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quarta-feira, 27 de maio de 2015

COMO O SISTEMA RUSSO S-400 INUTILIZA O PROGRAMA DE CAÇAS F-35.

Não são frequentes os casos onde um sistema anti-aéreo relativamente barato é capaz de eliminar a razão de ser do maior e mais caro programa de armas da história. Mas foi isso aconteceu ao ambicioso projeto de caça norte-americano F-35, aponta um analista indiano.
O S-400, o sistema de mísseis antia-éreo russo, cujo desenvolvimento custou 500 milhões de dólares, práticamente anulou o programa de avançados caça-bombardeiros furtivos F-35, de um bilhão de dólares de custo, escreve Rakesh Krishnan Simha, analista do portal indiano India & Russia Report.
Em novembre de 2014, Moscow e Pequim assinaram um contrato de 3 bilhões de dólares para fornecer seis grupos de sistemas de mísseis anti-aéreos S-400 que devem aumentar significativamente a capacidade de defesa aérea da China contra os EUA e seus aliados no oeste do Pacífico.
Com um alcance de seguimento de uns 600 quilômetros e a capacidade de destruir alvos que voem a uma velocidade de até 4.800 metros por segundo (muito superior à velocidade de qualquer avião existente) o S-400 é uma arma realmente mortífera que entrou a serviço da defensa anti-aérea russa em 2007 na cidade de Elektrostal, próxima à capital russa. Cada um dos grupos de S-400 tem oito instalações de lançamento, centro de controle, radar e um grande número de mísseis de recarga de cinco tipos, em função do alvo.
“Pelo seu alcance extremamente longo e a eficácia de suas capacidades de guerra eletrônica, o S-400 é um sistema que muda as regras do jogo, desafiando as capacidades de armas atuais a nível operacional da guerra”, disse Paul Giarra, presidente do centro Global Strategies and Transformation, citado pelo portal norte-americano Defense News. O S-400 terá o “efeito de converter em ofensivo um sistema defensivo e extender o guarda-chuvas A2 / AD [anti-aceso / zona de negação] da China sobre o territorio dos aliados norte-americanos e em alto mar.”

O S-400 foi projetado para defender o espaço aéreo e os arredores da Rússia de várias centenas de quilômetros de distância das aeronaves e de todo tipo de mísseis, inclusive os revestidos com material anti-radar. Por se tratar de uma arma tão potente e precisa, capaz de mudar o equilíbrio em qualquer teatro de hostilidades, durante muito tempo Moscow se absteve inclusive de exportar o modelo anterior, o S-300, aos seus antigos compradores de armas, Síria e Irã.

Porém a Rússia fez uma exceção com a China em 2014, ano em que foi firmado o contrato de compra e venda dos S-400 por um valor de 3 bilhões. “Uma grande má notícia para os F-35 dos Estados Unidos”, indica Rakesh Simha.

Rússia e Estados Unidos desenvolveram tradicionalmente estratégias navais diferentes. Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos apostaram por grupos de porta-aviões para estender seu influência no oeste do Pacífico. A Rússia, por outro lado, decidiu que estas bases flutuantes eram um alvo fácil para seus aviões em terra e mísseis de cruzeiro anti-navio de longo alcance.
Cobertura do Sistema de Defesa anti-aérea S-400 munido com os mísseis 40N6 (acerta alvos à distancia de 400km a partir de Sevastopol).
Como trabalha o sistema anti-aéreo S-400.
“A lógica russa era sensível e elegante. Naqueles anos, o custo médio de um porta-aviões de propulsão nuclear rondava 1 bilhão de dólares, enquanto que o mais potente míssil anti-navio custava menos de um milhão. Por essa mesma quantia em dinheiro que os norte-americanos pagavam para construir um porta-aviões, a Rússia podia fabricar milhares de mísseis de cruzeiro. Portanto, se somente alguns destes mísseis impactassem contra seu alvo todos os porta-aviões norte-americanos podem ser afundados ou destruídos”, explica Simha.
“A China tem seguido o mesmo camino”, ressaltou. Ou seja, tem adotado a estratégia russa que incluiu um ataque a porta-aviões norte-americanos com grupos de aviões dotados de mísseis de cruzeiro. De fato, em situações como estas, inclusive a destruição parcial colocaria estes monstruosos grandes navios fora de combate durante meses inteiros.
O que tem a ver os F-35 com tudo isso?
“Para equilibrar a ameaça dos mísseis aos seus porta-aviões, os EUA tem confiado aos F-35 Joint Strike Fighter a missão de eliminar os aviões armados de missões de cruzeiro. Na execução deste projeto problemático já se tem gasto mais de um bilhão de dólares”, ressaltou o analista.
A companhia Lockheed Martin avalia que o F-35 tem uma moderna eletrônica capaz de desviar de seu alvo qualquer projétil inimigo. No entanto, ‘enganar’ o S-400 é muito difícil. “Esta arma tem muitas características para superar as contramedidas, incluindo um radar mais potente de longo alcance e de alta resistência à eliminação. Além do que, conta com um ‘kit’ de três mísseis de diferentes gamas de ação que podem superar distintas camadas de defesa”, segundo o analista militar independente Ivan Oelrich, citado por ‘The Diplomat’.
O diário ‘Air Power Australia’, informa que os “S-300 e os S-400 são sem dúvida o mais poderoso sistema de mísseis anti-aéreos dos que estão instalados na região da Ásia-Pacífico.
“Se você é um piloto de F-35, este é meu conselho: mantenha-se fora do seu alcance”, conclui Rakesh Simha.

Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com

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