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terça-feira, 27 de novembro de 2018

S-300, S-400 e Su-57 enviam mensagem clara para EUA e Israel? Analista explica

Mesmo após as declarações do Ministério da Defesa da Rússia, os meios de comunicação continuam focando na missão do caça russo Su-57 de quinta geração na Síria. Em entrevista à Sputnik, analistas falam sobre o recado que os Su-57, S-300 e S-400 russos enviaram aos EUA e a Israel na República Árabe.
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Os caças de quinta geração russos Su-57 voltaram a ser foco de atenção após o lançamento de vídeos exclusivos da missão da aeronave na Síria. Em relação a isso, analistas de origem síria, Ghassan Kadi e Christopher Assad, compartilharam seus pontos de vista.

Manobras Su-57 na Síria

Em 1º de março de 2018, o Ministério da Defesa russo confirmou que os jatos Su-57 haviam sido testados na Síria, adicionando que a missão foi "realizada para testar as capacidades anunciadas da mais nova aeronave em ambiente real de combate". No dia 19 de novembro, o órgão divulgou imagens das manobras do avião na Síria, provocando um verdadeiro debate na mídia americana.
Segundo Kadi, as aeronaves, além de cumprirem missões, poderiam com sucesso "provocar o sistema de radar dos EUA na Síria" sem ser percebidos.

Já o observador político e escritor de origem síria, Christopher Assad, acredita que os caças furtivos russos tenham enviado de imediato uma forte mensagem a Israel.

"Eu considero isso uma mensagem para Israel mais do que para os EUA ou para qualquer um de seus parceiros da coalizão", opinou Assad, referindo-se tanto ao exercício quanto à divulgação das filmagens.

"Isso simplesmente significa que, junto com a cobertura dos S-300 e S-400 fornecida à Síria pela Rússia, Israel foi efetivamente impedido de realizar sua vontade e capacidade de atacar a Síria e o Líbano à vontade."

O analista ainda presume que, "consequentemente, os objetivos estratégicos de Israel de manter sua ocupação ilegal de vários territórios pela força militar estão agora em dúvida e foram colocados em xeque permanente".

Segundo Assad, "as perspectivas de uma paz permanente e abrangente entre a Síria e Israel aumentaram exponencialmente" devido ao envolvimento da Rússia na longa guerra civil de sete anos na República Árabe, bem como às ações coordenadas entre Moscou, Damasco e Teerã.

Ataque químico em Aleppo e questões de Idlib

Ao mesmo tempo, a agência de notícias SANA informou que, no dia 24 de novembro, rebeldes haviam disparado munições de gás de cloro em Aleppo, resultando em vários feridos, o que foi posteriormente confirmado pelo Ministério da Defesa russo.

Em resposta ao bombardeio, os caças russos realizaram ataques aéreos contra os terroristas, avisando com antecedência a Turquia.

Anteriormente, Damasco supostamente planejou uma ofensiva total contra Idlib, a última fortaleza terrorista na Síria. No entanto, após a feroz oposição de Ancara, o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, concordaram em estabelecer uma zona desmilitarizada.

"Quanto à batalha de Idlib, ela tem o potencial de colocar a Síria e a Rússia sob escrutínio e falsos relatos da mídia ocidental e acusações de 'crimes de guerra'", comentou Kadi.
Província de Idlib, no noroeste da Síria
Província de Idlib, no noroeste da Síria

Assad acredita que a próxima reunião entre Rússia, Turquia, Irã e oposição síria "resultará na privação dos grupos terroristas de exercer qualquer papel político dentro da Síria".

Hora dos americanos partirem da Síria

No entanto, a presença militar dos EUA na Síria ainda representa um desafio para Damasco e para a coalizão liderada pela Rússia. Essa questão foi comentada pelo coronel aposentado Douglas Macgregor, do Exército dos EUA, em seu artigo de 23 de novembro para o The National Interest, falando que é hora de Trump se retirar da Síria.

Na opinião de Kadi, "até mesmo a administração americana está ciente do fato de que sua presença na Síria é insustentável em longo prazo".

"Eles [americanos] podem muito bem querer se retirar e fazer isso o mais rápido possível, mas não tomarão essa decisão, antes que eles possam garantir um compromisso que garanta uma retirada simultânea da presença iraniana na Síria", explicou o analista.

sputniknews

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