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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Um navio Mistral pode destruir uma centena de Rafales

India, França, Mistral, rafale, marinha, aviação

O ministro da Defesa da França irá pessoalmente tentar persuadir o governo indiano a comprar caças Rafale. Em 1 de dezembro, ao chegar a Deli, Jean Yves Le Drian vai se encontrar com o ministro da Defesa da Índia, Manohar Parrikar. Paris pretende concluir a assinatura do acordo de venda à Índia de 126 Rafales na esperança de obter pelo menos 20 bilhões de dólares.

No entanto, não é só o custo colossal do negócio que está fazendo Deli não se apressar a tomar uma decisão final. O escândalo com a recusa da França de entregar à Rússia o porta-helicópteros já construído da classe Mistral faz muitos questionarem a confiabilidade de Paris como fornecedor de armamentos. O rompimento do negócio dos Mistrais é extremamente desfavorável para a França. Somente as multas pelo rompimento do acordo podem ser, segundo várias estimativas, de entre 3 e 10 bilhões de euros.
Mas, aparentemente, a pressão dos Estados Unidos é maior que todas a perdas econômicas e de reputação. Tal dependência da França da situação política externa não pode deixar de preocupar a Índia, nota o vice-diretor do Centro de Análise do Comércio Mundial de Armas, Vladimir Shvariov:
“A recusa de fornecer os Mistrais à Rússia terá certamente um impacto negativo sobre a imagem da França como fornecedor confiável de armamentos. Especialmente, isso irá afetar os programas que estão em fase de discussão e têm uma natureza de longo prazo. Um desses programas é o fornecimento de caças Rafale. O negócio é suposto durar vários anos. Pois mesmo depois de concluir o fornecimento dos caças, eles terão de ser mantidos e abastecidos com peças de reposição. Se a Índia comprar os Rafales, ela vai depender da França durante várias décadas”.
Não é difícil imaginar que, se os Estados Unidos quiserem pressionar a Índia – por exemplo, por causa de novas disputas sobre cooperação no âmbito da OMC –, eles podem forçar Paris a suspender a implementação do contrato dos Rafales. E então a Força Aérea da Índia correrá o risco de não ter caças modernos suficientes em suas esquadrilhas.
Tal ameaça já foi considerada pelo Brasil e a China. Segundo relatos da mídia internacional, diplomatas destes países começaram a expressar dúvidas em relação às perspectivas da cooperação técnico-militar com a França.
É também de notar que os vizinhos europeus da França estão se apressando a tirar proveito de sua difícil situação. A Suécia voltou a lembrar Deli de seus caças Gripen. O ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, disse recentemente ao jornal indiano Times of India que, em caso de recusa de negociar com a França, o Reino Unido está disposto a fornecer à Índia caças multiuso Eurofighter.

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