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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Arábia Saudita barra compra de carne do Brasil como retaliação por embaixada em Jerusalém

Maior exportador de carne de frango do Brasil, a Arábia Saudita suspendeu cinco frigoríficos da lista de exportadores brasileiros, no que pode ser o primeiro movimento de retaliação após o anúncio da transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.
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De acordo com informações publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo, o governo do presidente Jair Bolsonaro já foi notificado de que 33 frigoríficos dos 58 habilitados para exportar para Arábia Saudita foram descredenciados.

Restariam 25 frigoríficos habilitados e que poderiam absorver a demandas, porém nem todos eles exportam para Riad. Além disso, os gigantes brasileiros JBS e BRF estão entre os suspensos pelos sauditas.

Segundo apuração da Folha com agentes do setor de avicultura brasileiro, a principal suspeita da medida não diz respeito a alguma barreira sanitária, mas sim uma retaliação pela intenção já anunciada do governo Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

Em 2018, a Arábia Saudita recebeu 14% das exportações de frango do Brasil, seguida pela China com 11%. No total, os sauditas compraram mais de R$ 2,1 bilhões do agronegócio e da indústria brasileira no ano passado.


Antes de Bolsonaro assumir a Presidência da República, os árabes já deram indicações de possíveis retaliações caso o Brasil levasse sua embaixada para Jerusalém. Após o governo egípcio cancelar uma visita do então chanceler brasileiro Aloysio Nunes, a Liga Árabe alertou o novo governo que a decisão poderia alterar as relações entre o bloco e Brasília.

Em uma entrevista ao SBT, Bolsonaro confirmou a intenção de levar a embaixada para Jerusalém, minimizando os riscos de retaliação em prol do aumento das relações comerciais com Israel. O presidente brasileiro deve visitar Israel em março.

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