MILITARIZAÇÃO DO CONTINENTE AFRICANO: OS EUA ESTÃO CONSTRUINDO UMA ENORME BASE DE DRONES DE US$ 110 MILHÕES NO SAARA. - Noticia Final

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domingo, 1 de julho de 2018

MILITARIZAÇÃO DO CONTINENTE AFRICANO: OS EUA ESTÃO CONSTRUINDO UMA ENORME BASE DE DRONES DE US$ 110 MILHÕES NO SAARA.

Exatamente fora de Agadez, no Níger, nos cerrados do Saara, a força aérea americana está construindo uma enorme base de drones de 2.200 acres (9 km²), custando 110 milhões de dólares, segundo a Associated Press
A base de drones fornecerá uma presença mais forte dos EUA em uma região
[Combate ao extremismo é o objetivo declarado. Terrorismo é a justificativa para a militarização da África, GR Editor]

A base deve ser concluída no próximo mês, mas, como você pode imaginar, construir um aeródromo no deserto tende a ser muito complicado. O projeto já tem orçamento superior a US$ 22 milhões e atrasou em um ano. A nova base de drones [supostamente] será usada para atingir extremistas no oeste e norte da África, regiões que atualmente são difíceis de alcançar com drones.

Em 2013, o presidente Obama ordenou a construção de uma base de drones na capital do Níger, Niamey, mas mesmo que oficiais militares já indicassem que, idealmente, eles queriam que a operação dos drones se baseasse fora de Agadez. O NY Times relatou que mover a base de drones para Agadez tinha duas vantagens principais. Primeiro, está melhor posicionada para lançar operações de drones em todas as regiões do sul do Saara que estão se transformando em um alegado “foco terrorista”. Segundo, as operações de drone são melhor protegidas de olhares indiscretos em Agadez isolado do que em Niamey. Uma terceira razão, não mencionada pelo NYT, pode ser que, com a queda do líder líbio Gaddafi, Agadez tenha se tornado a capital do contrabando da África, segundo Politico Europe.

No NYT, P.W. Singer, um estrategista e especialista em drones da New America em Washington disse que:
    “A base, e os vôos mais frequentes que a sua abertura permitirá, nos dará muito mais consciência situacional e inteligência em uma região que tem sido um centro de atividades ilícitas e extremistas, mas também nos envolverá ainda mais mais operações e lutas que poucos americanos estão cientes de que o nosso exército está envolvido”.
A citação destaca o caráter sombrio das operações americanas de drones. Muitas das bases dos drones estão situadas em áreas remotas com autoridades questionáveis ​​e com muito pouca supervisão, como o Iêmen, a Somália e agora o Níger.

Construir a base do drone provou ser um grande desafio. Tempestades de poeira dificultam o trabalho, bem como temperaturas que freqüentemente atingem mais de 100 graus Fahrenheit (38ºC), resultando em muito do trabalho que está sendo feito à noite.

A base de drones, que custa US$ 110 milhões, possui uma pista de 6800 pés de comprimento (2,07 km) e 150 pés de largura (45,72 m), pois não só precisa acomodar drones como o MQ-9 Reaper, mas também os aviões de carga C-17, muito mais pesados.
O MQ-9 Reaper é um dos drones mais avançados disponíveis para a Força Aérea dos EUA. O dispositivo aéreo não tripulado é construído pela General Atomics e tem um alcance de 1.150 milhas (1850,75 km). Ele é capaz de reunir inteligência e fornecer suporte de ataque com uma impressionante variedade de armas, como a bomba GBU-12 Paveway II guiada a laser, até quatro mísseis ar-terra Hellfire, o AIM-9 Sidewinder e muito mais.

Neste vídeo você pode ver três hangares sendo construídos, cada um dos quais pode abrigar um ou mais drones. Citando razões de segurança, as autoridades militares se recusaram a informar quantos drones estarão estacionados na base dos drones, como informa o site Military.com.

Algumas pessoas questionam a eficácia dos ataques aéreos dos drones em todo o continente africano. Por exemplo, E.J. Hogendoorn, diretor adjunto do programa do International Crisis Group da África em Washington, teria dito:
    “A implantação de drones armados não vai fazer uma diferença estratégica e pode até aumentar a hostilidade local para os EUA e o governo central em Niamey distante”.
Autor: Haye Kesteloo
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com

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