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sexta-feira, 30 de março de 2018

Agências de espionagem dos EUA fazem tentativas "ultrajantes" de recrutar diplomatas russos expulsos - Moscou

Os serviços de inteligência americanos estão apressadamente tentando recrutar diplomatas russos expulsos dos EUA por causa do caso Skripal, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, classificando o comportamento de Washington como cínico e indecente.
Agências de espionagem dos EUA fazem tentativas "ultrajantes" de recrutar diplomatas russos expulsos - Moscou
A Embaixada da Rússia em Washington DC. © CHRIS KLEPONIS / AFP

O ministério soou o alarme sobre "um aumento acentuado nas ações provocativas contra os diplomatas russos nos EUA". O ministério disse que após o anúncio de que 60 diplomatas russos devem deixar os Estados Unidos, os serviços secretos americanos estão "febrilmente" tentando contatá-los com várias propostas.


"Houve uma série de episódios ultrajantes", em que os diplomatas russos "receberam ajuda" - e não de graça, mas em troca de relações secretas "numa base mutuamente benéfica", disse o ministério em um comunicado .

Moscou acusou os Estados Unidos de "puxar um esquema" que envolvia "as autoridades oficiais expulsando injustamente os diplomatas russos e os serviços de segurança americanos cada vez mais agressivos, imediatamente tentando tirar proveito desse momento difícil para o nosso povo". O ministério descreveu o estratagema norte-americano como "pouco aplicado" e infrutífero, acrescentando que "tal comportamento parece cínico e nojento, como se Washington tivesse deixado completamente de compreender os limites da decência comum".

No início desta semana, os EUA anunciaram que expulsariam 60 diplomatas russos e fechariam o consulado da Rússia em Seattle, enquanto o governo Trump atendia aos pedidos do Reino Unido para punir a Rússia por envolvimento no envenenamento do ex-agente duplo Sergei Skripal em solo britânico. Em resposta, a Rússia disse na quinta-feira que 60 diplomatas americanos teriam que deixar o país, e também fecharia o consulado dos EUA em São Petersburgo.

No início de março, Sergei Skripal e sua filha, Yulia, foram envenenados em Salisbury com o que o Reino Unido chamava de agente nervoso projetado pelos soviéticos. Sem uma investigação adequada, Londres acusou Moscou de estar por trás do ataque, expulsou diplomatas russos e introduziu outras restrições contra a Rússia. A Grã-Bretanha pediu aos seus aliados que sigam o exemplo e sancionem Moscou também, com a Alemanha, a França e a Polônia estando entre os países que expulsaram os diplomatas russos.

rt

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