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domingo, 23 de novembro de 2014

Índia se arma com sistemas de defesa antiaérea israelenses

Israel, Índia, defesa antiaérea

A Índia se tornou o maior comprador de armamento israelense e pretende aumentar os volumes de encomendas e a escala da sua cooperação técnica militar com Telavive.

No mês passado, o governo indiano decidiu comprar sistemas antitanque israelenses Spike e iniciar sua produção sob licença na Índia. Os militares indianos gostaram mais dos mísseis israelenses que os norte-americanos Javelin. Nova Deli deu igualmente preferência a armas israelenses para defender seus navios de guerra. O contrato para a compra de mísseis Barak-I foi assinado há um mês. Foi igualmente retomada a cooperação para a produção conjunta de mísseis antiaéreos de grande alcance. No dia 10 de novembro, em Israel decorreram os primeiros testes com sucesso do novo míssil antiaéreo israelense-indiano.
A delegação do Ministério da Defesa de Israel, que se encontra neste momento em Nova Deli, propôs a modificação do seu sistema antiaéreo móvel Cúpula de Ferro (Iron Dome), adaptando-o às necessidades específicas da Índia.
O desenvolvimento dinâmico da cooperação técnica militar da Índia com Israel é explicada pelas semelhanças das tarefas que se colocam a ambos os países nas áreas da defesa e do combate ao terrorismo e ao extremismo, considera o analista Jon Grevatt da revista militar britânica Jane’s. “As capacidades de Israel coincidem com as necessidades das forças armadas indianas. As ameaças que os dois países enfrentam são semelhantes”, considera o analista britânico.
Outros analistas associam a aproximação entre a Índia e Israel à personalidade do primeiro-ministro Narendra Modi. Em 2006, os EUA e os países europeus declararam Narendra Modi persona non grata, tendo-o acusado de cumplicidade na morte de uma grande quantidade de pessoas durante os distúrbios de 2002 em Gujarat.
Contudo, as simpatias pessoais do chefe do governo indiano por Israel dificilmente terão um papel determinante na construção das relações com Telavive, consideram os peritos russos. A liderança indiana se distingue pelo pragmatismo e escolhe os parceiros de acordo com seus interesses nacionais, diz o vice-diretor do Centro de Análises do Comércio Internacional de Armas Vladimir Shvarev:
“Eu penso que uma das razões para essa cooperação alargada e seu desenvolvimento é a intenção da Índia em diversificar a origem de seus fornecimentos militares. Israel é visto como um dos principais fornecedores de armamento à Índia, depois da Rússia. Relativamente aos outros grandes fornecedores, como a França e os EUA, Nova Deli tem determinados receios quanto à fiabilidade dos contratos a longo prazo. A França está neste momento sofrendo com a perda de imagem resultante do atraso, por motivos políticos, na entrega do porta-helicópteros Mistral à Rússia. Também subsistem dúvidas relativamente aos EUA. Além disso, as armas de fabricação americana, como os mísseis antitanque Javelin, são inferiores aos Spike israelenses.”
Israel também partilha de bom grado com a Índia suas tecnologias militares. De forma semelhante ao projeto de mísseis conjunto russo-indiano BrahMos, Israel está desenvolvendo em conjunto com a Índia o míssil antiaéreo naval Barak-NG.

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