Os seus dirigentes se apressaram a acalmar a opinião pública: os malfeitores haviam logrado conhecer somente os endereços dos clientes e não os demais dados importantes ou o dinheiro. Mas para que era necessário esconder o fato da fuga de informações?
Apesar de o caso tão grave ter ocorrido em junho, o banco reconheceu isso só depois de um artigo publicado pelo periódico The New York Times.
O “pé de Aquiles” da Banca são os riscos relativos à sua reputação, tanto mais quando se trata de um gigante financeiro com o J.P. Morgan. Por isso, a sua direção tinha motivos sérios para camuflar a informação sobre o arrombamento informático, constata o perito na área de segurança informática, Nikolai Dimlevich:
“Cada banco possui um sistema de proteção cibernética especial da base de dados. Se os piratas conseguem penetrar nele e abrir a base, tal fato pode causar um dano à reputação do banco. E não só: podem ser causados danos diretos, já que antes disso a informação havia sido segurada nos termos de um contrato entre o banco e o cliente. Por isso, a informação sobre aquele ataque informático não foi tornada pública, o que constitui um ato de violação do contrato vigente. Assim, o banco sofre enormes prejuízos em forma de recompensas e perda de clientes reais e eventuais”.
Tais roubos vão se tornando cada vez mais frequentes. Um brusco aumento de crimes virtuais se deve ao impetuoso desenvolvimento de tecnologias informativas que, por vezes, carecem de mecanismos de proteção adequados, mesmo nas entidades bancárias como o J.P. Morgan.
Os piratas informáticos se aproveitam de códigos vulneráveis, desleixo de funcionários que, por vezes, se esquecem de guardar em segredo os dados, utilizando as senhas simples. Não se descarta a possibilidade de conluios com o pessoal.
Nos últimos tempos, os hackers parecem ter tido menos problemas no seu trabalho. Ao passo que se desenvolvem os bancos on-line, os sistemas de compras digitais e pagamentos eletrônicos, também vai crescendo o volume de dados pessoais roubados. Frequentemente os clientes “expõem” na internet seus dados pessoais e informações financeiras, salienta o analista da empresa Investkafe, Timur Nigmatullin:
“Tais fenômenos se relacionam mais com a ingenuidade, a falta de experiência e de cuidado. Mais um fator importante: os cartões de crédito tinham sido criados como análogos de dinheiro. O seu nível de proteção é tal que não permita complicar o seu uso em relação ao dinheiro de contado em notas e moedas. Por exemplo, você não pode deixar uma bolsa com dinheiro num local público e não estar de olho.
Mas por é que você deixa dados de cartões e depois se estranha com o desaparecimento do dinheiro de sua conta bancária? Você tem de estar mais atento e prudente mediante recomendações prestadas por bancos. Se pode limitar ou proibir pagamentos online através do seu cartão de crédito e depois ativar este tipo de serviço quando for necessário fazer o pagamento”.
Além disso, na Internet se pode criar um cartão virtual e, depois de um ato de compra, eliminá-lo. É um sistema de pagamento seguro que se oferece por muitos bancos, incluindo os russos. Utilizando tais instrumentos de proteção, você vai poupar tempo, nervos e seu dinheiro.
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