NSA/Snowden: revelações continuam - Noticia Final

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quarta-feira, 14 de maio de 2014

NSA/Snowden: revelações continuam

Nas livrarias dos Estados Unidos apareceu um livro, cujo interesse é garantido pelos nomes do autor e do principal protagonista. O ex-jornalista do jornal britânico The Guardian Glenn Greenwald escreveu o livro “No Place to Hide” (“Sem lugar para se esconder”) sobre o escândalo em torno da Agência de Segurança Nacional (NSA na sigla inglesa) e do autor desse escândalo Edward Snowden.

O livro de 260 páginas conta como Snowden se preparava para revelar os segredos do serviço de inteligência dos Estados Unidos, e revela novos segredos da NSA anteriormente desconhecidos.

27 dólares, ou 17 com desconto, é o quanto custa saber como foi preparado o maior escândalo na história de serviços de inteligência do mundo. Este é o valor do novo livro do jornalista britânico Glenn Greenwald “Sem lugar para se esconder”, no qual o ex-repórter do jornal The Guardian conta a história de seu primeiro encontro com Snowden, descreve como foi preparada a publicação de informações secretas sobre os programas de vigilância em massa dos serviços secretos dos EUA.

Segundo consta do livro, Snowden se empregou na NSA com um único propósito – obter provas de intervenção em massa dos serviços especiais na vida dos cidadãos. Snowden, diz Greenwald, fez uma proeza para o bem da Humanidade. Eis o que diz o repórter sobre seu personagem:

“Incrivelmente, ele nunca esteve nervoso. Ele está convencido de que está fazendo a coisa certa. A única coisa que o preocupava era como o mundo iria reagir a suas revelações. E ele observou com interesse como explodia essa bomba de informação.”

No entanto, o livro de Greenwald contém não apenas elogios a Snowden, mas também novas revelações sobre o trabalho de serviços secretos. Assim, o livro afirma que a NSA pode interceptar conversas com vídeo no Skype, obter acesso às informações de usuários do Facebook, ler mensagens de correio eletrônico enviadas através de redes Wi-Fi a bordo de aviões. Além disso, como escreve Greenwald citando documentos obtidos de Snowden, os norte-americanos filtram todo o tráfego de Internet e telefônico que entra nos EUA. E isso é apenas a ponta do iceberg, diz o jornalista:

“Em conversas privadas, funcionários da NSA expressaram indignação com que eles espionam e recolhem uma quantidade enorme de informações sobre as comunicações de pessoas em todo o mundo. Tudo que precisam fazer para isso os agentes de segurança é só especificar o seu endereço de e-mail e clicar em “pesquisar”. Isto é tudo. O principal slogan da NSA e seu objetivo é criar um sistema em que na Terra simplesmente não haverá um lugar onde você poderá escapar aos serviços especiais.”

Pelas publicações sobre os programas de vigilância Greenwald recebeu o prestigiado prêmio Pulitzer. Ele é convidado para canais de televisão norte-americanos, realiza palestras, e organizou a apresentação de seu livro em pleno Washington, perto do Congresso e da Casa Branca. No entanto, o repórter está certo de que os serviços secretos podem se vingar dele e de Snowden:

“Ambos entendiamos que essas revelações provavelmente seriam o acontecimento mais importante de nossas vidas. E quando você revela enormes quantidades de informações secretas da agência provavelmente mais secreta do mundo, você deve entender que risco você está correndo. Edward sabia que risco era esse. E esta é para mim a parte mais incomum de toda esta história. O jovem de 29 anos deliberadamente sacrificou sua vida para que seus compatriotas soubessem a verdade. É uma história incrível.”

Segundo Greenwald, até ao momento, ele e seus colegas de outras mídias publicaram cerca de metade dos materiais que lhe deu Snowden. O jornalista promete novas revelações, não menos escandalosas. Atualmente, uma equipe de repórteres está trabalhando com os documentos e novos escândalos virão em breve.

Mas Greenwald parece ter deixado a principal bomba “para a sobremesa”. Ele disse ao canal de televisão NBC que Edward Snowden, que agora está na Rússia e recebeu lá asilo temporário, poderia se mudar para a Alemanha ou o Brasil. Segundo Greenwald, esses países estão considerando a opção de conceder asilo permanente ao oficial fugitivo da inteligência norte-americana.

Voz da Rússia

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