Cientistas da Sibéria criaram material ultrarresistente a base de diamantes “espaciais” - Noticia Final

Ultimas Notícias

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

domingo, 2 de novembro de 2014

Cientistas da Sibéria criaram material ultrarresistente a base de diamantes “espaciais”

Rússia, cientistas, Sibéria, material

Cientistas de Novossibirsk criaram material ultrarresistente único de diamantes com uma estrutura especial. O know-how dos especialistas siberianos permite aumentar várias vezes o prazo de exploração de instrumentos de corte e perfuração.

Os testes mostraram que os produtos fabricados com o novo material são 20 vezes superiores aos análogos de diamantes sintéticos e de suas misturas com ligas duras. Eles garantem uma velocidade de corte de mais de 140 metros por minuto, o que não é feito por nenhum dos materiais conhecidos até hoje.
As qualidades únicas são criadas por componentes que fazem parte da liga: diamantes que existem apenas na Rússia. Não se trata de pedras preciosas utilizadas na joalharia, mas pequenos diamantes, cuja única fonte se encontra na cratera meteorítica de Yakútia, explicou à Voz da Rússia Valentin Afanasiev, cientista do Instituto de Geologia e Mineralogia da Seção Siberiana da Academia das Ciências da Rússia:
“A cratera formou-se há cerca de 36 milhões de anos atrás. Um corpo espacial chocou com rochas que continham muita grafite. O choque foi tão forte que as rochas se derreteram e a grafite tomou a forma de diamantes com uma estrutura especial devido à enorme pressão e temperatura. Graças a semelhante estrutura, estes diamantes têm uma grande capacidade abrasiva”.
Segundo o especialista, nessa cratera, o conteúdo de diamantes “técnicos” é consideravelmente superior ao de seus “irmãos” preciosos. A extração realizou-se até aos anos 80 e, depois, foi suspensa. Foi dado preferência à construção de fábricas para a produção de diamantes sintéticos. Porém, cientistas de Novossibirsk conseguiram não só “reabilitar” os diamantes naturais da cratera meteorítica na Yakútia, mas obtiveram também na sua base um material ultrarresistente, cujos análogos não existem no mundo. Valentin Afanasiev compartilhou segredos da nova tecnologia:
"Pega-se em pó de diamante e aquece-se com um certo material. Nós, por exemplo, aquecíamos com cobalto e silício. Isso era feito em aparelhos que criavam alta pressão até 100 mil atmosferas e temperatura até 2.000 graus. Esses “assados” são o material altamente tecnológico que é empregue nos buris e coroas de perfuração”.
Os cientistas assinalam que o emprego de semelhante material é extremamente importante para a construção de máquinas e extração de minério, especialmente gás de xisto. Devido à grande complexidade dos trabalhos, os instrumentos caros de perfuração estragam-se rapidamente. E as aplicações super-resistente s do novo material permitem aumentar significativamen te o prazo de utilização. O preço do material não foi ainda definido. Depois de fazer isso, os autores da invenção entrarão com ele no mercado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad