Escândalo de espionagem é vantajoso para banqueiros norte-americanos - Noticia Final

Ultimas Notícias

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Escândalo de espionagem é vantajoso para banqueiros norte-americanos

O escândalo em torno da atividade de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (em inglês: National Security Agency – NSA) não acaba. Após o jornal Le Monde francês ter publicado informações sobre a espionagem de seus cidadãos pela NSA, o Ministério das Relações Exteriores da França chamou para explicações o embaixador norte-americano.

A envergadura da espionagem eletrônica impressiona – segundo os dados do jornal, que cita materiais do antigo colaborador da NSA, Edward Snowden, só num período inferior a um mês – de 10 de dezembro de 2012 a 8 de janeiro do ano corrente, os serviços secretos americanos efetuaram mais de 70 milhões de registos telefônicos de franceses. Ao mesmo tempo, os atos de espionagem eletrônica tiveram por missão não apenas recolher informações sobre potenciais terroristas, mas também representantes dos círculos de poder e empresários da República Francesa.

Conforme destacou em entrevista à Voz da Rússia Evgueni Yuschuk, perito em concorrência, a NSA poderia comunicar sem cerimônia uma parte dos dados obtidos a círculos empresariais americanos:

"Há muito tempo que nos Estados Unidos se praticam trocas de informações entre serviços secretos e estruturas empresariais fundamentais. Ainda no passado, satélites-espiões transmitiam informações sobre as colheitas de cereais em todo o mundo, inclusive na União Soviética. Todas estas informações foram processadas e classificadas. Os respectivos serviços têm muitos dados de valor comercial que garantem a competitividade dos Estados Unidos no campo econômico e político."

Mais uma revelação da atividade de espionagem de serviços secretos americanos agravará, sem dúvida, o diálogo entre Paris e Washington, mas não se deve esperar uma crise de longo tempo em sus relações, sustenta o diretor do Instituto de Desenvolvimento da Liberdade da Informação, Ivan Pavlov. A vantagem no peso político permitirá que a América saia também ilesa desta vez:

"Tal não significa que os Estados Unidos vão suspender sua atividade neste sentido. Os EUA é um país autossuficiente com um comportamento bastante duro, que aplica consequentemente a política voltada para garantir a sua própria segurança e ninguém deve esperar dele quaisquer condescendências."

Entretanto, peritos estão discutindo uma versão bastante interessante das causas da divulgação de informações secretas: assim, o "inimigo número 1 da nação americana", Edward Snowden, poderia tornar-se um peão no jogo sujo de clãs bancários americanos, disse à Voz da Rússia Evgueni Yuschuk:

"A divulgação das informações sobre esta espionagem atinge as estruturas de força, proporcionando ao mesmo tempo lucros aos bancos. Por isso, os Estados Unidos, como um Estado, como um participante do processo internacional, que pretende ser padrão da democracia para todo o mundo, irá perder sem dúvida. A CIA, a NSA, o FBI e outros serviços secretos norte-americanos irão enfrentar problemas. Mas os banqueiros, que aspiram a não admitir "figuras fortes" ao poder, irão ganhar com isso por ter mãos livres dentro do país, enquanto estas figuras se enfraquecerem, resolvendo seus próprios problemas."

Mas, mesmo se for assim, o escândalo feriu profundamente o amor-próprio dos serviços secretos americanos que, não alimentando nunca benevolência em relação a seus e alheios cidadãos, irão vingar-se com certeza.

Voz Da Rússia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad