda fazer parcerias com universidades do país que tenham laboratórios modernos, de forma que possam ser utilizados durante a fase de estudos, desenvolvimento e testes dos produtos.

Atualmente, o Funttel já é aplicado para financiar o processo de inovação tecnológica, para capacitação de pessoal e para promover o acesso de pequenas e médias empresas a recursos de capital.

A verba é resultado, basicamente, do recolhimento de contribuições das empresas de telecomunicação.

FONTE: Folha de São Paulo - JÚLIA BORBA /NATUZA NERY

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