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sábado, 5 de janeiro de 2019

PIORAM OS SINTOMAS DE REPUBLIQUETA DE BANANA.

Ao nascer do ano 2019, o mundo do “mercado” está esfuziante. O discurso de posse do Dr. Paulo Guedes reafirmou o que a entidade mercado esperava. O mundo do mercado acionário é assim mesmo. Bastam algumas frases para que rios de dinheiro corram atrás de imaginários ganhos.



Entretanto, surpreendente foi sua afirmação sobre o gasto de “um plano Marshall por ano” para transferir renda aos “rentistas”. É preciso reconhecer que, pelo menos no discurso, ele incluiu as grandes empresas que funcionaram durante muito tempo sob os favores do estado. “Piratas privados” foi o termo usado para denunciar “criaturas do pântano político que se associaram contra o povo brasileiro”. É preciso distinguir que esse diagnóstico é perfeito.

Então qual é problema?

Duas principais reformas foram anunciadas: Previdência e privatização.

Nessa última, figura como principal protagonista a Eletrobrás. A imprensa, que sempre foi favorável, apoia o discurso do próprio presidente da empresa ao dizer que, finalmente, o povo brasileiro ficará livre dessa fonte de ineficiência.

Primeiro, me dirijo aos que apoiam a venda da Eletrobrás. Por favor, respondam a essas perguntas:

Imagine o valor que ela atingiria se não tivesse sido obrigada a adquirir empresas distribuidoras que não interessaram ao mercado. A pergunta é: Onde estava a pujança do capital privado para enfrentar desafios? Empresas deficitárias por pertencerem a estados com grandes complexidades ficam com a Eletrobrás? Essa “ineficiência” nasce onde? Dentro da estatal?


Imagine o valor que ela atingiria se não tivesse sido obrigada a fornecer energia quase gratuita ao mercado livre no período pós racionamento. A pergunta é: Será que o “sucesso” desse nicho que hoje representa 30% do consumo total não é devido a essa “ineficiência” imposta à Eletrobrás?

Imagine o valor que ela atingiria se não tivesse sido obrigada a fazer sociedades com o setor privado para viabilizar empreendimentos que, mesmo com os subsídios dos empréstimos BNDES, ainda exigiam uma estatal para dar uma “ajudinha”. Onde estava o comprometimento com a expansão da oferta de energia das empresas privadas que estavam se “lambuzando” de energia barata no mercado livre, que, no entendimento do atual presidente da empresa, era só ineficiência?

Imagine o valor que ela atingiria se não tivesse sido obrigada a tentar reduzir tarifas sem incomodar o setor privado, que, lembrando, já é majoritário no setor? Perante toda a sociedade e perante todos os especialistas, assistiu-se passivamente à destruição de uma estatal que, da noite para o dia, perdeu 70% de sua cotação. Um setor majoritariamente privado, com um regime mercantil aprovado por todos só elevou os preços do kWh. Nem com a “ineficiência” forçada da Eletrobrás consegue reduzir tarifas?

Imagine o valor que ela atingiria se não tivesse feito investimentos de ampliação de rede nas distribuidoras. Em algumas delas, na CEPISA (Piauí) por exemplo, esses investimentos superam os compromissos firmados pelo grupo Equatorial que adquiriu a concessão. Isso também é ineficiência?

Finalmente, imagine o valor que ela atingiria se não tivesse perdido toda a sua expertise técnica comprovada pela sua própria história que, infelizmente, a republiqueta parece ter esquecido? Mesmo com índices de empregado por MW instalado menores do que as grandes empresas internacionais, a estatal incentivou o desligamento de funcionários não importando seu conhecimento técnico.

Infelizmente, na atmosfera de republiqueta, não se consegue desmontar desinformações. Na republiqueta é fácil destruir instituições que ruem com a mesma naturalidade do palácio do Monroe. Na republiqueta não interessa a história. Na republiqueta culpa-se o estado e perdoa-se o capital privado. Na republiqueta as diversas parcelas da sociedade não se reconhecem como responsáveis pelo enredo dessa tragédia brasileira. Na republiqueta o individualismo supera o conceito de público.

O Ilumina fez o que pode.

Autor: Roberto Pereira D’Araujo, engenheiro, presidente do ILUMINA Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético



Sugestão de leitura de Pedro Augusto Pinho

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