Na segunda-feira passada, o porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores, Alexander Lukashevich, declarou que, no passado fim-de-semana, a polícia invadiu o apartamento do ministro-conselheiro da embaixada russa na capital holandesa e, sob o falso pretexto de alegados maus-tratos de crianças, espancou severamente o diplomata e levou-o para a delegacia, onde ele foi mantido até de manhã do dia seguinte. Em seguida, a polícia libertou-o, sem desculpas, nem explicações.
Na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores russo convocou o embaixador holandês e entregou-lhe uma nota de protesto em conexão com o ataque ao diplomata russo.
O rei da Holanda, Guilherme Alexandre, não tem planos de cancelar sua visita à Rússia, prevista para 09 de novembro, apesar da deterioração das relações entre a Rússia e a Holanda por causa da detenção e do espancamento de um diplomata russo, declarou o porta-voz do Ministério de Assuntos Gerais dos Países Baixos.
"Anteriormente, foi emitido um comunicado, afirmando que o rei dos Países Baixos e sua esposa visitarão a Rússia em 09 de novembro. Não há uma mudança em relação a esta questão. Se algo mudar, será publicado um novo comunicado", afirmou o porta-voz do ministério.
Pushkov sobre a Holanda: "Há pedido de desculpas, mas não há culpados"
"Haia apresentou-nos um pedido de desculpas, mas, na verdade, apenas justificou a ação policial, descrevendo-a como "profissional", declarou Pushkov em sua conta no Twitter.
O incidente com o espancamento do ministro-conselheiro da embaixada russa em Haia, Dmitri Borodin, ocorreu na noite de 06 de outubro. Os homens armados em uniforme camuflado invadiram, sem dar explicações, o apartamento do diplomata, espancaram-no severamente e levaram-no para a delegacia, onde ele foi mantido até a manhã do dia seguinte.
Voz da Rússia
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