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terça-feira, 28 de abril de 2015

Na Bolívia, Super Tucano compete com jatos (subsônicos) da Rússia, China, Argentina…

K-8 - 1
Jato K-8 Karakorum da Força Aérea da Bolívia

O ministro da Defesa da Bolívia, Reymi Ferreira, declarou ao diário El Deber, da cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, que o governo Evo Morales decidiu aplicar 140 milhões de dólares na aquisição de 20 aviões de combate e de 40.000 fuzis de assalto. A notícia está publicada na edição do jornal desta segunda-feira (27.04).
Os modelos dos armamentos sob avaliação dos militares bolivianos não foram informados.
Ferreira disse apenas que recebeu ofertas de aeronaves fabricadas em cinco países, entre eles, China, Rússia, Brasil e Argentina.
O quinto país poderia ser a República Checa – fabricante do jato subsônico L-159 ALCA (Advanced Light Combat Aircraft) – ou a Coreia do Sul que, nesse momento, compartilha com a indústria peruana a fabricação do turboélice KT-1P Woongbi (Torito na Força Aérea peruana), e empreende uma grande ofensiva comercial no sentido de equipar a a aviação militar do Peru – corporação com a qual os bolivianos mantém uma tradicional ligação.
L-15 Advanced Jet Trainer (AJT)
O L-15 é uma aeronave de treinamento avançado apta a cumprir missões de interdição e de ataque leve ao solo

Segundo o Poder Aéreo pôde apurar, círculos da imprensa argentina especializados em assuntos militares calculam que as aeronaves em apreciação pelo governo de La Paz são o turboélice A-29 Super Tucano da Embraer; o jato subsônico chinês K-8 Karakorum – que a Força Aérea Boliviana (FAB) já opera –; o Hongdu L-15 Falcon também chinês; o sofisticado (mas caríssimo) Yak-130 russo, e o Pampa II argentino.
Valores - As declarações de Ferreira causaram estranheza por causa do montante de recursos relativamente baixo para a renovação dos meios aéreos da FAB.

A-29 Super Tucano com Recce Pod SAR - abertura sintética - da banda P para varredura e detecção - recorte ilustração Embraer
A-29 Super Tucano da Embraer

O valor unitário de um Super Tucano pode ser estimado em torno dos 10,6 milhões de dólares. Em 2009, a fábrica chinesa Hongdu pediu 58 milhões de dólares ao governo boliviano por um pacote de meia-dúzia de aeronaves K-8 (9,6 milhões por avião) que incluía documentação, treinamento e algum armamento.
Um jato L-15 com turbinas de fabricação ucraniana não sai por menos de 10 milhões de dólares, e um Pampa II argentino (que, diga-se, jamais foi exportado) está avaliado entre 10 e 15 milhões de dólares.
Yak-130 - 4
O preço unitário do jato subsônico Yak-130 pode superar a casa dos 20 milhões de dólares

O valor unitário de um Yak-russo começa em 15 milhões de dólares, mas pode chegar aos 25 milhões. No outro lado desse espectro está o KT-1P, que é um turboélice de treinamento apto a transportar foguetes e bombas e, dessa forma, cumprir missões de apoio aéreo aproximado. Valor unitário: entre 5 e 7 milhões de dólares.
O L-159 foi lançado no mercado por um preço unitário de 13 milhões de dólares, mas esse valor, hoje, já estaria entre 15 e 17 milhões de dólares.
L-159 - foto Aero Vodochody via Draken International
L-159 checo

Litígio - As declarações do ministro da Defesa boliviano foram dadas apenas 24 horas depois de o jornal boliviano Página Siete ter noticiado que, durante sua próxima visita a Bolívia, o Papa Francisco ouvirá do presidente Evo Morales um apelo para que o Vaticano medie o litígio entre Bolívia e Chile por causa da saída para o mar que os chilenos arrebataram aos bolivianos no fim do século 19, durante a Guerra do Pacífico.
O embaixador boliviano na Santa Sé – e ex-ministro das Relações Exteriores (entre 2004 e 2006) –, Armando Loaiza Mariaca, desmentiu a informação, mas admitiu que ela gerou “nervosismo” no Chile.
Reymi Ferreira diz, em sua entrevista ao jornal El Deber, que as aeronaves se destinam a combater o narcotráfico. Explicação muito conveniente nesse momento em que o Escritório para a Política Nacional de Controle das Drogas dos Estados Unidos está divulgando os números mais recentes da produção de drogas na América do Sul: Peru com uma produção de 290 toneladas métricas de cocaína por ano, Colômbia com 175 toneladas e Bolívia com 155 toneladas.
Poder Aéreo

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