A trincheira dos Exércitos Libanês, Sírio e Egípcio - Noticia Final

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domingo, 26 de janeiro de 2014

A trincheira dos Exércitos Libanês, Sírio e Egípcio

O Exército Egípcio conta com 468 mil militares, um milhão de reservistas sendo a maior infantaria da África e do Oriente Médio. Possui aproximadamente 4.200 tanques, 11 mil carros de combates e anfíbios e outros 10 mil carros de transporte e de logística. A Força Aérea conta com 220 aviões F16 Falcon que constituem o esqueleto central de sua aviação de guerra formada por 569 aviões e 149 helicópteros assim como 30 mil militares de apoio dos quais 10 mil soldados. A Marinha conta com 4 submarinos, 12 fragatas e inúmeros navios de menor porte antiminas marítimas e de mobilização rápida. Além dessas três forças, o Egito conta com uma Força de Defesa Aérea que cuida dos mísseis de defesa e de ataque, uma força policial semi militarizada com 300 mil homens sob o comando do Ministério do Interior. Seu orçamento em 2011 foi de 7 bilhões de dólares. Estima-se a população do Egito em 80 milhões. Seu exército ocupa o décimo lugar em recursos humanos numa proporção de 5,81 militares a cada 1.000 habitantes.

O Exército Sírio conta com 296 mil combatentes, 132 mil reservistas e 108 mil policiais. Os desertores referidos durante a crise atual não constituem tropas compactas já que muitos desertaram involuntariamente ou por circunstâncias locais desfavoráveis. O número de desertores de alta patente (Coronéis e Generais) é insignificante. As Forças terrestres possuem um importante contingente de tanques de guerra e uma rede de mísseis de fabricação própria e de origem russa que constituem o esqueleto de sua estratégia defensiva e de ataque. O Exército Sírio conta com uma Força Aérea de aproximadamente 720 aviões de combates e 180 helicópteros. A Marinha é pequena com apenas um submarino, duas fragatas, sete navios antiminas e duas dezenas de barcos equipados com mísseis.

O Exército Sírio ocupa o 16º lugar em recursos humanos numa proporção de 15,89 militares a cada 1.000 habitantes. Israel apesar de ocupar o 33º lugar em recursos humanos, consegue mobilizar 450 mil reservistas e atingir 584 mil combatentes numa proporção de 23,90 militares a cada 1.000 habitantes. Para ilustração, o Brasil ocupa o 18º lugar em recursos humanos dos quais 287 mil combatentes, 1 milhão 115 mil reservistas e 286 mil policiais numa proporção de 1,55 militares a cada 1.000 habitantes. O Líbano possui um exército de 73 mil combatentes, não tem reservistas e 13 mil policiais, ocupando o 53º lugar numa proporção de 19,80 militares a cada 1.000 habitantes. O numero de combatentes do Hezbollah é difícil de estimar já que nem as Inteligências dos Estados Unidos e nem de Israel conhecem com precisão. Estima-se a população da Síria em 22 milhões, de Israel em 8 milhões e do Líbano em 4 milhões.
Há algo em comum nas doutrinas dos Exércitos do Egito, da Síria e do Líbano: a identificação de Israel como inimigo. Nem todos os exércitos especificam nominalmente em suas doutrinas, quem são os inimigos. A maioria especifica a defesa de território, a proteção da Monarquia ou simplesmente engloba sua doutrina nas questões de soberania terrestre, aérea e marítima. Identificar o nome do inimigo é algo reservado a poucos exércitos. A doutrina de um Exército é a sua diretriz que inspira sua hierarquia, disciplina e lealdade. Durante a guerra civil no Líbano, houve tentativas de mudar a doutrina do Exército Libanês em retirar de seus manuais o referencial de Israel ser o inimigo do Líbano. Não aconteceu isso e por esta razão, os militares do Exército Libanês mantiveram o apoio ao Hezbollah que é visto “juridicamente” como resistência à Israel e portanto de acordo com sua doutrina.
Isso se repete nos exércitos da Síria e do Egito. A presença de uma doutrina consistente é um dos fatores fundamentais que manteve o Exército Sírio coeso e denunciou as conspirações contra o Exército Egípcio. Uma das estratégias introduzidas pelo presidente deposto do Egito Mohamad Morsi que mexeu profundamente na “Escola” do exército egípcio era a formação da Guarda Revolucionária do Egito, uma nova força armada que seria composta por militares remanejados do exército e doutrinados pelos princípios da Irmandade Muçulmana. A gota d´ água que revoltou os Generais no Exército foi o discurso que Morsi proferiu de apoio aos insurgentes na Síria com homens, armas e campos de treinamento. Se isso tivessem acontecido, esta força tarefa seria o núcleo da Guarda Revolucionária (com nova doutrina) e um golpe irreversível no maior Exército Árabe aplicado pela diplomacia norte americana e sua aliada Israel.

As conspirações contra os Exércitos do Líbano, da Síria e do Egito vão além das ações militares de inteligência, de combate e de restrições na aquisição de armamentos. Os Exércitos do Líbano e da Síria já mostraram que suas doutrinas e seus princípios são imunes. O Exército do Egito demonstra o mesmo. Todos seus combatentes estão na mesma trincheira. O inimigo é o mesmo. E continuará sendo.

Oriente Mídia

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