Será que Portugal precisa de novo resgate financeiro? - Noticia Final

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Será que Portugal precisa de novo resgate financeiro?

A comunicação social portuguesa tem citado ultimamente várias fontes europeias que indicam que o país vai precisar de um segundo resgate financeiro.

Analistas argumentam que, apesar de Lisboa cumprir as metas do atual programa, desenhado junto com a troika, Portugal não conseguiu até agora recuperar a confiança dos mercados internacionais, principalmente por causa da crise política do verão passado.

Jornais portugueses citam os cálculos de fontes europeias, segundo os quais Portugal poderá precisar de mais 40 a 50 bilhões de euros entre 2014 e 2017, a seguir o fim do resgate atual, em junho do próximo ano.

O jornal Público, sem especificar as suas fontes, fala da “elevada probabilidade de um novo programa” e sublinha que “um eventual segundo resgate a Portugal será ainda mais duro do que o atual em termos de redução das despesas públicas e reformas económicas”, ou, por outras palavras, vai exigir ainda maior esforço de austeridade.

No entanto o governo liderado por Pedro Passos Coelho veio, através de um comunicado, desmentir “que estejam em curso quaisquer negociações ou referências de qualquer tipo em relação a um segundo programa de resgate a Portugal”.

A Comissão Europeia, por seu lado, também negou, na semana passada, que esteja a trabalhar num novo resgate a Portugal, garantindo que o cenário de um novo pacote de ajuda financeira não está em cima da mesa. Em declarações à agência de notícias portuguesa Lusa, Simon O'Connor, porta-voz da Comissão Europeia, garantiu que a Comissão está exclusivamente focada na implementação do atual programa de ajustamento financeiro.

Politicamente, a possibilidade de um segundo resgate está a agitar a oposição portuguesa. Enquanto sindicatos e partidos de extrema-esquerda exigem o fim imediato das políticas de austeridade e do programa da troika, o líder do Partido Socialista, António José Seguro, afirmou que tudo fará para que Portugal evite um segundo programa de assistência financeira.

Analistas acham que o ponto de viragem na recuperação, por Lisboa, da confiança dos mercados internacionais poderá ser a aprovação do orçamento de Estado para o ano 2014, marcada para este outono. As novas medidas de austeridade, previstas no documento, podem granjear a confiança externa, mas internamente vão tornar ainda mais difícil a vida dos portugueses.

Voz da Rússia

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