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domingo, 3 de dezembro de 2017

Para construtor dos sistemas Topol-M e Yars, não existe defesa contra mísseis russos

Apesar da repercussão midiática em relação ao sistema de defesa antimíssil europeu, o projetista dos mísseis nucleares russos mais temíveis opina que este parece mais um instrumento de pressão política. Para Yury Solomonov, os sistemas de defesa antimíssil construídos pelos EUA "carecem de funções defensivas".
Sistema de mísseis balístico intercontinental russo Yars durante o ensaio geral da Parada da Vitória na Praça Vermelha em Moscou, 7 de maio de 2016.
A instalação do sistema antimísseis terrestre na Romênia e na Polônia não preveniria um ataque de resposta em caso de uma agressão contra a Rússia, assegurou Solomonov, responsável pela criação dos sistemas Topol-M e Yars, em um comentário para a edição Rossiyskaya Gazeta.


Os mísseis russos sempre foram projetados levando em conta os meios de defesa disponíveis para um potencial inimigo, lembra o engenheiro.
Na década de 80, quando os EUA instalaram na Europa modificações antimísseis do famoso sistema Patriot, os construtores soviéticos elaboraram deliberadamente um projeto que superasse suas capacidades.
Em resultado do seu trabalho, o míssil de alcance médio RS-10 Pioner nunca se enfrentou com os sistemas Patriot em sua versão "antimísseis", porém, existe uma comparação relevante.
Assim, durante a primeira Guerra do Golfo dos anos 1990-1991, o exército iraquiano usou ativamente os mísseis balísticos soviéticos R-17, conhecidos como Scud, dado que estes tinham sido desenvolvidos nos anos 60 contra as forças invasoras.
De acordo com uma investigação independente, realizada no período de pós-guerra, os sistemas de defesa antimíssil estadunidenses, compostos por Patriot, conseguiram interceptar 9% dos alvos, com muitos casos de intercepção explicados pelas falhas próprias dos mísseis modificados pelos engenheiros iraquianos.
Se até os obsoletos Scud resultaram serem um alvo difícil para os sistemas Patriot, não há dúvida que os mísseis mais modernos, como o RS-10, os ultrapassariam certamente, assegura Solomonov.
Esta tendência permanece até a atualidade, afirma o construtor. Os sistemas terrestres Topol-M e Yars, assim como os Bulava, lançados a partir de submarinos, superariam os sistemas de defesa antimíssil modernos dos EUA em todas as simulações calculadas.
Entretanto, para Solomonov é evidente que ninguém quer desatar uma guerra de devastação mútua, enquanto a instalação dos sistemas de defesa antimíssil americanos no território europeu é mais um tema político e não militar.

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