NA FOTO ACIMA, UMA FORMATURA DE CINCO CAÇAS F-22, AERONAVE QUE É UMA DAS CINCO MELHORES – DENTRE AS PIORES – ALTERNATIVAS AO F-35, SEGUNDO REPORTAGEM
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Parece que as más ideias nunca morrem em Washington. Quer sejam elevações de impostos, maior regulação governamental, ou renascimento de programas de defesa há muito encerrados, há sempre alguém por perto para defender más ideias.
Recentemente, por exemplo, o Subcomitê de Dotações de Defesa do Senado, em resposta a um incêndio ocorrido com um motor de um F-35, publicou um relatório pedindo ao Pentágono que reavaliasse sua decisão de cancelar o programa de desenvolvimento de um segundo motor para o Joint Strike Fighter.
O então secretário de Defesa, Robert Gates – que não é amigo de desperdícios de gastos de defesa – cancelou este programa de motor alternativo em 2011, alegando que o custo para desenvolver um segundo motor e manter as cadeias de fornecimento separadas, estoques de peças e treinamento para os mantenedores excederiam qualquer economia que poderia advir da concorrência entre o fabricante atual do motor e uma segunda fonte.
O incêndio ocorrido no dia 23 de junho atiçou os opositores do F-35, que passaram a defender as mesmas e cansativas alternativas erradas para este que deve ser programa de modernização para a Força Aérea, a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais. Abaixo segue um conjunto das melhores, dentre as piores alternativas (recentemente apresentadas por Robert Farley da National Interest).
Construir mais F-22
Nada poderia ser mais emblemático para o problema em questão do que discutir a ideia de se construir mais F-22. Uma razão pela qual a Força Aérea agora necessita de tantos F-35 é que lhe foi negada a capacidade de substituir toda a sua frota de caça de superioridade aérea pelo F-22. O programa foi cancelado exatamente no momento em que ele estava começando a experimentar redução de custos devido à curva de aprendizagem e estabelecimento de preços mais econômicos de produção. A linha se foi, o ferramental está desaparecido, e a força de trabalho se espalhou. No ambiente atual, o primeiro F-22 de uma nova série não poderia sair da linha de produção em menos dez anos, se sair. Poderia muito bem esperar pelo surgimento de um caça de sexta geração.
Construir UAV ao invés de aeronaves pilotadas
Construir UAV ao invés de aeronaves pilotadas
Eu sempre fui um fã de ficção científica. A proposta de construir UAV para fazer as missões designadas ao F-35 é apenas isso. Como um romance de Júlio Verne que descreve a ideia de uma aeronave ou de um submarino, os defensores desta abordagem podem descrever como será plataforma, mas não têm a menor ideia de como fazer com que isso aconteça tecnicamente. A Marinha dos EUA não tem ainda uma ideia formada do que o seu primeiro veículo aéreo não tripulado (UAV) deve fazer e, portanto, o que ele deve ser. Nós não podemos, neste momento, construir um sistema de comunicação ininterrupta para permitir o controle seguro através de um controle humano ou ter um sistema totalmente autônomo quanto à guiagem, controle e aquisição de alvos como um UAV armado. Além disso, desde que a porção esmagadora do custo de qualquer aeronave está na plataforma, motores e sistemas eletrônicos, e não em equipamentos associados com o piloto, não está claro que um UAV de combate custaria menos de um F-35tripulado .
Manter a frota de caças de combate atual
Qualquer pessoa que já tenha tido o trabalho de manter um carro velho sabe o quão ruim esta ideia é [NT: a FAB que o diga]. O custo de manter velhas aeronaves no ar sobe dramaticamente ao longo do tempo. Enquanto o custo de manutenção da frota de F-35 por mais de cinquenta anos está estimado em um pouco menos de US$ um trilhão, para manter a frota atual pelo mesmo tempo estima-se que o gasto alcançaria US$ quatro trilhões. Além disso, o F-15, F-16 e Harrier baseiam-se em tecnologia da década de 1960. Mesmo com sistemas atualizados, estes são aviões obsoletos. Qualquer outro poder aéreo no mundo, incluindo a Rússia, a China, e os nossos aliados europeus, já introduziu em operação aeronaves mais modernas do que a maioria das que estão voando hoje. Fomos lembrados apenas uma semana atrás que a Rússia enviou sistemas avançados e altamente letais de mísseis superfície-ar que representam uma ameaça direta para nossa antiga frota de aviões de combate não furtivos. Manter a frota atual é seguramente o caminho mais rápido para os EUA perderem a vantagem assimétrica no ar, mantida nas últimas seis décadas.
Pular uma Geração
Esta é a variação da alternativa acima uma vez que o Pentágono ficaria preso com a sua frota de caças atuais pelo tempo que durar o desenvolvimento de um avião de sexta geração (pelo menos vinte anos), incluindo projetos e ensaios. Assim, a frota existente, onde muitos dos quais voaram pela primeira vez na década de 1970, teria que durar até a década de 2050, pelo menos. Isto seria como ter uma Força Aérea combatendo na Guerra do Vietnã com uma frota de biplanos Wright.
Ignorar uma geração é uma tática bem-vestida de derrota em Washington: cancelar o programa atual, e que agora está funcionando, em favor da promessa de algo espetacularmente melhor no futuro.
Comprar caças de outros Países
Esta pode ser a pior ideia de todas. Mesmo os nossos aliados, o Reino Unido e a Itália, parceiros industriais no programa Eurofighter, estão comprando F-35 porque eles sabem que é uma aeronave de quinta geração superior e irá melhorar o desempenho de seus caças de quarta geração. Turquia, Canadá, Noruega, Holanda, Dinamarca, Austrália, Japão, Coreia do Sul e Israel também tem a opção de comprar um número de aeronaves diferentes para substituir seus caças antigos. Todos escolheram o F-35, indicando que eles sabiam algo que alguns dos críticos do programa, aparentemente não.
FOTOS: USAF
NOTA DO EDITOR: o texto acima é um resumo do texto original, que pode ser lido clicando-se aqui
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