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domingo, 18 de março de 2018

Mas... O que quer Muhammad bin Salman?

As'ad AbuKhalil, The Angry Arab News Service

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

O 'ocidente' e Israel investiram tanto, tanto, em Muhammad bin Salman, que, se ele cai, caem com ele muitas das políticas e das guerras 'ocidentais' – pelo menos em parte. 
Claro, nada ou ninguém é mais oportunista que governos 'ocidentais' e Israel: assim como os EUA rapidamente abandonaram Muhammad bin Nayif, servo fiel deles por muitas décadas, assim também abandonarão rapidamente MbS, se cair. A história de que pôs a própria mãe em prisão domiciliar está em todas as bocas. 
Mostra que o homem está disposto a violar não só o pensamento e as políticas e orientações do governo saudita, mas até as tradições e normas sociais mais comuns na sociedade árabe.

O fato de MbS não poder confiar na própria mãe, porque teme que ela trabalhe a favor de seus outros filhos, diz bem claramente da insegurança avassaladora do príncipe. Até aqui, ele já lidou de dois modos, com essa insegurança: (1) ao confiar que o apoio do 'ocidente' e dos EUA não lhe faltará, não importa o que ele faça, desde que sirva a interesses econômicos do 'ocidente' e aos interesses dos israelenses; e (2) ao mostrar-se governante cruel, dentro do reino e contra a própria família real. 

A recente história que envolveu membros do ramo "Saud Al-Kabir" da família real (Reuters) indica que há, pelo menos, algum sinal de insatisfação profunda. E como observou um Mujtahid: esse ramo é conhecido pela crueldade. 

A Guarda Nacional foi construída e cultivada pelo rei Abdullah e depois por seu filho. Não vejo que todos troquem assim tão rapidamente suas fidelidades antigas. 

Não vejo como MbS possa sustentar seu método de governar. Depende demais de apoio externo e de muito medo, com baixíssimo apoio interno. A promessa de receber o teatro e a arte "desprezível" do Líbano é pouco para fazer o povo esquecer a opressão que sofre e a má situação econômica do reino. 

A grande promessa é que MbS desmentirá o que ensina a lei das proporções variáveis ou lei da produtividade marginal decrescente.[1]  Não funcionará. Ano após ano a lei prevalecerá, ele não conseguirá cumprir o que promete e terá de decretar novos bônus ou novos subsídios aos empregados. Não é solução que possa durar. Seria fácil criar regras mais seguras para governar, se, pelo menos, MbS desse mais atenção às normas da própria família. O quadro que se aproxima não é bonito – nem para ele nem para os que estão investidos nele.*****



[1] "Pode-se entender do seguinte modo a lei das proporções variáveis ou lei da produtividade marginal decrescente ou lei dos rendimentos decrescentes: aumentando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção, a princípio, crescerá a taxas crescentes; a seguir, após certa quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a taxas decrescentes; continuando o aumento da utilização do fator variável, a produção decrescerá. Um exemplo, é o aumento do número de trabalhadores em certa extensão de terra. Numa primeira fase a produção aumenta, mas logo se chega a um estado de nenhum aumento na produção, devido ao excesso de trabalhadores em relação à extensão de terra que não aumentou" ("Economia para todos") [NTs].

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