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domingo, 13 de janeiro de 2019

Mais Médicos: cadê os médicos?

Por Jornal GGN 

Mais de 1.400 vagas do Mais Médicos não foram preenchidas, na segunda etapa de inscrições do programa, abertas após a saída dos médicos cubanos, em 14 de novembro. 
[Imagem: R28_04ichargenet.jpg]
Segundo informações do Ministério da Saúde, na primeira etapa sobraram 840 vagas, e mais de 1.400 na segunda que se encerrou nesta quinta-feira (10). Além de fazer a inscrição no programa, os médicos deveriam se apresentar até a data de ontem aos municípios para confirmar a adesão. 


A saída dos médicos cubanos deixou um buraco de 8.517 profissionais que atuavam em 2.824 municípios e 34 distritos sanitários especiais indígenas (DSEI). A segunda etapa de contratação do governo ficou aberta entre 7 e 10 de janeiro e para médicos com CRM brasileiros. Foram disponibilizadas 2.549 vagas, em 1.197 municípios e em todas as 34 áreas indígenas. Desse total, 1.707 profissionais escolheram localidades, mas 1.087 compareceram às prefeituras, daí totalizando as 1.462 vagas não ocupadas. 

De acordo com o Ministério da Saúde, os candidatos que desistiram dos postos, não comparecendo aos municípios, terão as vagas colocadas à disposição no edital do Mais Médicos. A previsão é que uma nova lista com os médicos brasileiros homologados seja publicada dia 14. 

A próxima etapa de adesão ao programa acontecerá nos dias 23 e 24 de janeiro, para médicos formados no exterior e serão disponibilizadas 842 vagas. De 30 a 31 de janeiro, serão abertas inscrições para médicos estrangeiros formados no exterior escolherem vagas remanescentes. 

Entre 4 e 5 de fevereiro, será a vez de médicos brasileiros com diploma estrangeiro iniciarem as atividades e, de 25 a 27 de março, dos profissionais (brasileiros ou não) com diploma de fora do país darem início aos trabalhos. 

Ainda em dezembro, o governo decidiu abrir as vagas no Mais Médicos sem exigir o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira). 

O Mais Médicos, criado em 2013 pelo governo Dilma para regiões pobres e sem cobertura médica, foi lançado sem a exigência do Revalida, fator motivo de críticas do presidente Jair Bolsonaro à participação dos médicos cubanos. 

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, continuou defendendo a reorganização no programa, sem a participação dos médicos cubanos. Segundo ele, o país conta com aproximadamente 320 faculdades de medicina e 26 mil médicos graduados em 2018, com previsão de aumento desse contingente em 10% ao ano até chegar a 35 mil profissionais formados.


“Quem forma essa quantidade toda de profissionais? Muitos deles endividados pelo Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] e muitos formados em escola pública. Não temos uma proposta ou política de indução para que eles venham para o sistema público de saúde” disse. 

A maior dificuldades para preencher as vagas em todo o país, entretanto, não é em razão do número de profissionais formados, mas em atrair médicos para as cidades pequenas e regiões afastadas dos centros urbanos.

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