Su-57 na Síria: que país pode aguardar desempenho de inovadores caças russos? - Noticia Final

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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Su-57 na Síria: que país pode aguardar desempenho de inovadores caças russos?

O projeto conjunto do caça de quinta geração FGFA, baseado no Su-57 russo, tem sido durante anos um dos pilares da cooperação militar russo-indiana. 

No entanto, no último ano, as negociações entraram em uma pausa. O suposto envio dos caças Su-57 à Síria poderia ter como objetivo dissipar as dúvidas da parte indiana.


Enquanto o Ministério da Defesa da Rússia se abstém de comentar oficialmente o deslocamento de seus aviões mais avançados ao país árabe, especialistas tanto russos como estrangeiros concordam que o envio dos Su-57 visa avaliar suas capacidades e testar seus equipamentos em condições próximos das de combate real, indicam fontes citadas pelo jornal Kommersant.

De fato, para além de todas as outras explicações, haveria uma outra ainda mais sensível: a demonstração da viabilidade das tecnologias para a Índia, que está analisando se irá prosseguir com o projeto conjunto com a Rússia ou abandoná-lo devido a restrições financeiras e preocupações tecnológicas.
Em particular, a mídia indiana se referia à suposta "inferioridade tecnológica" do FGFA perante os concorrentes e a falta de um novo motor.
No entanto, as razões oficiais para o "impasse" do programa não foram nem o motor nem as tecnologias usadas, mas as questões financeiras e a transferência de tecnologias.
A Rússia afirma que a indústria indiana ainda não é capaz de assumir todo o processo de produção de um avião tão sofisticado como um caça de quinta geração, e que uma transferência completa seria ineficaz.
Além disso, aceitando a transferência tecnológica, Moscou cederia suas tecnologias militares sensíveis, o que supõe uma maior participação financeira por parte de Nova Deli, escreve a revista The Diplomat.
A Índia, por sua parte, está seguindo as exigências do programa nacional 'Make in India' e busca produzir o caça conjunto localmente.
Todos estes fatores vêm complicando o processo negociador. O consórcio russo Rostec, uma parte integrante do programa, reconhece que as negociações são duras mas se mostra otimista:
"A Índia é um parceiro estratégico privilegiado da Rússia […] Nossa estratégia é expandir a cooperação com produtores indianos conforme a política de 'Make in India', proclamada pelo governo do primeiro-ministro Narendra Modi, afirmou Sergei Chemezov, o diretor-geral da Rostec, em uma entrevista ao portal India Strategic.
Falando do FGFA, Chemezov disse que "o trabalho está em marcha": está sendo discutida a segunda fase do projeto e há avanços nas negociações, mas "não muito rápidos".
As autoridades indianas parecem estar de acordo com o gerente russo: em agosto de 2017, em uma sessão do Ministério da Defesa da Índia teria sido recomendado que Nova Deli seguisse com o projeto conjunto, segundo o jornal indiano Hindustan Times.
Desta maneira, o deslocamento dos Su-57 à Síria pode ir além de testar um novo avião em condições de guerra, pois do desempenho dos caças no país árabe pode depender o destino do projeto conjunto com a Índia.

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