Não era só Aécio: a festa da Istoé reuniu Moro a uma seleção de políticos barra suja. Por Kiko Nogueira - Noticia Final

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Não era só Aécio: a festa da Istoé reuniu Moro a uma seleção de políticos barra suja. Por Kiko Nogueira

As cenas de Aécio e Moro confabulando animadamente acabaram roubando (sic), compreensivelmente, o protagonismo da festa da Istoé dos “Brasileiros do Ano”.
Gente diferenciada
Brasileiros do Ano
O megadelatado na Lava Jato, porém, não era o único enrolado na Justiça. A noite era um verdadeiro quem é quem da propinocracia — como gosta Dallagnol — brasileira.
Fazia sentido um magistrado estar presente no meio de tanta gente diferenciada?

Segundo o Código de Ética da Magistratura, o juiz “deve comportar-se na vida privada de modo a dignificar a função, cônscio de que o exercício da atividade jurisdicional impõe restrições e exigências pessoais distintas das acometidas aos cidadãos em geral”.
À exceção de Henrique Meirelles, a totalidade dos políticos que estavam na chamada tribuna de honra (duas fileiras de cadeiras no palco), está com a barra suja, citada na operação comandada pelos homens de Curitiba, principalmente.
Michel Temer, o grande homenageado, é acusado por Marcelo Odebrecht de ter recebido 10 milhões de reais em dinheiro de caixa dois para financiar o PMDB, que também apontou que seu braço direito Eliseu Padilha, da Casa Civil, ficou com  4 milhões (Padilha ficou em casa).
Executivos da empreiteira afirmam que o chanceler José Serra, um dos mais animados da festança, com seu charme transilvânio, teria levado 23 milhões de reais via caixa dois, entregues na Suíça.
Leonardo Picciani, ministro do Esporte, está envolvido numa denúncia uma funcionária da Carioca Engenharia, que teria pago propinas à uma empresa dele e de sua família apelando para “vacas superfaturadas”.
Roberto Freire, substituto de Marcelo Calero na pasta da Cultura, é uma das estrelas da famosa lista de propinas da Odebrecht surgida em março. Freire aparece como tendo embolsado 500 mil reais em 2012, ano em que não disputou as eleições.
O tucano Bruno Araújo, ministro da Cidades, aparecia nas planilhas do departamento de propina.
Araújo, que ficou famoso por  ter dado o voto 342 na sessão do impeachment de Dilma na Câmara, condecorou o diretor da Odebrecht Claudio Melo Filho, um dos principais delatores, com a Medalha do Mérito Legislativo em novembro de 2012.
Melo confirmou os repasses a ele.
Definitivamente, Ludmila, Grazi Massafera e Isaquias Queiroz não mereciam estar em tão má companhia.

2 comentários:

  1. O dia começou com as denúncias contra o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que recebeu R$ 2 milhões de propina da Odebrecht com o codinome “Santo”. Em nota, Alckmin argumentou apenas que “era precipitado tirar conclusões de delações que não foram homologadas”, como se isso desqualificasse as denúncias.

    Mais tarde foi o presidente Michel Temer. O vice de Dilma Rousseff teria recebido R$ 10 milhões em dinheiro vivo por meio de um assessor. Ele também nega qualquer “irregularidade”.

    Pela Tarde foi a vez de Lula, alvo de mais uma denúncia na Operação Zelotes por ter recebido R$ 10 milhões de propina da compra dos caças Grippen. Seu filho Luis Cláudio da Silva também foi denunciado, já que serviu como laranja.

    No final do dia foi a ex-presidente Dilma Rousseff, que pediu que Marcelo Odebrecht desse R$ 4 milhões para Gleisi Hoffmann. A senadora procurou Dilma para obter ajuda com suas dívidas de campanha de 2014. A presidente socorreu pedindo que Odebrecht repassasse o dinheiro para o ministro Edinho Silva, que então repassou para Gleisi. Isso não só atinge Gleisi, como coloca Dilma no caminho da cadeia.

    Poucas vezes se viu tantas notícias tão graves contra tantos figurões da república em um único dia. Isso é só o começo do conteúdo das delações dos setenta executivos da Odebrecht, cujas revelações envolvem cerca de centro e trinta políticos, incluindo ministros do antigo e do atual governo, senadores, deputados, governadores, além de funcionários de estatais.

    O dia de hoje triturou a narrativa da extrema-esquerda, que dias atrás usava a foto de Sérgio Moro com Aécio no prêmio IstoÉ como exódia política. Também nos mostrou o quanto nossa elite política é podre, reforçando o que já suspeitávamos. Vamos aguardar a “Delação do Fim do Mundo” com olhos bem abertos e narizes bem tapados. Há muita imundície para ser descoberta.

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  2. É curioso que no mesmo dia em que sai a delação da Odebrecht – lançando constrangimento sobre vários partidos além do PT, como PMDB e PSDB – recebemos a notícia de que um bando de petistas resolveu atazanar o juiz Sérgio Moro durante uma palestra sobre corrupção nesta sexta (9) em Heidelberg, na Alemanha.

    30 juristas pró-PT alegaram que Moro era parcial e, portanto, “não poderia discursar”.

    O texto canalha dizia o seguinte: “O juiz federal Sergio Moro incorreu em posturas as quais foram determinantes para o clima político de derrubada de um governo legítimo servindo, desta forma, aos piores interesses antidemocráticos”. Na verdade, a investigação do escândalo da corrupção na Petrobrás abalou os piores interesses totalitários. Por isso eles se rasgam de ódio.

    Na plateia, milicianos pró-PT levantaram cartazes dizendo “Moro na cadeia” e “parcialidade fere a democracia”. Algumas pessoas se revoltaram com os ataques petistas.

    Mais uma vez a escória petista envergonha o Brasil: se um bando de brasileiros se une para protestar contra o símbolo da luta contra a corrupção – justamente no dia em que uma delação atinge vários partidos, e não apenas o PT -, então fica a imagem de que este seria um país de bandidos.

    Não devemos perdoar os petistas por terem atacado o Brasil todo desse jeito na Alemanha.

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