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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Argentina investirá US$ 2 bi em suas forças

Plano de Cristina para reequipar militares prevê compra de caças Mirage usados

O governo da Argentina comprou 16 caças Mirage F1, usados da aviação militar da Espanha, para reequipar o Grupo 6 da VI Brigada Aérea, em Tandil. O valor do contrato, é de US$ 217 milhões. A presidente Cristina Kirchner lançou, em setembro, um programa de modernização das Forças Armadas que vai exigir investimentos de US$ 2 bilhões até 2018.

Os supersônicos foram fabricados na França, há 38 anos. Em junho, o Ejército del Aire – o EdA espanhol – desativou toda a frota que operava na base aérea de Albacete, na província de La Mancha.

A missão dos F1 será o controle da fronteira norte do país, rota de voos clandestinos. A Força Aérea argentina emprega 14 muito velhos Mirage III, todos produzidos há 40 anos. São os remanescentes da frota usada em 1982 na guerra pelo arquipélago das Falkland/Malvinas, contra a Inglaterra.

Não é o único projeto em desenvolvimento na região. O Peru anunciou há dez dias a aquisição de 110 tanques e blindados de apoio russos, da família T90. O carro de combate é considerado um dos três mais modernos e avançados do mundo.

A Operação Raiz do Fogo vai custar cerca de US$ 850 milhões e também integra um plano maior, de aumento da capacidade da Defesa do país ao longo de cinco anos.

O governo do presidente Ollanta Humala enfrenta problemas com a guerrilha Sendero Luminoso. O ministro da Defesa, Pedro Cateriano, decretou o estado de emergência em cinco províncias – Abade, Tocache, Leoncio Prado, Marañon e Huamalies. Nas áreas estão suspensos os direitos de livre trânsito, de inviolabilidade domiciliar e de reunião. Segundo Cateriano, “a luta armada nessas comunidades é uma realidade sustentada pelos plantadores de coca e distribuidores de drogas”.

Os tanques pesam 45 toneladas e são armados com canhões de 125 milímetros com capacidade para disparar mísseis da classe Svir, de múltiplo emprego. O T90C emprega sistemas de mecatrônica que permitem a aplicação em terreno adverso, úmido, de selva, ou arenoso.

Em outra iniciativa as autoridades da Defesa peruana estão negociando, com a Rússia, a incorporação de ao menos 24 novos helicópteros de ataque, a série Mi-35 conhecida como Couraçados Voadores. França e Estados Unidos disputam a encomenda. Em dezembro de 2012, a tropa especial de intervenção rápida recebeu cinco helicópteros recuperados, porém, pouco atualizados, ao custo de US$ 10 milhões.

Mirage argentino. A Venezuela, a Colômbia, a Bolívia, e o pequeno Suriname, estão consolidando planos locais destinados a suprir demandas militares. Todos envolvem compras de blindados sobre rodas, aviões e helicópteros. O Centro de Estudos Estratégicos do Chile estima os gastos em andamento em US$ 10 bilhões. O maior pacote é do Brasil – os projetos estratégicos da Marinha, do Exército e Aeronáutica soma R$ 124 bilhões, algo próximo de US$ 62,5 bilhões.

Os Mirage F1 da Argentina devem começam a chegar ainda este an0. De acordo com o ministro da Defesa, Agustín Rossi, serão revisados na Fábrica Argentina de Aviones, em Córdoba. A situação dos esquadrões de caça locais é dramática. São considerados operaci0nais apenas sete Skyhawks, subsônicos, sobreviventes dos 36 comprados pelo ex-presidente Carlos Menem em 1997. Por causa da limitação orçamentária as horas de voo estão limitadas a 13,6 por ano. As patrulhas sobre o mar, não passam de sete na agenda de rotina anual de treinamento.

Os supersônicos espanhóis já somam 1.700 horas de voo cada um. São boas máquinas de guerra. Operados por 14 nações, podem levar de 4 a 6 toneladas de cargas de ataque – mísseis, foguetes, bombas – mais dois canhões de 30mm. Em Albacete, o a 14ª Ala do EdA acumulou 200 mil horas de voo com as aeronaves desde 1975. Perdeu 35 delas. E 12 pilotos morreram em ação.

FONTE: O Estado de S.Paulo

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