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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cristãos sírios pediram proteção da Rússia

Cerca de 50 mil cristãos sírios pediram ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia que lhes seja concedida cidadania russa. Os sírios que assinaram o respectivo apelo não planejam deixar sua terra natal, mas têm a certeza de que só a Rússia pode garantir a sua sobrevivência se eles estiverem ameaçados de destruição física. Especialistas acreditam que Moscou não vai deixar este pedido sem atenção, embora satisfazê-lo pode levar a certas dificuldades.

O apelo dos cristãos sírios chegou ao Ministério do Exterior russo por canais diplomáticos. A carta afirma que os terroristas apoiados pelo Ocidente estão dispostos a qualquer medida para limpar a Síria de cristãos. Os autores da mensagem não pretendem deixar “as terras pelas quais andou Cristo”, e prometem defender a sua “pátria, honra e fé” até ao fim. No entanto, é na Rússia que eles veem uma garantia de “paz e estabilidade”.

Os cristãos não estão esperando de Moscou nem dinheiro, nem ajuda humanitária. No entanto, têm muita esperança de obter cidadania russa. “Nós estaremos sob a proteção da Rússia se formos ameaçados de destruição física por terroristas”, diz a declaração dos cristãos sírios.

À luz de como as coisas estão indo em sua terra natal, o desejo dos cristãos sírios de adquirir passaportes russos parece bastante razoável, diz o especialista do Instituto Internacional de Novos Estados Stanislav Tarasov:

“É um certo laissez-passer. O problema é que nada se sabe sobre o que vai acontecer com a Síria. Segundo algumas projeções, com ou sem Assad, a Síria poderia se tornar um país confederado. Ou pode mesmo se dividir em três ou quatro partes e deixar de existir como um Estado unificado. Por isso, os cristãos que vivem na Síria querem conseguir o apoio da Rússia. Nem que seja apenas um apoio moral.”

Cerca de 50 mil pessoas assinaram a petição. Eles são médicos, engenheiros, advogados e empresários que vivem em diversos assentamentos da região de Kalamun, localizada perto de Damasco. Por um lado, o fato de que a carta foi assinada por um tal número de pessoas, dá-lhe mais valor. Por outro lado, para a Rússia é justamente nisso que há uma certa dificuldade, acredita o perito do Instituto do Oriente Médio Serguei Seregichev:

“Não é que isso nos ponha numa situação embaraçosa, mas distrai as forças do Ministério do Exterior. Porque o ministério deve responder a este pedido. Nos não podemos negar o pedido dessas pessoas. Mas, ao mesmo tempo, se tomarmos uma decisão positiva e depois, Deus nos livre, acontece algo, nós vamos ter que evacuar um grande número de russos. Porque não importa se é um russo com um passaporte ou um russo que tem dois passaportes, da Rússia e da Síria. Se o presidente nos ordenar, eles terão que ser evacuados. E isso é uma operação de resgate muito difícil.”

Há que acrescentar que a Síria não é o único país onde os cristãos são perseguidos. Segundo a organização de pesquisa norte-americana Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública (Pew Forum on Religion and Public Life), os cristãos são oprimidos em 130 países do mundo. De fato, os cristãos são hoje o grupo religioso mais perseguido. Para ilustrar a dimensão do que está acontecendo, é suficiente dizer que a cada hora no mundo é morto um cristão pela sua fé.

Voz da Rússia

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