Comandante-Adjunto de Operações da RAF diz que Inglaterra quer tomar parte na CRUZEX organizada pela FAB (resta saber como os argentinos reagirão…) - Noticia Final

Ultimas Notícias

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

quinta-feira, 31 de março de 2016

Comandante-Adjunto de Operações da RAF diz que Inglaterra quer tomar parte na CRUZEX organizada pela FAB (resta saber como os argentinos reagirão…)

Bagwell
Marechal do Ar Greg Bagwell

Por Roberto Lopes

O Comandante-Adjunto de Operações da Real Força Aérea (RAF na sigla em inglês), Marechal do Ar Greg Jack Bagwell, declarou, nesta quarta-feira (30.03), ao site britânico de notícias IHS Jane’s, que sua corporação está examinando participar da Operação Cruzeiro do Sul (CRUZEX), organizada pela Força Aérea Brasileira (FAB).

“A CRUZEX no Brasil é um exercício muito bom que é executado dentro das mesmas linhas da Red Flag [nos Estados Unidos] e que emprega os procedimentos da NATO e consiste em tudo, desde o ataque leve para jatos rápidos e o ataque ao solo para a defesa aérea”, observou Bagwell. “É questão de tempo e capacidade [saber se a RAF pode designar aeronaves e tripulações para essas manobras], mas a CRUZEX é central para todos os participantes e vamos estar examinando para ter alguma presença nisso”, concluiu o oficial.

O oficial, de 54 anos – os últimos 35 vividos dentro da Aviação Militar de seu país –, deu essas declarações em Santiago do Chile, onde assiste a FIDAE 2016.

Ele revelou que a RAF havia planejado levar à mostra aeronáutica chilena o seu primeiro exemplar do cargueiro pesado Airbus A400M Atlas, mas esse plano precisou ser cancelado em função de compromissos operacionais e de treinamento anteriormente assumidos por sua Força.

Bagwellavião
O Airbus A-400M Atlas da RAF

A presença do Marechal do Ar em Santiago demonstra a intenção da Aviação Militar do Reino Unido de reforçar os seus laços operacionais com as forças aéreas sul-americanas – estreitamento de relações que, eventualmente, poderão redundar em encomendas dessas corporações à indústria aeronáutica da Grã-Bretanha.

Argentina – O Chile é, na atualidade, o país sul-americano que mantém o mais sólido relacionamento com as Forças Armadas britânicas. Mas não se sabe que impacto terá, na parte meridional das Américas – e, em especial, na Argentina – a intenção dos britânicos de participar da CRUZEX.

Ano passado, quando a Marinha do Brasil convidou a Royal Navy a se fazer representar na Operação Unitas, os argentinos mantiveram-se escrupulosamente afastados do exercício, apesar dos repetidos apelos feitos pelos chefes navais brasileiros (coordenadores da Fase do Atlântico da Unitas) para que os navios da nação vizinha tomassem parte nas manobras.

Coincidência ou não, também a Armada do Uruguai deixou de participar da Unitas. A Marinha Real designou para representa-la um modesto navio de apoio logístico que se encontrava, no litoral sul do Brasil, em rota para sua base nas Ilhas Malvinas.

Nas últimas décadas Argentina e Reino Unido têm mantido um relacionamento tortuoso por causa das reclamações de Buenos Aires sobre o controle que o governo de Londres exerce sobre o arquipélago das Malvinas (Falkland Islands como os britânicos chamam). Ainda não se sabe que impacto o advento da Administração Mauricio Macri poderá produzir nesta convivência.

O certo é que, nos anos de 2010, a Força Aérea Argentina (FAA) não tem demonstrado condições de destacar muitas aeronaves de combate para a CRUZEX. De qualquer forma, é importante assinalar o que o ministro da Defesa de Macri, deputado Julio César Martínez, declarou, recentemente: que espera ver os navios de guerra de seu país de volta às manobras da Unitas.

Bagwellemvoo
Um Fightinghawk argentino, entre um A-1 da Força Aérea Brasileira e um A-37 uruguaio, na CRUZEX de 2006

plano brazil

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad