Uma negociação bilionária, que se arrasta há quatro governos, para a compra de caças para a Aeronáutica voltou a movimentar lobbies poderosos na imprensa. Neste fim de semana, a revista Veja, tradicional porta-voz de interesses norte-americanos, se posiciona contra uma eventual parceria entre Brasil e Rússia na área de defesa.
Indo direto ao ponto, a publicação afirma que “a compra ou o aluguel de caças russos seria um pesadelo”. Veja defende a compra, pelo Brasil, dos aviões F-18, de origem norte-americana, mesmo sem transferência de tecnologia. E afirma que a espionagem de Barack Obama sobre o governo Dilma não deveria ser um empecilho, uma vez que Angela Merkel também teria sido monitorada.
Segundo a publicação da Abril, o ministro Celso Amorim, da Defesa, deu corda a uma proposta russa de fazer leasing dos caças Sukhoi ao Brasil a partir de janeiro de 2014, o que estaria provocando na Aeronáutica “um misto de descrença e pânica”.
Na verdade, a mudança de rumos não incomoda os oficiais da Aeronáutica, mas apenas o governo americano, que dava como certa a venda dos F-18 ao Brasil.
FONTE: brasil247.com/
Um negócio de risco
Por não incluir um pacote de manutenção eficiente, a compra ou aluguel de caças russos seria um pesadelo
A compra de 36 caças para a Força Aérea brasileira (FAB), um negócio de 10 bilhões de reais, se arrasta desde 1998. Já estiveram na disputa o Gripen sueco, o Rafale francês, o F-18 americano e o Sukhoi russo. Esse último foi desclassificado da concorrência ainda em 2003, por questões técnicas. Atualmente, a escolha do F-18, fabricado pela Boeing, é dada como certa pelos oficiais da Aeronáutica.
O anúncio da compra, porém, foi adiado no mês passado em resposta à revelação de que os serviços de inteligência americanos andaram espionando as comunicações da presidente Dilma Rousseff.
Nada de especial contra ela. Na semana passada, descobriu-se que a primeira-ministra alemã Angela Merkel e outros 34 lideres mundiais foram granpeados, mas o ministro da Defesa, Celso Amorim, parece achar que atrasar um negócio que também interessa ao Brasil, não é o suficiente para espezinhar os americanos.
Há duas semanas, durante a assinatura de acordos de 2 bilhões de reais para a importação de baterias anti-aéreas, Amorim deu corda a uma proposta de Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, para reabilitar o Sukhoi na concorrência dos caças.
Shoigu sugeriu que o Brasil faça um Leasing de unidades do Sukhoi-35 a partir de janeiro de 2014, quando os 12 Mirage da FAB em operação, já terão sido enviados ao ferro-velho. Na Aeronáutica, reina um misto de descrença e pânico.
A preocupação dos brigadeiros tem como lastro a experiência da Venezuela, que comprou 24 aviões de combate Sukhoi e 30 helicópteros russos. O que deveria ter transformado o regime chavista em uma potência militar, revelou-se um mico. A péssima ou inexistente rede logística de pós-venda russa, condena a flotilha venezuelana ao sucateamento. Apenas 6 caças estão em condições de voo. Os demais não saem do chão, por falta de peças, que levam até 2 anos para ser entregues.
Quanto aos helicópteros, 6 de trinta já caíram, por falta de manutenção, matando 31 militares venezuelanos. O mais recente acidente aconteceu em maio do ano passado, com 4 mortes. Metade dos helicópteros restantes, está impedida de voar por problemas técnicos.
Os militares brasileiros também estão tendo problemas com os helicópteros russos Mi-35 comprados em 2008. Foram encomendadas 12 unidades para ser entregues em 2011, mas até agora só 9 pousaram em solo nacional. Um major-brigadeiro da FAB disse a Veja que a falta de peças já compromete a segurança de alguns equipamentos. Os russos tentaram convencer a Embraer a fazer a manutenção por eles, mas a empresa aeronáutica brasileira recusou, com medo de ver a sua reputação manchada por algum acidente.
” O Brasil vai repetir o erro do meu país e pôr a vida de seus militares em risco, se insistir em comprar aviões com base em critérios políticos e não técnicos”, diz Mario Iván Carratú Molina, ex-diretor do Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional da Venezuela.
FONTE: Veja – Leonardo Coutinho
Os militares brasileiros também estão tendo problemas com os helicópteros russos Mi-35 comprados em 2008. Foram encomendadas 12 unidades para ser entregues em 2011, mas até agora só 9 pousaram em solo nacional. Um major-brigadeiro da FAB disse a Veja que a falta de peças já compromete a segurança de alguns equipamentos. Os russos tentaram convencer a Embraer a fazer a manutenção por eles, mas a empresa aeronáutica brasileira recusou, com medo de ver a sua reputação manchada por algum acidente.
” O Brasil vai repetir o erro do meu país e pôr a vida de seus militares em risco, se insistir em comprar aviões com base em critérios políticos e não técnicos”, diz Mario Iván Carratú Molina, ex-diretor do Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional da Venezuela.
FONTE: Veja – Leonardo Coutinho
Frota sucateada gera pressão
Não à toa os militares da Força Aérea Brasileira (FAB) pressionam a presidente Dilma Rousseff a bater o martelo sobre o programa FX-2, que tem por objetivo capacitar o país com caças com velocidade e componentes para assegurar a soberania em território brasileiro. A frota, que já não atende aos objetivos estratégicos do país, terá novo revés no fim do ano, quando os caças Mirage 2000 serão desativados,
O programa — hoje orçado em cerca de US$ 7 bilhões e que tem por objetivo a aquisição de 36 aeronaves novas —se arrasta desde 2000, quando o ex-presidente Fernando Henrique aprovou o Programa de Fortalecimento do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. À época, era uma disputa entre quatro países: França, Suécia, Rússia e EUA.
O tempo passou, o dinheiro faltou e o programa não se concretizou. Em 2007, todo o planejamento foi reformulado com a chegada ao mercado de aeronaves mais modernas. Novos concorrentes se apresentaram, e o governo reabriu a concorrência. Foi o tempo em que o F-18 entrou na disputa, junto com o Rafale C, um modelo de fabricação francesa que agregava um valor: a possibilidade de transferência de tecnologia.
As especulações eram crescentes até que, no dia 7 de setembro de 2009, Lula e Nicolas Sarkozy fizeram o mais importante anúncio do programa FX-2. Parecia o fim da disputa:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a decisão da parte Brasileira de entrar em negociações com o GIE Rafale para a aquisição de 36 aviões de combate” dizia comunicado oficial.
O anúncio não só pegou o comando da FAB de surpresa. Não prosperou. Os prazos para os concorrentes melhorarem suas propostas foram reaberto. E, até hoje, o governo mantém o suspense sobre quem vencerá a mais importante concorrência da história da FAB.
FONTE: O Globo
Defesa Aérea & Naval
O BRASIL TEM QUE BUSCAR MAIS COOPERAÇÃO COM A RUSSIA VOMOS ESPANDIR É NÓS APRIMORA + NOSSOS MILITARES ESTÃO CANSADOS DE SUCATAS ( OS TANQUES ALEMÃES NÓS SOMOS TÃO BURROS QUE NEM 1 TANQUE NÓS FABRICAMOS
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